Mediei o debate Indefinidas Tiras em Quadrinhos, uma conversa com Laerte e Galvão Bertazzi que fez parte da programação do evento Quadrinhos Impossíveis – edição online. O foco do nosso papo foi na produção recentes dos dois artistas, além da rotina de ambos como autores de tiras. Falamos sobre títulos como Manual do Minotauro e Vida Besta e também sobre técnicas e práticas dos dois em suas produções diárias.
Aproveito para recomendar os outros vídeos da programação do Quadrinhos Impossíveis. Ainda não assisti todos, mas foi muita gente boa envolvida, com vários temas interessantes. Tudo de graça no canal da produtora Monstra no YouTube. A seguir, a minha conversa com Laerte e Galvão Bertazzi:
Posts por data dezembro 2021
Papo com Simon Hanselmann, autor de Zona de Crise: “Não aguento mais quadrinho-poesia e punhetas de vanguarda tediosas”
Conversei com o quadrinista australiano Simon Hanselmann sobre Zona de Crise (Veneta), obra com lançamento em português previsto para janeiro de 2022, com tradução de Diego Gerlach. Transformei esse papo com o autor em matéria publicada aqui no blog, no dia 21 de dezembro, na qual falo sobre a trama e o desenvolvimento da HQ. Compartilho agora a íntegra da minha conversa com Hanselmann (também traduzida por Diego Gerlach). Ele me falou sobre a produção de Zona de Crise, a repercussão da série, as temáticas políticas do quadrinho e o futuro planejado por ele para Megg, Mogg, Coruja e Lobisomem Jones.
Deixo aqui o link para a minha crítica de Mau Caminho (trabalho prévio de Hanselmann publicado no Brasil), o link para minha primeira entrevista com Hanselmann e também o link para a minha matéria sobre Zona de Crise. A seguir, papo com Simon Hanselmann:
“É a minha comédia política alucinada, uma explosão de insanidade”
Zona de Crise é centrado principalmente no impacto da pandemia na vida dos seus personagens, mas gostaria de saber: como a pandemia afetou a sua vida?
Odeio soar cuzão, mas 2020 foi o melhor ano da minha vida. Ninguém aparecia na minha casa pra me distrair do meu trabalho! Simplesmente trabalhei sem parar… Eu estava preocupado no começo da pandemia com a ideia de que todo o mercado de quadrinhos entraria em colapso, mas vendi mais livros do que em qualquer outro ano. 2020 foi incrível pra caralho. As pessoas estavam trancadas em casa e acabaram ficando sem ter o que ver na Netflix, se viram forçadas a comprar livros!
Acho que os posts de Zona de Crise no Instagram seguiram a mesma periodicidade do início ao fim da série. Você manteve alguma rotina de trabalho durante a produção dessa série?
Eu trabalhava sem parar desde que acordava até terminar a tira do dia. Às vezes trabalhava até meia-noite, mas às vezes terminava mais cedo e ficava só grelhando carne com minha esposa, ou então deitava no pufe e jogava vídeo game. Eu me divertia também dando um scroll apocalíptico no Twitter, observando todo mundo simplesmente endoidecendo, e me sentindo vastamente superior a todos.
Acredito que Zona de Crise tenha sido seu trabalho mais longo e com maior impacto na vida dos seus personagens. O quanto você tinha elaborado dessa história quando começou a publicá-la? Quando você deu início a Zona de Crise já tinha em mente o final da história e o desfecho para cada um de seus personagens?
Eu não fazia ideia de como seria, quando comecei Zona de Crise. Eu imaginei que seria um troço de 30 páginas, mas o lance foi ficando cada vez mais louco. Foi basicamente no improviso. Ainda não tive tempo de ler o livro como uma ‘coisa’ grande desde que terminei ele, espero que não seja uma leitura de merda como livro!
“Eu deveria na real ter ganho o prêmio Nobel de literatura”
Ainda sobre Zona de Crise ter sido seu trabalho mais longo e impactante para a história dos seus personagens, o que essa arco de histórias sobre a pandemia representa para você?
É a minha comédia política alucinada, uma explosão de insanidade. Eu mal tive tempo de processar tudo. Geralmente penso em ternos de negócios: é meu trabalho mais ‘popular’ até hoje, minha narrativa mais longa, e o melhor webcomic de todos os tempos. Eu deixei no chinelo qualquer outro artista do planeta. Eu deveria na real ter ganho o prêmio Nobel de literatura, mas acho que todo aquele sexo anal assustou eles. Ao menos ganhou um prêmio Eisner. Me sacanearam no prêmio Harvey.
Após cada post seu no Instagram com um novo trecho de Zona de Crise eu gostava de ler os comentários e ver a repercussão da história entre os seus seguidores. Você também acompanhava essa repercussão? Se sim, esse retorno dos leitores afetou a história em algum momento?
Sim, e algumas vezes peguei coisas dos comentários que fizeram a história tomar um determinado rumo, mas na maioria das vezes eu mudava de direção para não ir por onde as pessoas imaginavam que iria, eu estava tentando criar o máximo de suspense. A coisa mais engraçada eram os comentários raivosos de todos os babaquinhas políticos, doidos direitóides e os imbecis de extrema-esquerda, crianças ‘lacradoras’ e arrogantes. Eu fiz com que todos eles me odiassem. Zona de Crise foi criada para entreter pessoas com senso de humor e para enfurecer e confundir todos os babacas ultrapolitizados. Foi divertido.
Você começou a publicar seus trabalhos no Tumblr, hoje cada vez mais ignorado por artistas. Qual avaliação você faz do Instagram como plataforma para publicações de histórias em quadrinhos?
Estou começando a odiar o Instagram, é muito censurante. Já tomei alguns ganchos e posso perder minha conta se fizer merda de novo, o que seria um desastre para minhas finanças. Comecei a ter que censurar um monte de merda que posto lá. Não tenho planos de serializar trabalho inédito por lá de novo, atualmente procuro por plataformas alternativas. Instagram é pros covardes!
“Vou voltar a escrever sobre junkies, depressão e piadas de piroca”
Apesar de nascido na Austrália você está muito ligado à cena de quadrinhos underground dos Estados Unidos. O quanto essa cena norte-americana foi referência para você e continua a influenciar os seus trabalhos?
A cena atual na América do Norte é predominantemente composta por maricas chorões. Gosto mais da cena na Europa, da cena do México, da cena britânica. Mas tem babacas chatos em tudo que é canto. Eu só meio que ignoro todo mundo, hoje em dia, vivo na minha ilha deserta, não tenho vontade de estar conectado a nenhuma cena. Minhas influências vêm de toda parte. Espero que a cena norte-americana se torne um pouco mais divertida nos próximos anos, com menos ostentação política e resmungos, e mais diversão… Veremos… Tenho curtido Nate Garcia, ele tem 19 anos e é muito engraçado, faz quadrinhos cretinos e divertidos. Mais coisas assim, por favor. Não aguento mais quadrinho-poesia e punhetas de vanguarda tediosas.
Até quando você se vê produzindo histórias da Megg e da turma dela? Você tem vontade de criar outras histórias com outros personagens?
Eu sigo a todo vapor com Megg e Mogg. Estou trabalhando num livro que sai no verão que vem, e aí vou entrar com tudo em Megg’s Coven e mais outro projeto secreto. Eu adoro Megg e Mogg me sinto muito confortável com eles e tenho muitas, muitas histórias para contar com eles. Nas poucas vezes na última década que me aventurei fora do universo de Megg, Mogg e Coruja, tive péssimas experiências.
Quando te entrevistei pela primeira vez você falou que seus trabalhos com a Megg eram, de certa forma, ‘removidos de questões políticas’, sendo sobre ‘pessoas egoístas que odeiam política e estão ás voltas com seu próprio tumulto emocional’. No entanto, Zona de Crise, de certa forma, é um quadrinho muito político, principalmente em relação ao impacto da pandemia em em párias sociais, você concorda?
Sim, Zona de Crise foi super política, foi propositalmente meu ‘quadrinho político’. Mas pra mim chega disso, política é num negócio vergonhoso pra caralho. As pessoas que se deixam consumir por isso são chatas pra caralho. Eu vou voltar a escrever sobre junkies, depressão e piadas de piroca.
“Eu amo pra caralho fazer quadrinhos“
Também nessa nossa entrevista prévia você falou que sua ‘missão principal é apenas de frisar o absurdo’. Como foi administrar essa missão pessoal quando a realidade parece se propor a essa mesma missão ao longo dos últimos anos?
Tornou tudo muito mais fácil. O que não faltava eram coisas imbecis e loucas vindas de todos os lados. As pessoas realmente piraram ano passado…
Eu meio que queria poder continuar Zona de Crise, para poder tirar onda com essas coisas, colocar elas em perspectiva, mas como eu disse, política é algo vergonhoso. É patético e triste ver comediantes e artistas que um dia respeitei se deixarem consumir por política pura, abandonarem quase completamente a comédia em si. Todos eles parecem exaustos e deprimidos. Enquanto eu estou o mais feliz que já estive em toda minha vida.
E você ainda me falou que na maior parte do tempo, enquanto está produzindo seus quadrinhos, está ‘apenas tentando se divertir’. O quanto você se divertiu fazendo Zona de Crise?
Eu me diverti o tempo todo. Minha esposa entrava no estúdio e me via rindo das minhas próprias piadas. Minha declaração de intento com ZC era divertir todo o povo apavorado e trancado em casa, mas principalmente para, de modo egoísta, me divertir, como sempre. Foi realmente divertido. Eu amo pra caralho fazer quadrinhos.
Você pode recomendar algo que esteja lendo/assistindo/ouvindo no momento?
Tenho assistido principalmente DVDs de comédia dos anos 90, um bocado de Alan Partridge. Eu me tornei pai seis meses atrás, então não tenho tido muito tempo pra ler ultimamente. Eu assisto DVDs durante o dia, enquanto trabalho, e de noite só passo tempo com meu moleque e lavo a mamadeira. Agora só escuto música para bebês…
Simon Hanselmann fala sobre Zona de Crise: “A HQ foi criada para entreter pessoas com senso de humor e enfurecer e confundir todos os babacas ultrapolitizados”
O quadrinista Simon Hanselman diz que odeia soar cuzão, mas parece ser mais forte do que ele. A estimativa é que 1,8 milhão de pessoas morreram de COVID-19 em 2020, mas o autor australiano tem certeza de que o ano passado foi o melhor da vida dele. Ele trabalhou sem parar, vendeu mais livros do que nunca e não foi distraído por visitas inesperadas.
“2020 foi incrível pra caralho”, comemora Hanselman em conversa com o Vitralizado. “As pessoas estavam trancadas em casa e acabaram ficando sem ter o que ver na Netflix, se viram forçadas a comprar livros!”
A rotina dele durante o primeiro ano da pandemia consistia em trabalhar sem parar até terminar sua página diária, geralmente indo até meia-noite. Vez ou outra ele acabava mais cedo e ficava grelhando carne na companhia da esposa ou deitado no pufe jogando vídeo game.
“Eu me divertia também dando um scroll apocalíptico no Twitter, observando todo mundo simplesmente endoidecendo, e me sentindo vastamente superior a todos”, conta o autor de Zona de Crise, com lançamento previsto para janeiro de 2022, pela editora Veneta, com tradução do quadrinista Diego Gerlach.
Hanselman às vezes se confunde com seus personagens. Ele tem um pouco da alienação, do niilismo, da arrogância e da estupidez de Megg, Mogg, Coruja e Lobisomem Jones. Criado pelo autor em 2012, o quarteto teve suas histórias inicialmente publicadas no Tumblr pessoal do autor. Hoje as HQs saem primeiro no Instagram dele e depois são impressas como zines independentes ou álbuns pela editora Fantagraphics.
Zona de Crise foi publicada no Instagram de Hanselmann entre 13 de março e 22 de dezembro de 2020, em atualizações quase diárias. A série rendeu ao autor um Eisner Award, premiação máxima da indústria norte-americana de quadrinhos, na categoria de melhor webcomic. Ele também foi indicado ao Harvey Awards na categoria Digital Book of the Year.
“É a minha comédia política alucinada, uma explosão de insanidade”, resume Hanselmann sobre seu trabalho em Zona de Crise. “Eu mal tive tempo de processar tudo. Geralmente penso em ternos de negócios: é meu trabalho mais ‘popular’ até hoje, minha narrativa mais longa, e o melhor webcomic de todos os tempos. Eu deixei no chinelo qualquer outro artista do planeta.”
“Eu deveria na real ter ganho o prêmio Nobel de literatura, mas acho que todo aquele sexo anal assustou eles. Ao menos ganhou um prêmio Eisner. Me sacanearam no prêmio Harvey.”
“Fiz com que todos me odiassem”
Zona de Crise é o trabalho mais surtado de Hanselmann. Ele capturou o espírito de uma época ao retratar as tensões decorrentes da pandemia do novo coronavírus enquanto as mortes causadas por COVID-19 estavam no pico, muito antes do início das campanhas de vacinação. A dinâmica tóxica entre seus personagens chegou ao ápice enquanto eles tentavam sobreviver à COVID-19.
O álbum de 296 páginas, quase todas compostas pelo mesmo design de 12 quadros, é centrado nas respostas de Megg, Mogg, Coruja e Lobisomem Jones à pandemia e o impacto da disseminação da doença em seu convívio. O livro impresso conta com conteúdo extra, painéis inéditos da versão do Instagram e textos complementares do próprio autor.
Megg encontra conforto para seus temores nas redes sociais, Mogg fica paranóico e dissemina teorias da conspiração, Lobisomem Jones vira astro pornô na internet e depois protagonista de série do Netflix e Coruja passa por uma transformação extrema ao deixar de ser o careta do grupo, principal alvo de bullying de seus colegas, para se tornar um grande líder.
Hanselmann segue focado na dinâmica interna dos quatro, nos excessos e na relação deles com o mundo ao redor. Eles continuam em sua busca incessante por sexo e drogas e maltratando uns aos outros. Apesar de alienados, eles agora precisam lidar com a realidade imposta pela pandemia.
Hanselmann já celebrou seu trabalho com Megg e sua turma pela ausência de “questões políticas”. Em entrevista publicada aqui no blog em 2020, quando Mau Caminho saiu no Brasil, ele disse que seus quadrinhos tratam de “pessoas egoístas que odeiam política e estão às voltas com seu próprio tumulto emocional”. O autor assume que não é o caso de Zona de Crise.
“Sim, Zona de Crise foi super política, foi propositalmente meu ‘quadrinho político’”, quando pergunto sobre o impacto da realidade na obra. “Mas pra mim chega disso, política é um negócio vergonhoso pra caralho. As pessoas que se deixam consumir por isso são chatas pra caralho. Eu vou voltar a escrever sobre junkies, depressão e piadas de piroca.”
O trabalho de Hanselmann foi inclusive facilitado pelos vários absurdos vivenciados pela humanidade desde 2020.
“O que não faltava eram coisas imbecis e loucas vindas de todos os lados. As pessoas realmente piraram ano passado…”, me diz o autor. “Eu meio que queria poder continuar Zona de Crise, para poder tirar onda com essas coisas, colocar elas em perspectiva, mas como eu disse, política é algo vergonhoso.”
“É patético e triste ver comediantes e artistas que um dia respeitei se deixarem consumir por política pura, abandonarem quase completamente a comédia em si. Todos eles parecem exaustos e deprimidos. Enquanto eu estou o mais feliz que já estive em toda minha vida.”
Zona de Crise começa com o início do lockdown da pandemia. Lobisomem Jones se muda com os dois filhos para a casa dividida por Megg, Mogg e Coruja. Um dos quatro pega COVID-19, outro busca pagar as contas com vídeos pornô na internet, eles constroem uma casa na árvore no quintal para abrigar amigos e acabam protagonistas de um reality show do Netflix chamado Anus King.
Hanselmann nunca se distanciou tanto de sua fonte original de inspiração para os quadrinhos de Megg e Mogg. A dupla foi concebida como uma paródia despretensiosa da série de livros infantis britânicos protagonizados pela bruxinha Meg e seu gato Mog, da escritora Helen Nicoll e do ilustrador polonês Jan Pienkowski, publicados nos anos 1970 e populares no Reino Unido e na Austrália.
“Eu não fazia ideia de como seria, quando comecei Zona de Crise”, me conta o autor. “Eu imaginei que seria um troço de 30 páginas, mas o lance foi ficando cada vez mais louco. Foi basicamente no improviso. Ainda não tive tempo de ler o livro como uma ‘coisa’ grande desde que terminei ele, espero que não seja uma leitura de merda como livro!”
Hanselmann assume que muitos dos rumos da HQ foram ditados pelos comentários frenéticos de cada novo post no Instagram com os painéis inéditos de Zona de Crise. Tanto ao acatar sugestões de seus leitores quanto seguindo rumos opostos àqueles sugeridos por seus seguidores.
“A coisa mais engraçada dos comentários eram todos os babaquinhas políticos raivosos, malucos direitóides e os imbecis de extrema-esquerda, crianças ‘lacradoras’ e arrogantes. Eu fiz com que todos eles me odiassem. Zona de Crise foi criada para entreter pessoas com senso de humor e para enfurecer e confundir todos os babacas ultrapolitizados. Foi divertido.”
E diversão sempre foi o propósito maior do autor: “Minha esposa entrava no estúdio e me via rindo das minhas próprias piadas. Minha declaração de intento com ZC era divertir todo o povo apavorado e trancado em casa, mas principalmente para, de modo egoísta, me divertir, como sempre. Foi realmente divertido. Eu amo pra caralho fazer quadrinhos.”
“Não aguento mais quadrinho-poesia”
Apesar de sua paixão pela própria profissão, Hanselmann revela estar em busca de uma nova plataforma para compartilhar seus trabalhos. Após ver o Tumblr minguar com suas políticas de censura para conteúdo proibido para menores de 18 anos, ele se vê alvo de suspensões cada vez mais constantes no Instagram e teme perder sua conta.
“Seria um desastre para minhas finanças”, diz sobre a possibilidade de se ver excluído do Instagram. “Comecei a ter que censurar um monte de merda que posto lá. Não tenho planos de serializar trabalho inédito por lá de novo, atualmente procuro por plataformas alternativas. Instagram é pros covardes!”
Ele também não se vê muito confortável como parte da cena de quadrinhos autorais norte-americana. Nascido na Tasmânia em 1981, ele vive em Seattle há vários anos.
“A cena atual na América do Norte é predominantemente composta por maricas chorões. Gosto mais da cena na Europa, da cena do México, da cena britânica. Mas tem babacas chatos em tudo que é canto. Eu só meio que ignoro todo mundo hoje em dia, vivo na minha ilha deserta, não tenho vontade de estar conectado a nenhuma cena.”
“Espero que a cena norte-americana se torne um pouco mais divertida nos próximos anos, com menos ostentação política e resmungos, e mais diversão… Veremos… Tenho curtido o Nate Garcia, ele tem 19 anos e é muito engraçado, faz quadrinhos cretinos e divertidos. Mais coisas assim, por favor. Não aguento mais quadrinho-poesia e punhetas de vanguarda tediosas.”
3ª (21/12) é dia de Indefinidas Tiras em Quadrinhos, papo com Laerte e Galvão Bertazzi no Quadrinhos Impossíveis
Vou mediar o debate Indefinidas Tiras em Quadrinhos, uma conversa com Laerte e Galvão Bertazzi, marcada para as 19h de amanhã, terça-feira, dia 21 de dezembro, como parte do evento Quadrinhos Impossíveis – Edição Online. Você assiste ao papo, de graça, no canal da produtora Monstra no YouTube. O foco da nossa conversa será na produção recentes dos dois artistas, além da rotina de ambos como autores de tiras.
O link para a live tá aqui.
Lembro que: escrevi em junho sobre Manual do Minotauro, coletânea de mais de 400 páginas publicada pela editora Companhia das Letras reunindo o melhor da produção recente de Laerte. E conversei Bertazzi sobre seus trabalhos na série Vida Besta em 2019, quando as tiras publicadas por ele desde os anos 1990 ganharam coletânea pela editora Pé de Cabra – e voltamos a nos falar quando divulguei a arte do cartaz de 9 anos do Vitralizado.
Enfim, certeza de papo bom, aguardo a sua presença.
Quadrinhos Impossíveis – edição online: 20, 21 e 22 de dezembro de 2021
Sou um dos convidados da edição online da Quadrinhos Impossíveis, evento de HQs organizado pela produtora cultural Monstra e marcado para os dias 20, 21 e 22 de dezembro de 2021. Vou mediar uma conversa com Laerte Coutinho e Galvão Bertazzi na próxima terça-feira, dia 21 de dezembro, mas falo mais sobre esse papo nos próximos dias. Compartilho mais abaixo a programação do evento, toda gratuita, no canal da Monstra no YouTube.
Também participam das conversas e oficinas do evento: Fábio Vermelho, Pablo Carranza, Juscelino Neco, Sirlanney, Manhã Ortiz, Carol Ito, Laerte, Galvão Bertazzi, Yuri Moraes, Xavier Ramos, Douglas Utescher, Aline Lemos, Helô D’Angelo, Gabriela Güllich, Marcio Jr, João Pinheiro e Marcello Quintanilha. A arte do material de divulgação é de autoria do lendário Jaca. Segue a íntegra da programação da Quadrinhos Impossíveis:
*20/12, 2ª, 21h: Confissões nas Redes Sociais, com Sirlanney e Manhã Ortiz, mediação de Carol Ito;
*21/12, 3ª, 19h: Indefinidas Tiras em Quadrinhos, com Galvão Bertazzi e Laerte Coutinho, mediação de Ramon Vitral;
*21/12, 3ª, 21h: Quadrinhos Sem Pretensão, com Xavier Ramos e Yuri Moraes, mediação de Douglas Utescher;
*22/12, 4ª, 19h: Quadrinhos dos Dias, com Helô D’Ângelo e Aline Lemos, mediação de Gabriela Güllich;
*22/12, 4ª, 21h, Brasil em Quadrinhos, com João Pinheiro e Marcello Quintanilha, mediação de Marcio Jr.
Também estão marcadas três oficinas online gratuitas, com inscrições em linktr.ee/monstra.art:
*2ª, 20/12, 15h: Diário de Criação – Método de Organização e Criatividade para Produzir Quadrinhos, com Sirlanney;
*3ª, 21/12, 15h: O Método Bertazzi de Fazer Quadrinhos, com Galvão Bertazzi;
*4ª, 22/12, 15h: Abordagens do Zine, com Aline Lemos.
Vitralizado #110: 11.2021
Dou início às atividades do Vitralizado em dezembro de 2021 tendo em vista alguns posts do próximo ano. Eu e os meus amigos Maria Clara Carneiro e Lielson Zeni disparamos os convites do Prêmio Grampo 2022 no início de novembro. Tambei corri atrás de uma ou outra entrevista e tenho algumas conversas já editadas que estão só esperando a hora certa de aparecer por aqui. Enfim, vamos lá, começo as brincadeiras do 111º mês de existência do blog com o sumário de novembro. Saca só o que rolou:
*Mediei o debate de lançamento de Kit Gay, obra da quadrinista Vitorelo recém-publicada pela editora Veneta. Também participou do papo a artista Aline Zouvi. Você confere o nosso papo clicando aqui;
*Aproveito a deixa para reforçar: leia Kit Gay e dê Kit Gay de presente. Você fará do mundo um lugar melhor;
*E quem também faz do mundo um lugar melhor é o João Pinheiro, autor da excelente Depois que o Brasil Acabou. Bati um papo com ele sobre a produção dessa coletânea, também publicada pela Veneta.
[Aliás, peguei a arte que abre o post lá no site do João Pinheiro, um dos trabalhos dele para a série de ilustrações Quebrada. Dê um pulo lá na página dele para ver mais].
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