O Star Wars de David Fincher

O responsável por Clube da Luta, A Rede Social e Zodíaco quase dirigiu o próximo Star Wars. Na edição de novembro da revista Total Film há uma matéria sobre a nova produção de David Fincher, Gone Girl. O foco do texto está no filme protagonizado pelo Ben Affleck, mas há um depoimento interessante do diretor sobre Star Wars.

Logo no início da produção do sétimo episódio, ele foi procurado pela atual presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy. Ela queria que fosse ele o diretor do novo capítulo da série. Segundo Fincher, houve uma conversa inicial, mas ele se sentiu inseguro em relação à dinâmica da Disney com a antiga produtora de George Lucas e não topou. Ele explica a escolha:

“É complicado. O meu favorito é O Império Contra-Ataca. Se eu falasse: ‘Quero fazer algo parecido com ele’, tenho certeza que as pessoas bancando a produção iriam dizer ‘Não! Você não pode fazer isso! Nós queremos igual aos outros, com as várias criaturas!’”

Mas mais legal que essa justificativa é o comentário seguinte do Fincher. São algumas poucas frases, mas é uma ótima interpretação sobre os dois melhores filmes da série e também sobre as escolhas que podem ter levado os enredos da saga a perderem um pouco da graça a partir do Retorno de Jedi:

“Eu sempre pensei Star Wars como a história de dois escravos [C-3PO e R2-D2] que vão passando de um dono para o outro, testemunhando as tolices de seus mestres, as loucuras definitivas dos homens…Eu achava que era uma ideia interessante nos dois primeiros, mas meio que se perdeu a partir do Retorno de Jedi”.

Aí perdemos David Fincher, um dos grandes cineastas das últimas décadas, como diretor de um Star Wars. E também não teremos J.J. Abrams na direção de um terceiro Star Trek em sua versão pro universo criado por Gene Roddenberry. O Episódio VII tem de ser bem bom pra compensar, viu?


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