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Posts por data outubro 2012

Cinema / HQ

Bryan Singer e o futuro passado dos X-Men

E o cara que definiu a fórmula mais copiada de adaptação de hqs em filmes retorna ao posto do qual nunca deveria ter saído. Apesar de Matthew Vaughn ter mandado muito bem em X-Men: Primeira Classe, a volta de Bryan Singer como diretor de um filme da série deve ser comemorada. Ideia dele a pegada de ficção científica do X-Men de 2000, repetida em X-Men 2 e avacalhada no terceiro, dirigido pelo Brett Ratner enquanto o Bryan Singer filmava Superman Returns. Em Primeira Classe, Singer atuou como produtor.

O 7º filme com os mutantes (levando em conta o segundo do Wolverine, que sai antes) vai ser baseado no arco Dias de um Futuro Passado (aqui no Brasil saiu como Dias de um Futuro Esquecido), publicado nas edições 141 e 142 de Uncanny X-Men em 1981. No quadrinho, uma Kitty Pride do futuro viaja no tempo para alertar os X-Men das consequências nefastas do assassinato do senador Robert Kelly. Na realidade dela, os mutantes foram quase todos exterminados e os Estados Unidos são governados por Sentinelas.

Como consta na matéria do Bleeding Cool, grande parte do elenco do filme de 2000 deve retornar. Acredito que o Bryan Singer pode estar criando uma forma de descartar a produção do Brett Ratner de sua cronologia mutante. Algo semelhante ao conceito do Jornada nas Estrelas do J. J. Abrams, de criar uma narrativa paralela à série original. A partir dessa viagem no tempo, a morte de Charles Xavier e Ciclope em X-Men 3 – O Confronto Final seriam esquecidas e Singer poderia dar um fim apropriado à sua trilogia.

Animação / Cinema

Disney + Pixar + Lucasfilm

Uma possível aproximação entre a Pixar e a Lucasfilm é o que mais me empolga nos quatro bilhões de dólares gastos hoje pela Disney. Verei cada novo episódio de Star Wars a ser lançado, mas a série caducou faz tempo. Como bem lembrou o pessoal da Wired, filmes e franquias são especialidade da Disney – taí o universo da Marvel no cinema pra comprovar. Pode sair alguma coisa divertida, mais relevante que os três capítulos mais recentes da saga dos Skywalker. De resto, serão lançados mais brinquedos, fantasias, jogos, revistas, livros e outro tanto de coisa e você nem vai perceber.

A Pixar nasceu como a divisão de computação da Lucasfilm em 1979, foi comprada pelo Steve Jobs em 1986 e ganhou vida própria e muito mais autônoma que sua empresa natal. Tem andado meio sem rumo – Carros 2 e Brave não fazem jus à primeira leva de produções do estúdio (Toy Story, Vida de Inseto, Toy Story 2, Monstros SA, Procurando Nemo, Os Incríveis, Carros, Ratatouille, Wall-e, Up e Toy Story 3). Já a Lucasfilm tem no portfólio: Star Wars, Indiana Jones, Willow e Labirinto…e American Graffiti e…Howard, O Super Herói?! Não sei se há a possibilidade de Pixar e Lucasfilm constarem nos créditos de uma mesma produção. Mas o fato das duas voltarem a estar sob o mesma direção é digno de nota.

 

Cinema

Skyfall: o melhor 007 de todos os tempos

Escrevi pro Divirta-se sobre o novo 007. Dirigido pelo Sam Mendes, Skyfall é o melhor dos 23 filmes protagonizados por James Bond.

 

Domínio global é objetivo secundário do vilão de 007 – Operação Skyfall. Com o roteiro mais intimista de todas as filmagens com o espião James Bond, o 23º filme do soldado do serviço secreto britânico chega aos cinemas 50 anos depois de ‘007 Contra o Satânico Dr. No’ (1962), a estreia da série.

Ex-subalterno de M (Judi Dench), a chefe de 007, o ciberterrorista Raoul Silva ambiciona a estruição de sua antiga empregadora. Na década de 90, ela precisou entregar Silva a inimigos e agora ele busca vingança. Assim como o anseio do antagonista interpretado por Javier Bardem, as estratégias de Bond para proteger M são das mais práticas já elaboradas pelo herói.

“Não trabalhamos mais com canetas explosivas”, explica o fornecedor de equipamentos de James Bond em frase definitiva sobre a tônica do longa. As regras estabelecidas nas 22 produções anteriores são respeitadas: há perseguições, explosões, carros espetaculares e, claro, ‘bondgirls’ – mas sempre de forma mais moderada.

Desde 2006 com ‘Cassino Royale’, seguido por ‘Quantum of Solace’ em 2008, os episódios de 007 vinham ganhando realismo e perdendo a ingenuidade típica dos anos 60 – tão associada à marca. ‘Skyfall’ encontra a fórmula exata para um Bond contemporâneo e
estabelece parâmetros para futuras encarnações do agente secreto.

Encenado majoritariamente na Grã-Bretanha, o filme dá destaque inédito a Judi Dench – em sua sétima incursão como M. Também expõe um passado pouco explorado da vida de Bond. E o personagem de Javier Bardem entra no rol de oponentes mais repulsivos e memoráveis da série – junto com Ernst Stavro Blofeld (‘Só se Vive Duas Vezes’, 1967) e Goldfinger (‘007 Contra Goldfinger’, 1964), mas menos caricato que seus semelhantes.

Com apenas seis longas no seu currículo – todos dignos de nota, como ‘Beleza Americana’ (1999) e ‘Foi Apenas um Sonho’ (2008) – o diretor Sam Mendes deixa sua marca na série britânica com aquele que pode ser o melhor filme de James Bond até hoje.

HQ

Xkcd e a matemática

A revista Math Horizons entrevistou o Randall Munroe – o cara que criou e mantém o Xkcd, “um webcomic de romance, sarcasmo, matemática e linguagem”, como consta na linha fina do site. Além de falar sobre os infográficos de filmes que ele produziu (tendo como fonte principal a Wikipedia), a entrevista também trata dos quadrinhos mais complexos, como o Tic-Tac-Toe.

MH: Another one of your comics that fascinates math people is the self-referential one where each panel describes the amount or location of black ink in itself and other panels. Various people have analyzed this comic by writing code to iterate and get your comic as the fixed point. (Readers can see one example using Mathematica by Jon McLoone here.) Is that how you found it, or did you find it another way?

RM: I found it another way. I didn’t actually write any code for this. I started off thinking about the pie chart in the first panel. I was trying to figure out what other charts there might be that don’t disintegrate to nothing.

That was the problem; there are certain charts or plots whose fixed points are zero. Like a situation where one chart was referring to another, and the other to the first, and you end up with an equilibrium state where both graphs are empty.

And you don’t need a computer program to figure that out. You just sort of think, OK, well, if this graph is right for the one I’ve drawn now, and I make it a little smaller, how does the other one change?

And so just thinking about it, I realized that the three ideas in the panels would work; they’d all have a reasonable amount of black ink in each one, which would make the middle chart work, and so on.

MH: How did you determine how much black ink to put in each of the charts?

RM: I figured out how to measure each of the quantities shown in the charts. I drew up the outlines in Photoshop, added the captions, drew in eyeballed estimates, and then used some utilities to count the number of pixels.

Photoshop will tell you how many pixels are in this area, if you select in a certain way, and I’ve been pixel painting in Photoshop forever. I just wrote down the numbers, used a calculator, and calculated for the first two panels: What should the height of the bar graphs and the angle of the pie chart be?

The third panel I generated by just taking the image and cloning and shrinking it. I had a big sheet of paper to keep track of the math, and I was just doing it all by hand.

O pdf da entrevista tá aqui. O papo com o Munroe rolou logo antes de um encontro dele com estudantes de uma universidade de Newport. Segue o vídeo da palestra: