Tom Rachman, The Italian Teacher, artistas e a busca por reconhecimento

O trabalho mais conhecido do escritor e jornalista anglo-canadense Tom Rachman é o excelente Os Impefeccionistas, sobre a rotina de um jornal de política internacional sediado em Roma e os dramas de profissionais de uma redação em crise. Seus dois livros seguintes ainda não foram publicados em português, Basket of Deplorables e The Rise & Fall of The Great Powers. O mais novo romance do autor foi lançado em março de 2018 e teve seus direitos comprados pela editora Record. Ainda sem previsão de lançamento no Brasil, The Italian Teacher narra a vida trágica do filho do pintor Bear Bavinsky, apresentado como um dos maiores artistas do século XX. Eu já havia entrevistado Rachman em 2014, logo em seguida ao lançamento de The Rise & Fall of The Great Powers, e voltei a falar com ele agora, sobre seu trabalho mais recente. O papo virou matéria no jornal O Globo. Você lê o meu texto e um pouco mais sobre o livro, junto com algumas das reflexões propostas por Rachman na obra, clicando aqui. (Crédito da foto em destaque: Rasmus Schou)


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Comentários

Uma resposta para “Tom Rachman, The Italian Teacher, artistas e a busca por reconhecimento”

  1. Avatar de Brontops Baruq

    …essa é mesmo uma discussão que faz sentido? Estamos debatendo se a obra de uma pessoa deve ficar à altura da pessoa que a produz? Vamos exigir santos? Nós somos os santos que merecem ser governados e entretidos por santos?

    Vivemos tempos bem mesquinhos e moralizantes: a aldeia global, mais aldeia que global.

    Quando a Idade Média produzia Arte, era patrocinada pelos mecenas e eles decidiam os parâmetros dessa arte. A Arte Popular tendia a ser mais crítica e irritante, mas era feita muito mais pelo efeito do bufão – de criticar comportamentos – do que para revolucionar alguma coisa.

    Desde os anos 60 e 70 (e talvez antes disso), a sociedade vive sob escrutínio das artes. Não sei se foi apenas a Arte que a modificou, ou se as mudanças ocorreram no sentido que a economia achou mais produtivo. Mas mudanças ocorreram e acho que muita gente atribui essas mudanças às artes (talvez superestimando seu efeito).

    Não sei se a liberdade de expressão oferecida pela Internet criou um ambiente propício para a criatividade. Parece ter gerado o efeito inverso: as pessoas estão sentindo necessidade de controle, de regras, como se fosse possível conter pensamentos e devolver tudo ao caminho do lugar-comum.

    Dito isso, não estou defendendo o mau comportamento de artistas. Acho que são parâmetros diferentes de julgamento. Uma pessoa pode ser um excelente jogador de futebol, mas ainda assim um idiota arrogante. Para o torcedor, isso não deve servir de obstáculo para que ela jogue em seu time. Para quem é obrigado a conviver com essa pessoa, lógico que ela será um problema. Se ela descumprir a lei, que seja feita a justiça. São esferas diferentes, campos diferentes, não podemos julgá-la sempre sob os mesmos critérios.

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