Top 10 Vitralizado 2014: A chegada de True Detective e o início do fim de Mad Men

Demorei pra assistir True Detective. Não tenho com séries a mesma ansiedade que possuo em relação a quadrinhos e filmes. O tipo de entrega que exige assistir vários episódios de um programa me faz pensar dez vezes antes de começar um seriado novo. Tenho um filtro próprio de pessoas e sites, caso a série vire assunto recorrente entre ambos, ela ganha o meu interesse. Ainda assim, quando parei pra ver True Detective, todo mundo já tinha visto. Vi bem feliz no meu ritmo, que foi acelerando entre um episódio e outro.

Não tenho uma crítica negativa em relação à obra de Nic Pizzolato. Piro no texto, nas atuações e na produção do programa. Queria um dia poder ler algo do próprio Pizzolato expondo suas referências para a construção da história. Chegou a ver aquela copiada que ele deu no Top 10 do Alan Moore? Engraçado que sempre achei os papos do Rust parecidos pra caramba com as conversas do Rorschach em Watchmen. Isso pra ficar só em quadrinho. A próxima temporada eu definitivamente acompanharei a medida que cada episódio for lançado.

MadMen

Mas aí tem Mad Men também né? Cada um dos sete episódios dessa primeira leva da sétima temporada foi matador. O último lançado até agora está entre os meus cinco preferidos do programa de Matthew Weiner. Sem spoilers: a dancinha de Bertram Cooper foi um dos grandes momentos da história da televisão em 2014. Me mata pensar que só verei mais sete episódios de Mad Men. Breaking Bad fez história, mas a saga de Don Draper e seus colegas da Avenida Madison caminha com tudo para ser uma das maiores de todos os tempos. Talvez ali do lado de Sopranos na primeira posição do meu ranking pessoal.

Não tem novidade nesse papo que a televisão é o novo cinema e estamos vivendo uma era de ouro na história da ficção produzida para tv. Ainda assim, mesmo que eu não seja o maior especialista do mundo em seriados, quando paro pra pensar em tudo que está saindo e na qualidade do conteúdo que está sendo exibido, parece que a televisão é um negócio novo, que inventaram outro dia e tudo que lançam tem potencial para ser o melhor da história. Ou talvez seja apenas uma puta leva e somos sortudos pra caramba de sermos contemporâneos de True Detective e Mad Men.


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