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Posts com a tag Beeau Goméz

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5ª (30/11) é dia de lançamento de Frio Dedentadura Muda em São Paulo

Sempre recomendo por aqui os trabalhos assinado pelo Rodrigo Qohen e pelo Beeau Goméz publicados pela Baboon Comix. Os dois lançam amanhã (30/11) um projeto novo, dessa vez em parceria com o fotógrafo Vitor B. Cohen. Segundo os autores, Frio Dedentadura Muda mescla os desenhos de Goméz, o poema de Qohen e as imagens de Cohen para “investigar a origem dos ruídos, enquanto entrelaçam a narrativa com fragmentos de pânico”. O lançamento rola a partir das 18h, na Loplop Livros, no número 1119 da Avenida Professor Alfonso Bovero, aqui em São Paulo. Mais informações lá na página do evento no Facebook.

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Lâmpada em Ponta de Agulha: confira uma prévia do novo trabalho da dupla Beeau Goméz e Rodrigo Qohen

Já comentei por aqui como gosto dos trabalhos do Beeau Goméz e do Rodrigo Qohen nos títulos da Baboon Comix. Daí a boa nova: os dois estão com uma publicação inédita com lançamento previsto para a Feira Des.Gráfica na semana que vem, no Museu da Imagem e do Som aqui em São Paulo. Batizada de Lâmpada em Ponta de Agulha a obra tem formato A4, 24 páginas em preto e branco e tiragem limitada. A dupla adiantou aqui no blog a capa (a arte aqui em cima), uma prévia da obra e também a sinopse do trabalho. Ó:

“Lâmpada em Ponta de Agulha lança a pergunta: ideias são capazes de perfurar essa rede da realidade que somos condicionados a acreditar ser impenetrável?

Dúvidas, luzes, suposições e obstáculos são fragmentos de um diálogo multidirecional que compõe a narrativa. Esta, uma corrente construída a partir dos vestígios coletados de investigações. Os limites são maleáveis, transponíveis, e deles, caminhos desambiguam. Novas e improváveis pontes neurais são energizadas para que haja a potência necessária para dar um passo rumo ao precipício. O mergulho não tem volta. Uma vez que ignoramos o retrato virtual e entramos no espelho, o maravilhoso descoberto passa a ser apenas o que há. O respaldo é anacrônico, interpretativo e vivo, mas somente enquanto houver interação.”

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## Retrospectiva Vitralizado 2016 ## O Parricídio (Baboon Comix), por Beeau Goméz e Rodrigo Qohen

A Antologia Acid Jazz publicada em 2015 já era um trabalho bastante consistente, não só por ser o primeiro título da dupla Beeau Goméz e Rodrigo Qohen. O Parricídio é provavelmente a obra revelação de 2016. A simbiose do texto de Qohen com os desenhos de Goméz apresentam uma parceria rara nos gibis nacionais. Qualquer coisa que os dois produzirem, sozinhos ou em conjunto, merece total atenção a partir de agora. Quero muito saber qual será o próximo passo da dupla.

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Beeau Goméz e Rodrigo Qohen lançam O Parricídio em São Paulo

Não fui o único que fiquei impressionado com o trabalho do Rodrigo Qohen e do Beeau Goméz em O Parricídio. Pelo que acompanhei na Bienal de Quadrinhos de Curitiba, o álbum novo da dupla responsável pela Antologia Acid Jazz chamou atenção de muita gente e já está entre as grandes boas surpresas de 2016. Quem estiver em São Paulo amanhã vai poder trocar uma ideia ao vivo com os dois, que lançam o gibi lá na loja da Ugra, a partir das 15h. Vale a ida não só pra levar pra casa uma edição da HQ, mas também pela certeza de papo bom com os autores. As instruções pra festa tão aqui. E recomendo a releitura da minha conversa rápida com os quadrinistas quando o álbum foi anunciado.

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A capa e uma prévia de quatro páginas de O Parricídio, a nova HQ de Beeau Goméz e Rodrigo Qohen

Acho bem legal o trabalho da dupla Beeau Goméz e Rodrigo Qohen no álbum Antologia Acid Jazz. Responsáveis pelo selo Baboon Comix, os dois entraram em contato pra me falar um pouco do próximo quadrinho deles. O Parricídio tem 56 páginas e começará a ser vendido na Bienal de Quadrinhos de Curitiba – os autores pediram pra avisar que estarão na mesa 23. Bati um papo rápido por email com a dupla e eles me falaram um pouco sobre as origens do projeto e as lições aprendidas por eles a partir da experiência com a publicação da Acid Jazz. Segue a sinopse do álbum novo, quatro páginas de preview da obra e a nossa conversa. [Atualizado!  Esqueci de comentar um detalhe gigante: o gibi ainda conta com um prefácio da Laerte]. Ó:

Remi vive em estado de desânimo desde que pode recordar. Nesse tempo, vem revisitando sonhos antigos dentro dos próprios devaneios, o que faz com que tornem-se ainda mais verdadeiros. Através de sua janela, Remi vê uma misteriosa figura feminina que traz a persona à tona para corrigir a maior incoerência de sua vida.

Preview - Cap1

Como surgiu a ideia de O Parricídio? Vocês lembram do instante que descobriram que essa história, esse álbum, seria o novo trabalho de vocês?

Qohen: Durante o FIQ 2015, onde lançamos o “Antologia Acid Jazz”, quando chegávamos cansados no nosso apartamento alugado, enchíamos um copo de uísque e íamos pra varanda papear e fumar um cigarro. Lá brotou semente d’O Parricídio. Era algo cru, provavelmente sobre um cara que ficava compulsivamente observando o movimento do mundo por sua janela enquanto fumava. Não era claro se o que puxava ele pra esse vício era o tabaco ou a curiosidade – ou os dois. Isso foi uma faísca num palheiro, que até acabou entrando no Parricídio como uma breve passagem. Percebemos então que um cigarro nem sempre é um cigarro.

Goméz: O apartamento que estávamos era no centro de BH, com uma varandinha voltada pros fundos de outros prédios. Nossa vista eram várias janelas encarando um estacionamento. Era uma coisa claustrofóbica, um beco sem saída. Pensamos em qual seria o desejo da personagem em ficar ali. O cigarro servia como uma boa desculpa pra passar horas observando as janelas, principalmente as fechadas. Então, procurando uma resposta, recorremos a autoanálise freudiana como metáfora da situação da personagem. O termo “parricídio” foi pescado no “Totem e Tabu”, do próprio Freud.

Preview - Cap2

Quais as principais lições que vocês tiraram da Antologia Acid Jazz e aplicaram na criação desse novo projeto? Não só no que diz respeito ao texto e à arte de vocês, mas também em relação a venda/distribuição/impressão/acabamento do projeto?

Qohen: A concepção de Antologia Acid Jazz foi feita em pouco mais de um mês – desde o roteiro até impressão. Não tivemos muito tempo para acabamentos muito refinados. Pro Parricídio houve tempo para desenvolvermos um conceito editorial mais aprimorado. Quando a gente passa por livrarias, nos divertimos destrinchando os projetos gráficos dos livros. A falecida Cosac Naif é talvez a editora que mais nos cativa.

Goméz: Uma coisa importante que queríamos n’O Parricídio, e não fizemos em Acid Jazz, era ir além de apenas contar uma história e que carregasse um pensamento que gere reflexão. Antologia Acid Jazz é muito mais raso. Outra coisa que mudou é a forma como lidamos com o nosso processo criativo. A gente começou a criar métodos de pesquisa, onde cada um pudesse trabalhar na sua respectiva da área – eu na arte e o Rodrigo com os textos. Todo o rastro desses estudos estão na nossa página do Facebook, numa série semanal que criamos chamada Verso e Figura.

Preview - Cap3