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Posts com a tag Prêmio Grampo 2019

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Está no ar o vídeo da cerimônia do Prêmio Grampo 2019 (via Papo Zine)

O jornalista Carlos Neto gravou a cerimônia de anúncio dos vencedores do Prêmio Grampo 2019, realizada na loja da Ugra, em São Paulo, no dia 2 de fevereiro. Durante o evento, eu e os meus colegas de Balbúrdia (Lielson Zeni e Maria Clara Carneiro) e Ugra (Douglas Utescher) revelamos os três primeiros colocados na premiação (Ayako, A Arte de Charlie Chan Hock Chye e Eles Estão por Aí) e os nomes dos artistas vencedores do UGrampo 2019 (Laerte, Lafa e Diego Gerlach). Depois ainda batemos um papo sobre o mercado brasileiro de quadrinhos em 2018 e algumas perspectivas para 2019.

Lembrando que você confere a lista completa de obras citadas pelo júri do Grampo clicando aquie os rankings individuais dos jurados clicando aqui. Membro do júri do Grampo nos últimos dois anos, o Carlos Neto compartilhou o registro feito por ele lá no Papo Zine e você assiste no player abaixo. Saca só:

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Prêmio UGrampo 2019: uma homenagem dos organizadores do Grampo e da Ugra aos quadrinistas em resistência

O ano que passou avivou as marcas de nossos abismos: somos política, social, cultural e afetivamente tensionados. O processo eleitoral de 2018 aclarou o que já existia, campos ideológicos complexos e guerra latente entre os que querem conservar tudo que tá aí e os que querem direitos e inclusão para todos. No meio desse abismo em que a gente caía, a palavra que se repete, ainda: resistência.

O desenho de Thereza Nardelli, ilustradora e tatuadora, lembrou a frase que ecoava, resistente, de outros tempos sombrios: “Ninguém solta a mão de ninguém”. A hashtag #desenhospelademocracia foi usada por inúmeros ilustradores, cartunistas, quadrinistas. Autores explicaram, em quadrinhos, como reconhecer fake news (Verônica Berta), desmistificaram essas pseudonotícias (Rodrigo Okuyama), ou, simplesmente, apontaram, pelo desenho, o absurdo dos discursos de ódio (tantos!).

Nós, envolvidos, de certa forma, com o registro e cobertura da cena de quadrinhos brasileira, achamos que não devíamos deixar de marcar essa resistência. Desse modo, criamos uma nova categoria do Prêmio Grampo justamente para realçar, pelo trabalho de alguns, essa resistência de todos (porque a resistência é coletiva, de mãos dadas). Ao contrário do que se ensina no cinema comercial, não é um herói que faz a diferença, mas o coletivo (e infeliz o povo que precisa de heróis). Daniel Lafayette (Lafa), Diego Gerlach e Laerte Coutinho representam três vias entre tantas dessa luta.

No trabalho do Lafa, a constância de crítica política vem desde sempre. Chamaram nossa atenção especialmente os cartuns das moscas, primeiro no blog e nos últimos anos no Instagram, que atingiram grande público, circularam bem pelas redes sociais e grupos de bate-papo. Ele foi corrosivo, certeiro e não aliviou o discurso em momento algum. Representa a publicação digital, já que suas moscas voaram por todo o lugar.

Laerte, além do seu posicionamento perene pelos direitos LGBTQI (e com sua luta histórica nos jornais de sindicatos), é uma quadrinista-referência. Como publica em jornal diário, tem grande alcance (além de ser replicada posteriormente nas redes sociais), ela representa a resistência nos meios tradicionais de comunicação. E há o outro trabalho dela que entendemos ser muito importante: conversar com os autores mais novos, assumindo a toga de mestra, seja na conversa pessoal, seja pelas redes sociais, seja nos debates.

E quanto a Diego Gerlach, seu combate é mais nas entrelinhas que os outros dois homenageados, mas ele se insere em diversas publicações coletivas, cria fantasias para o cotidiano a partir das notícias, sem nunca deixar de se posicionar contra o autoritarismo. Todas as histórias recentes do Gerlach tem alguma marca de resistência ou dos problemas do fascismo. Ele representa a publicação impressa e barateira, acessível, da ideia que mesmo que circule em menos lugares, é acessível tanto na forma quanto no preço. Lembrando sempre que o zine é uma das formas clássicas da expressão da resistência.

Justamente nesse âmbito zineiro, a Ugra em suas diversas manifestações (loja física e virtual, editora, festival) sempre agiu em prol da cena brasileira de quadrinhos. Além disso, tem sido parceira no Prêmio Grampo desde a segunda edição. Portanto, a escolha do nome para o troféu assinala essa amizade e dedica uma homenagem também à Ugra.

Em 2019, foram escolhidos três quadrnistas para receber o UGrampo, mas isso não configura um padrão. Em 2020 podemos ter mais, menos ou até nenhum homenageado. Afinal, a resistência é antiautoritarista e antisetabilishment. 😉

A quadrinista Laerte Coutinho com o troféu entregue a ela referente à vitória no Prêmio UGrampo 2019
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– Prêmio Grampo 2019 de Grandes HQs – Os 20 rankings dos eleitores convidados

Foram 20 eleitores convidados para votar no Prêmio Grampo 2019. A regra era simples: cada um deveria enviar um ranking com seus 10 quadrinhos preferidos publicados no Brasil entre os dias 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2019 – incluindo republicações (títulos que já tenham sido lançados no Brasil anteriormente, mas que retornaram em novo formato editorial). A regra de ouro era que os jurados não votassem em suas próprias obras ou naquelas em que trabalharam (edição, tradução, revisão, diagramação, paratextos, etc). O primeiro colocado de cada ranking recebeu 10 pontos, o segundo nove, o terceiro oito e assim por diante até o 10º, com 1 ponto. Foram 86 obras listadas. Os títulos mais citados e mais bem colocados no ranking geral foram divulgados aqui. A seguir, as listas individuais:

Aline Zouvi
[quadrinista, cartunista e pesquisadora]

1) Me Leve Quando Sair (independente), por Jéssica Groke;
2) Fun Home (Todavia), por Alison Bechdel (tradução: André Conti);
3) QP (Lote 42), por Power Paola (tradução: Cecilia Arbolave);
4) Hibernáculo (independente), por Amanda Paschoal Miranda;
5) A Origem do Mundo – Uma História Cultural da Vagina ou A Vulva vs O Patriarcado (Companhia das Letras), por Liv Stromqüist (tradução: Kristin Lie Garrubo);
6) Tilt (independente), por Raquel Vitorelo;
7) Mar Menino (independente), por Paulo Moreira;
8) Dinâmica de Bruto II (Maria Nanquim), por Bruno Maron;
9) Ipsilone (Caixa Cultural), por Rafael Sica;
10) Queda (independente), por Lalo.

Carlos Neto
[jornalista e youtuber do Papo Zine]

1) Ayako (Veneta), por Osamu Tezuka (tradução: Marcelo Yamashita Salles e Esther Sumi);
2) Cinco Mil Quilômetros por Segundo (Devir), por Manuele Fior (tradução: Renata Leitão);
3) Fugir: O Relato de um Refém (Zarabatana Books), por Guy Delisle (tradução: Claudio Martini);
4) Uma Irmã (Nemo), por Bastien Vivès (tradução: Fernando Scheibe);
5) A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), por Sonny Liew (tradução: Maria Clara Carneiro);
6) Know-Haole #8 (independente), por Diego Gerlach;
7) Eles Estão Por Aí (Todavia), por Bianca Pinheiro e Greg Stella;
8) O Idiota (Companhia das Letras), por André Diniz;
9) Por muito tempo tentei me convencer de que te amava (Balão Editorial), por Thiago Souto;
10) Me Leve Quando Sair (independente), por Jéssica Groke.

Carol Ito
[quadrinista, jornalista, pesquisadora e editora do Políticas]

1) A Origem do Mundo – Uma História Cultural da Vagina ou A Vulva vs O Patriarcado (Companhia das Letras), por Liv Stromqüist (tradução: Kristin Lie Garrubo);
2) Raul (Elefante), por Alexandre de Maio;
3) Carne (independente), por Animma de Matos;
4) QP (Lote 42), por Power Paola (tradução: Cecilia Arbolave);
5) Tilt (independente), por Raquel Vitorelo
6) nsia Eterna (SESI-SP), por Verônica Berta;
7) Hibernáculo (independente), por Amanda Paschoal Miranda;
8) Ugrito #17: Óleo Sobre Tela (Ugra Press), por Aline Zouvi;
9) Messias & Messias (Piauí), por Andrício de Sousa;
10) Pedro & Luiz (independente), por Marcos Batista e Rafael Coutinho.

Cecilia Arbolave
[editora, jornalista, tradutora, curadora da Miolo(s), entre outros eventos e sócia da Lote 42, Banca Tatuí e Sala Tatuí]

1) Dinâmica de Bruto II (Maria Nanquim), por Bruno Maron;
2) A Revolução dos Bichos (Companhia das Letras), por Odyr;
3) Música para Antropomorfos (Zarabatana Books), por Fabio Zimbres e Mechanics;
4) Raul (Elefante), por Alexandre de Maio;
5) Até Aqui Tudo Bem (independente), por Rafael Corrêa;
6) Fun Home (Todavia), por Alison Bechdel (tradução: André Conti);
7) As pessoas são frágeis e ignorantes (independente), por Lovelove6;
8) Enxaqueca (independente), por Felipe Parucci;
9) Ar Condicionado (Veneta), por Gustavo Piqueira;
10) A Vida é Boa se Você Não Fraquejar (Mino), por Seth (tradução: Dandara Palankof).

Dandara Palankof
[tradutora, jornalista, pesquisadora e editora da Revista Plaf]

1) Ayako (Veneta), por Osamu Tezuka (tradução: Marcelo Yamashita Salles e Esther Sumi);
2) Imaginário Coletivo (DarkSide Books), por Wesley Rodrigues;
3) Refugiados: A Última Fronteira (DarkSide Books), por Kate Evans (tradução: Letícia R. Carvalho);
4) A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), por Sonny Liew (tradução: Maria Clara Carneiro);
5) A Origem do Mundo – Uma História Cultural da Vagina ou A Vulva vs O Patriarcado (Companhia das Letras), por Liv Stromqüist (tradução: Kristin Lie Garrubo);
6) Cadafalso (Mino), por Alcimar Frazão, Lourenço Mutarelli, Dalton Cara e Magno Costa;
7) Jeremias – Pele (Panini), por Rafael Calça e Jefferson Costa;
8) A Marcha – Livro 1: John Lewis e Martin Luther King em Uma História de Luta pela Liberdade (Nemo), por John Lewis,‎ Andrew Aydin e Nate Powell (tradução: Érico Assis);
9) Eles Estão Por Aí (Todavia), por Bianca Pinheiro e Greg Stella;
10) Monstress – Despertar (Pixel), por Marjorie Liu e Sana Takeda (tradução: Laura Lannes).

Daniel Lopes
[editor, youtuber, tradutor e sócio da editora e canal Pipoca & Nanquim]

1) Ayako (Veneta), por Osamu Tezuka (tradução: Marcelo Yamashita Salles e Esther Sumi);
2) A Terra dos Filhos (Veneta), por Gipi (tradução: Michele Vartuli);
3) Sem Volta (Companhia das Letras), por Charles Burns (tradução: Diego Gerlach);
4) Cinco Mil Quilômetros por Segundo (Devir), por Manuele Fior (tradução: Renata Leitão);
5) Bone: O Vale ou Equinócio Vernal (Todavia), por Jeff Smith (tradução: Érico Assis);
6) Mort Cinder (Figura), por Hector Oesterheld e Alberto Breccia (tradução: Rodrigo Rosa);
7) Marcha para Morte (Devir), por Shigeru Mizuki (Arnaldo Oka);
8) A Vida é Boa se Você Não Fraquejar (Mino), por Seth (tradução: Dandara Palankof);
9) Uma Irmã (Nemo), por Bastien Vivès (tradução: Fernando Scheibe);
10) Visão #1 & Visão #2 (Panini Comics), por Tom King, Gabriel Hernandez Walta, Michael Walsh e Jordie Bellaire (tradução: Paulo França, Kitsune).

Daniela Cantuária Utescher
[livreira, editora, curadora do Ugra Fest, entre outros eventos e sócia da Ugra Press]

1) A Revolução dos Bichos (Companhia das Letras), por Odyr;
2) Ousadas Vol. 1 – Mulheres que só Fazem o que Querem (Nemo), por Pénélope Bagieu (tradução: Fernando Scheibe);
3) Fugir: O Relato de um Refém (Zarabatana Books), por Guy Delisle (tradução: Claudio Martini);
4) Cinco Mil Quilômetros por Segundo (Devir), por Manuele Fior (tradução: Renata Leitão);
5) Mondo Sama (Noir), por Sama;
6) Até Aqui Tudo Bem (independente), por Rafael Corrêa;
7) Me Leve Quando Sair (independente), por Jéssica Groke;
8) A Noite dos Homens-Peixe (independente), por Juscelino Neco e Gabriel Dantas;
9) Um Novo Corte de Peitos (independente), por Lino Arruda;
10) A Zica #5 (independente), edição por Luiz Navarro, Marcos Batista e João Perdigão).

Douglas Utescher
[livreiro, editor, curador do Ugra Fest, entre outros eventos e sócio da Ugra Press]

1) Eles Estão Por Aí (Todavia), por Bianca Pinheiro e Greg Stella;
2) A Entrevista (Mino), por Manuele Fior (tradução: Michele Vartuli);
3) Sem Volta (Companhia das Letras), por Charles Burns (tradução: Diego Gerlach);
4) Desenhados um Para o Outro (Compahia das Letras), por Aline Crumb e Robert Crumb (tradução: Érico Assis);
5) Uma Irmã (Nemo), por Bastien Vivès (tradução: Fernando Scheibe);
6) Fugir: O Relato de um Refém (Zarabatana Books), por Guy Delisle (tradução: Claudio Martini);
7) A Revolução dos Bichos (Companhia das Letras), por Odyr;
8) A História de Joe Shuster: o artista por trás do Superman (Aleph), por Julian Voloj, Thomas Campi (tradução: Marcia Man);
9) Candyland (independente), por Olavo Rocha e Guilherme Caldas;
10) Dinâmica de Bruto II (Maria Nanquim), por Bruno Maron.

Érico Assis
[tradutor, pesquisador, jornalista e crítico]

1) Cinco Mil Quilômetros por Segundo (Devir), por Manuele Fior (tradução: Renata Leitão);
2) Uma Irmã (Nemo), por Bastien Vivès (tradução: Fernando Scheibe);
3) Inuyashiki #5-#10 (Panini), por Hiroya Oku (tradução: Lídia Ivasa);
4) Gus #4 – Feliz Clem (SESI-SP), por Christophe Blain (tradução: Fernando Paz);
5) Por muito tempo tentei me convencer de que te amava (Balão Editorial), por Thiago Souto;
6) Fun Home (Todavia), por Alison Bechdel (tradução: André Conti);
7) A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), por Sonny Liew (tradução: Maria Clara Carneiro);
8) Fugir: O Relato de um Refém (Zarabatana Books), por Guy Delisle (tradução: Claudio Martini);
9) Ousadas Vol. 1 – Mulheres que só Fazem o que Querem (Nemo), por Pénélope Bagieu (tradução: Fernando Scheibe);
10) Visão #1 & Visão #2 (Panini Comics), por Tom King, Gabriel Hernandez Walta, Michael Walsh e Jordie Bellaire (tradução: Paulo França, Kitsune).

Jéssica Groke
[quadrinista]

1) Queda (independente), por Lalo;
2) Know-Haole #8 (independente), por Diego Gerlach;
3) Granizo (Ugra Press), por Felipe Portugal;
4) QP (Lote 42), por Power Paola (tradução: Cecilia Arbolave);
5) Música para Antropomorfos (Zarabatana Books), por Fabio Zimbres e Mechanics;
6) Gume (independente), por Paula Puiupo;
7) Tilt (independente), por Raquel Vitorelo;
8) Hibernáculo (independente), por Amanda Paschoal Miranda;
9) Juras (independente), por Julia Balthazar;
10) Série Postal – Ano 2 (independente), edição por Ramon Vitral.

Liber Paz
[professor da UTFPR, quadrinista, youtuber, crítico, pesquisador e membro do Balbúrdia e do Kitinete HQ]

1) Imaginário Coletivo (DarkSide Books), por Wesley Rodrigues;
2) Refugiados: A Última Fronteira (DarkSide Books), por Kate Evans (tradução: Letícia R. Carvalho);
3) Me Leve Quando Sair (independente), por Jéssica Groke;
4) Eles Estão Por Aí (Todavia), por Bianca Pinheiro e Greg Stella;
5) A Terra dos Filhos (Veneta), por Gipi (tradução: Michele Vartuli);
6) A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), por Sonny Liew (tradução: Maria Clara Carneiro);
7) A Origem do Mundo – Uma História Cultural da Vagina ou A Vulva vs O Patriarcado (Companhia das Letras), por Liv Stromqüist (tradução: Kristin Lie Garrubo);
8) nsia Eterna (SESI-SP), por Verônica Berta;
9) Mort Cinder (Figura), por Hector Oesterheld e Alberto Breccia (tradução: Rodrigo Rosa);
10) Ayako (Veneta), por Osamu Tezuka (tradução: Marcelo Yamashita Salles e Esther Sumi).

Lielson Zeni
[editor, pesquisador, crítico e roteirista, membro do Balbúrdia]

1) Partir (Coleção Des.Gráfica/MIS), por Grazi Fonseca;
2) Durma Bem, Monstro (independente), por Alexandre Lourenço;
3) Música para Antropomorfos (Zarabatana Books), por Fabio Zimbres e Mechanics;
4) Dinâmica de Bruto II (Maria Nanquim), por Bruno Maron;
5) Know-Haole #8 (independente), por Diego Gerlach;
6) A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), por Sonny Liew (tradução: Maria Clara Carneiro);
7) Eles Estão Por Aí (Todavia), por Bianca Pinheiro e Greg Stella;
8) Um longo e surrado vestido de vidro/ Sem mim (independente), por Paulo Crumbim;
9) A Origem do Mundo – Uma História Cultural da Vagina ou A Vulva vs O Patriarcado (Companhia das Letras), por Liv Stromqüist (tradução: Kristin Lie Garrubo);
10) Tekkon Kinkreet (Devir), por Taiyo Matsumoto (tradução: Arnaldo Oka).

Lila Cruz
[quadrinista, jornalista e youtuber]

1) Me Leve Quando Sair (independente), por Jéssica Groke;
2) Só Ana (independente), por Renata Nolasco;
3) Melaço (independente), por Lita Hayata, Aline Lemos, Bruna Morgan, Dani Franck, Dika Araújo, Jujuqui, Manu Negri, Talita Régis e Mtika;
4) A Revolução dos Bichos (Companhia das Letras), por Odyr;
5) Transistorizada (independente), por Luiza Lemos;
6) Maré Alta (independente), por Flávia Borges;
7) nsia Eterna (SESI-SP), por Verônica Berta;
8) A Origem do Mundo – Uma História Cultural da Vagina ou A Vulva vs O Patriarcado (Companhia das Letras), por Liv Stromqüist (tradução: Kristin Lie Garrubo);
9) QP (Lote 42), por Power Paola (tradução: Cecilia Arbolave);
10) O Vazio que nos Completa (Jupati Books), por Sérgio Chaves e Allan Ledo.

Luli Penna
[quadrinista e ilustradora]

1) Rapsódia para Máquina Operatriz (Coleção Des.Gráfica/MIS), por Ian Indiano;
2) A Vida é Boa se Você Não Fraquejar (Mino), por Seth (tradução: Dandara Palankof);
3) Laerte, tiras e cartuns (Folha de São Paulo), por Laerte;
4) Ultralafa (independente), por Daniel Lafayette;
5) O Idiota (Companhia das Letras), por André Diniz;
6) Ayako (Veneta), por Osamu Tezuka (tradução: Marcelo Yamashita Salles e Esther Sumi);
7) Partir (Coleção Des.Gráfica/MIS), por Grazi Fonseca;
8) Juras (independente), por Julia Balthazar;
9) Bone: O Vale ou Equinócio Vernal (Todavia), por Jeff Smith (tradução: Érico Assis);
10) Música para Antropomorfos (Zarabatana Books), por Fabio Zimbres e Mechanics.

Maria Clara Carneiro
[professora da UFSM, tradutora, pesquisadora, crítica e membro do Balbúrdia]

1) Refugiados: A Última Fronteira (DarkSide Books), por Kate Evans (tradução: Letícia R. Carvalho);
2) Durma Bem, Monstro (independente), por Alexandre Lourenço;
3) Música para Antropomorfos (Zarabatana Books), por Fabio Zimbres e Mechanics;
4) A Origem do Mundo – Uma História Cultural da Vagina ou A Vulva vs O Patriarcado (Companhia das Letras), por Liv Stromqüist (tradução: Kristin Lie Garrubo);
5) Dinâmica de Bruto II (Maria Nanquim), por Bruno Maron;
6) Babilônia (independente), por Jéssica Groke;
7) Um longo e surrado vestido de vidro/ Sem mim (independente), por Paulo Crumbim;
8) Partir (Coleção Des.Gráfica/MIS), por Grazi Fonseca;
9) Telma Proibida (independente), por Kelly Alonso Braga;
10) nsia Eterna (SESI-SP), por Verônica Berta.

Milena Azevedo
[roteirista, crítica e curadora de eventos]

1) A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), por Sonny Liew (tradução: Maria Clara Carneiro);
2) Cinco por Infinito (Pipoca & Nanquim), por Esteban Maroto (tradução: Barbara Zocal e Daniel Lopes);
3) Mort Cinder (Figura), por Hector Oesterheld e Alberto Breccia (tradução: Rodrigo Rosa);
4) Black Dog: Os Sonhos de Paul Nash (DarkSide Books), por Dave McKean (tradução: Bruno Dorigatti);
5) Os Guardiões do Louvre (Pipoca & Nanquim), por Jiro Tanigushi (tradução: Drik Sada);
6) O Idiota (Companhia das Letras), por André Diniz;
7) O Perfeito Estranho (Veneta), por Bernie Kringstein (tradução: Dandara Palankof);
8) Jeremias – Pele (Panini), por Rafael Calça e Jefferson Costa;
9) Monstress – Despertar (Pixel), por Marjorie Liu e Sana Takeda (tradução: Laura Lannes);
10) nsia Eterna (SESI-SP), por Verônica Berta.

Paulo Floro
[jornalista e editor das revistas O Grito e Plaf]

1) Ayako (Veneta), por Osamu Tezuka (tradução: Marcelo Yamashita Salles e Esther Sumi);
2) A Entrevista (Mino), por Manuele Fior (tradução: Michele Vartuli);
3) Eles Estão Por Aí (Todavia), por Bianca Pinheiro e Greg Stella;
4) A Terra dos Filhos (Veneta), por Gipi (tradução: Michele Vartuli);
5) O Perfeito Estranho (Veneta), por Bernie Kringstein (tradução: Dandara Palankof);
6) A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), por Sonny Liew (tradução: Maria Clara Carneiro);
7) A Revolução dos Bichos (Companhia das Letras), por Odyr;
8) QP (Lote 42), por Power Paola (tradução: Cecilia Arbolave);
9) Mort Cinder (Figura), por Hector Oesterheld e Alberto Breccia (tradução: Rodrigo Rosa);
10) Gideon Falls (Mino), por Jeff Lemire, Andrea Sorrentino e Dave Stewart (tradução: Dandara Palankof).

PJ Brandão
[pesquisador e produtor do HQ Sem Roteiro Podcast]

1) Um Pedaço de Madeira e Aço (Pipoca & Nanquim), por Chabouté;
2) Os Guardiões do Louvre (Pipoca & Nanquim), por Jiro Tanigushi (tradução: Drik Sada);
3) Cara-Unicórnio – Volume 1 (independente), por Adri A.;
4) Paraíso Perdido (DarkSide Books), por Pablo Auladell (tradução: Érico Assis);
5) Refugiados: A Última Fronteira (DarkSide Books), por Kate Evans (tradução: Letícia R. Carvalho);
6) A Revolução dos Bichos (Companhia das Letras), por Odyr;
7) Sem Volta (Companhia das Letras), por Charles Burns (tradução: Diego Gerlach);
8) Estranhos no Paraíso – Volume 1 (Devir), por Terry Moore (tradução: Guilherme Miranda);
9) Meu Político de Estimação (independente), por anônimo;
10) A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), por Sonny Liew (tradução: Maria Clara Carneiro);

Ramon Vitral
[jornalista, crítico e editor do Vitralizado]

1) Música para Antropomorfos (Zarabatana Books), por Fabio Zimbres e Mechanics;
2) Sem Volta (Companhia das Letras), por Charles Burns (tradução: Diego Gerlach);
3) Ayako (Veneta), por Osamu Tezuka (tradução: Marcelo Yamashita Salles e Esther Sumi);
4) A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), por Sonny Liew (tradução: Maria Clara Carneiro);
5) Eles Estão Por Aí (Todavia), por Bianca Pinheiro e Greg Stella;
6) A Terra dos Filhos (Veneta), por Gipi (tradução: Michele Vartuli);
7) A Vida Não Me Assusta (independente), por Juscelino Neco;
8) QP (Lote 42), por Power Paola (tradução: Cecilia Arbolave);
9) Partir (Coleção Des.Gráfica/MIS), por Grazi Fonseca;
10) Me Leve Quando Sair (independente), por Jéssica Groke.

Thiago Borges
[revisor, crítico e editor do O Quadro e o Risco]

1) Ayako (Veneta), por Osamu Tezuka (tradução: Marcelo Yamashita Salles e Esther Sumi);
2) Eles Estão Por Aí (Todavia), por Bianca Pinheiro e Greg Stella;
3) A Revolução dos Bichos (Companhia das Letras), por Odyr;
4) A Vida é Boa se Você Não Fraquejar (Mino), por Seth (tradução: Dandara Palankof);
5) O Relatório Brodeck (Pipoca & Nanquim), por Manu Lacernet (tradução: Pedro Bouça);
6) Senhor Milagre – Volume 1 (Panini), por Tom King e Mitch Gerads (tradução: Bernardo Santana);
7) Cinco Mil Quilômetros por Segundo (Devir), por Manuele Fior (tradução: Renata Leitão);
8) Queda (independente), por Lalo;
9) A Terra dos Filhos (Veneta), por Gipi (tradução: Michele Vartuli);
10) Refugiados: A Última Fronteira (DarkSide Books), por Kate Evans (tradução: Letícia R. Carvalho).

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– Prêmio Grampo 2019 de Grandes HQs – O resultado final: as 20 HQs mais votadas

O álbum Ayako é o vencedor do Prêmio Grampo 2019 de Grandes HQs. O clássico do Osamu Tezuka (1928-1989) publicado pela editora Veneta e inédito no Brasil até 2018 consta em oito das 20 listas do jurados convidados do Grampo, tendo acumulado 64 pontos na contagem dos vototos. O gibi vencedor ficou à frente de A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), de Sonny Liew (50 pontos e nove listas) e Eles Estão Por Aí (Todavia), de Bianca Pinheiro e Greg Stella (50 pontos e oito listas).

O top 10 do Grampo 2019 fecha com A Revolução dos Bichos (Companhia das Letras), de Odyr (47 pontos); Música para Antropomorfos (Zarabatana Books), de Fabio Zimbres e Mechanics (41 pontos); A Origem do Mundo – Uma História Cultural da Vagina ou A Vulva vs O Patriarcado (Companhia das Letras), de Liv Stromqüist (38 pontos); Cinco Mil Quilômetros por Segundo (Devir), de Manuele Fior (37 pontos); Me Leve Quando Sair (independente), de Jéssica Groke (34 pontos); Refugiados: A Última Fronteira (DarkSide Books), de Kate Evans (34 pontos); e QP (Lote 42), de Power Paola (30 pontos).

Com cinco títulos mencionados nos 20 rankings, estando dois deles entre os 10 primeiros colocados (A Revolução dos Bichos e A Origem do Mundo – Uma História Cultural da Vagina ou A Vulva vs O Patriarcado), a editora Companhia das Letras acumulou 135 pontos, a maior pontuação no somatório geral de títulos por editoras. Responsável pelo lançamento do quadrinho na primeira colocação, Ayako, a Veneta somou 105 pontos. Com cinco obras mencionadas, inclusive a segunda colocada no ranking geral (A Arte de Charlie Chan Hock Chye), a Pipoca & Nanquim ficou com 90 pontos. As três obras mencionadas da editora Todavia somaram 77 pontos. O quinto lugar no ranking de editoras ficou com a DarkSide Books, com 67 pontos.

No total, foram mencionadas 86 HQs. Os rankings individuais de cada um dos jurados estão disponíveis aqui. Os 20 quadrinhos mais bem colocados na soma dos rankings e as demais obras listas constam a seguir.

Imagens de Ayako, HQ de Osamu Tezuka publicada no Brasil pela editora Veneta e vencedora do Prêmio Grampo de Ouro 2019

1) Ayako (Veneta), por Osamu Tezuka (tradução: Marcelo Yamashita Salles e Esther Sumi) [64 pontos]

*por Ramon Vitral

O primeiro lugar de Ayako no somatório geral dos rankings enviados pelos jurados do Prêmio Grampo 2019 fazem da HQ de Osamu Tezuka (1928-1989) a primeira obra internacional a levar o Grampo de Ouro. Presente na história das HQs mundiais como ‘O Deus dos Mangás’, Tezuka teve sua fama fomentada no Ocidente por seus trabalhos mais infantis, mas o épico familiar adulto publicado pela primeira vez no Brasil no início de 2018 é apontado por especialistas como a obra-prima do autor.

Lançado originalmente entre 1972 e 1973 como uma trilogia, o álbum apresenta a versão integral do trabalho mais sombrio, cínico e pouco esperançoso de Tezuka, completamente distinto daqueles que talvez sejam seus títulos mais famosos no Brasil: Astro Boy, Kimba – O Leão Branco e A Princesa e O Cavaleiro. O diálogo mais óbvio de Ayako é com o sofrimento, a culpa e o niilismo presentes nos romances do russo Fiódor Dostoiévski – de quem o artista adaptou Crime e Castigo em 1953.

As 720 páginas de Ayako são ambientadas no Japão pós-2ª Guerra Mundial. O retorno de um dos cinco filhos da tradicional família Tenge de um campo de prisioneiros dá início a uma série de eventos que culminam em um período de 24 anos da caçula do clã trancada em um porão por decisão unânime de seus parentes mais poderosos com o objetivo de proteger a honra de seus pais e irmãos. Em texto para o site especializado The Comics Journal, o crítico de quadrinhos Simon Abrams escreveu: “Nenhum personagem chega ao fim de Ayako ainda inteiro”.

Votaram em Ayako: Carlos Neto (1º), Dandara Palankof (1º) Daniel Lopes (1º), Liber Paz (10º), Luli Penna (6º), Paulo Floro (1º), Ramon Vitral (3º) e Thiago Borges (1º).

2) A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim), por Sonny Liew (tradução: Maria Clara Carneiro) [50 pontos];

*por Maria Clara Carneiro (tradutora de A Arte de Charlie Chan Hock Chye)

Mesmo quem tem menos de 30 sabe um pouco de como é viver sob a censura. Muito de nossa cultura popular traz exemplos de versos, imagens, narrativas, jeito sussurrado de comentar política, aquele medo latente de andar na rua e não voltar, e o mal jeito de entender essa tal liberdade. E eis que 30 anos após nossa CF88, Pipoca e Nanquim nos apresenta um livro vindo do estado que era criança quando a gente voltava a eleger nossos governantes, a Singapura.

A Arte de Charlie Chan Hock Chye é uma longa entrevista de Sonny Liew com o mítico autor de quadrinhos Charlie Chan Hock Chye, singapurano que era uma criança descobrindo gibis quando seu país conseguiu a independência. E, adolescente, passa a tentar explicar a história de seu país com quadrinhos, em que a forma escolhida (os funnies, aventura, terror, herói) também ajuda a contar essa mesma história, sobretudo a de um preso político, hoje completamente obscurecido pela história oficial. É, portanto, uma história da Singapura em quadrinhos e uma história de quadrinhos em quadrinhos, cheia de referência a estilos e autores, de Osamu Tezuka a Frank Miller.

Mas Charlie Chan Hock Chye nunca existiu. Sonny Liew, que tem quase a idade de seu país, só foi descobrir certos fatos da história recente em livros que encontrou em um país vizinho. E foi no exterior também que descobriu a censura apagando todos os rastros daquele passado recente, e do presente também. Como contar a história de uma censura? Sonny Liew cria essa conversa com um pretenso autor, que vai fracassando em contar essa mesma história por conta de todos os embargos à possibilidade da arte contar, pela censura e pelo pouco incentivo que se tem, em geral, para contar uma história.

Votaram em A Arte de Charlie Chan Hock Chye: Carlos Neto (5º), Dandara Palankof (4º), Érico Assis (6º), Liber Paz (6º), Lielson Zeni (6º), Milena Azevedo (1º), Paulo Floro (6º), PJ Brandão (10º) e Ramon Vitral (4º).

3) Eles Estão Por Aí (Todavia), por Bianca Pinheiro e Greg Stella [50 pontos];

*por Lielson Zeni

O terceiro colocado desta edição do Grampo é o quadrinho nacional mais bem posicionado na lista. Segundo trabalho assinado pela dupla Bianca Pinheiro e Greg Stella, primeiro por editora, Eles Estão Por Aí (todavia, 2018) – o anterior foi o bem bom Meu Pai É um Homem da Montanha (independente, 2015).

Dessa vez, em vez da narrativa de suspense tipo na obra anterior, a gente vê criaturinhas verminosas se arrastarrem por terrenos inóspitos e tocarem conversas dos mais variados tons. Me lembrou (e isso é coisa minha, não digo que seja intenção dos autores necessariamente) meu livro favorito do Lourenço Mutarelli A Caixa de Areia (ou era dois em meu quintal) (Devir, 2006), bem como aqueles ambientes das peças de Samuel Beckett, tipo O Inominável e Esperando Godot. Eles Estão Por Aí se aproxima dessas obras não por tema, mas pela ambientação.

Acho incrível ver um livro de editora com tanto alcance de distribuição e divulgação com vetor narrativo tão baixo. O livro da Bianca e do Gregg não é obra para saber qual cena/peripécia vem depois, o que interessa ali não é a cadeia de fatos, mas cada momento daqueles diálogos. Há, sim, relações que se estabelecem entre os seres e entre eles e o aquele ambiente, mas o melhor desse livro não está ali e, sim, nas criaturas quase sem forma que estão nas páginas da obra e, quem sabe, também não estão por aí.

Votaram em Eles Estão por aí: Carlos Neto (7º), Dandara Palankof (9º), Douglas Utescher (1º), Liber Paz (4º), Lielson Zeni (7º), Paulo Floro (3º), Ramon Vitral (5º) e Thiago Borges (2º).

4) A Revolução dos Bichos (Companhia das Letras), por Odyr [47 pontos];

Votaram: Cecilia Arbolave (2º), Daniela Cantuária Utescher (1º), Douglas Utescher (7º), Paulo Floro (7º), Lila Cruz (4º), PJ Brandão (6º) e Thiago Borges (3º).

5) Música para Antropomorfos (Zarabatana Books), por Fabio Zimbres e Mechanics [41 pontos];

Votaram: Cecilia Arbolave (3º), Jéssica Groke (5º), Lielson Zeni (3º), Luli Penna (10º), Maria Clara Carneiro (8º) e Ramon Vitral (1º).

6) A Origem do Mundo – Uma História Cultural da Vagina ou A Vulva vs O Patriarcado (Companhia das Letras), por Liv Stromqüist (tradução: Kristin Lie Garrubo) [38 pontos];

Votaram: Aline Zouvi (5º), Carol Ito (1º), Dandara Palankof (5º), Liber Paz (7º), Lielson Zeni (9º), Lila Cruz (8º) e Maria Clara Carneiro (4º).

7) Cinco Mil Quilômetros por Segundo (Devir), por Manuele Fior (tradução: Renata Leitão) [37 pontos];

Votaram: Carlos Neto (2º), Érico Assis (1º), Daniela Cantuária Utescher (4º), Daniel Lopes (4º) e Thiago Borges (7º).

8) Me Leve Quando Sair (independente), por Jéssica Groke [34 pontos];

Votaram: Aline Zouvi (1º), Carlos Neto (10º), Daniela Cantuária Utescher (7º), Liber Paz (3º), LIla Cruz (1º) e Ramon Vitral (10º).

8) Refugiados: A Última Fronteira (DarkSide Books), por Kate Evans (tradução: Letícia R. Carvalho) [34 pontos];

Votaram: Dandara Palankof (3º), Maria Clara Carneiro (1º), Liber Paz (2º), PJ Brandão (5º) e Thiago Borges (10º).

10) QP (Lote 42), por Power Paola (tradução: Cecilia Arbolave) [30 pontos];

Votaram: Aline Zouvi (3º), Carol Ito (4º), Jéssica Groke (4º), Paulo Floro (8º), Ramon Vitral (8º).

11) A Terra dos Filhos (Veneta), por Gipi (tradução: Michele Vartuli) [29 pontos];

Votaram: Daniel Lopes (2º), Liber Paz (5º), Paulo Floro (4º), Ramon Vitral (6º) e Thiago Borges (9º).

11) Sem Volta (Companhia das Letras), por Charles Burns (tradução: Diego Gerlach) [29 pontos];

Votaram: Daniel Lopes (3º), Douglas Utescher (3º), PJ Brandão (7º) e Ramon Vitral (2º).

12) Dinâmica de Bruto II (Maria Nanquim), por Bruno Maron [27 pontos];

Votaram: Aline Zouvi (8º), Cecilia Arbolave (1º), Douglas Utescher (10º), Lielson Zeni (4º) e Maria Clara Carneiro (5º).

13) Uma Irmã (Nemo), por Bastien Vivès (tradução: Fernando Scheibe) [24 pontos];

Votaram: Carlos Neto (4º), Érico Assis (2º), Daniel Lopes (9º) e Douglas Utescher (5º).

14) Fugir: O Relato de um Refém (Zarabatana Books), por Guy Delisle (tradução: Claudio Martini) [23 pontos];

Votaram: Carlos Neto (3º), Daniela Cantuária Utescher (4º), Douglas Utescher (6º) e Érico Assis (8º)

15) A Vida é Boa se Você Não Fraquejar (Mino), por Seth (tradução: Dandara Palankof) [20 pontos];

Votaram: Cecilia Arbolave (10º), Daniel Lopes (8º), Luli Penna (2º) e Thiago Borges (4º).

16) Know-Haole #8 (independente), por Diego Gerlach [20 pontos];

Votaram: Carlos Neto (6º), Jessica Groke (2º) e Lielson Zeni (5º).

17) Imaginário Coletivo (DarkSide Books), por Wesley Rodrigues [19 pontos];

Votaram: Liber Paz (1º) e Dandara Palankof (2º).

17) Fun Home (Todavia), por Alison Bechdel (tradução: André Conti) [19 pontos];

Votaram: Aline Zouvi (2º), Érico Assis (6º) e Cecilia Arbolave (6º).

19) Partir (Coleção Des.Gráfica/MIS), por Grazi Fonseca [18 pontos];

Votaram: Lielson Zeni (1º), Luli Pena (8º), Maria Clara Carneiro (8º) e Ramon Vitral (9º).

19) Durma Bem, Monstro (independente), por Alexandre Lourenço [18 pontos];

Votaram: Lielson Zeni (2º) e Maria Clara Carneiro (2º).

19) A Entrevista (Mino), por Manuele Fior (tradução: Michele Vartuli) [18 pontos].

Votaram: Paulo Floro (2º) e Douglas Utescher (2º).

Outras HQs listadas pelos jurados do Prêmio Grampo 2019: Ânsia Eterna (SESI-SP), por Verônica Berta; Ar Condicionado (Veneta), por Gustavo Piqueira; Até Aqui Tudo Bem (independente), por Rafael Corrêa; Babilônia (independente), por Jéssica Groke; Bone: O Vale ou Equinócio Invernal (Todavia), por Jeff Smith (tradução: Érico Assis); Black Dog: Os Sonhos de Paul Nash (DarkSide Books), por Dave McKean (tradução: Bruno Dorigatti); Cadafalso (Mino), por Alcimar Frazão, Lourenço Mutarelli, Dalton Cara e Magno Costa; Candyland (independente), por Olavo Rocha e Guilherme Caldas; Cara-Unicórnio – Volume 1 (independente), por Adri A.; Carne (independente), por Animma de Matos; Cinco por Infinito (Pipoca & Nanquim), por Esteban Maroto (tradução: Barbara Zocal e Daniel Lopes); Desenhados um Para o Outro (Compahia das Letras), por Aline Crumb e Robert Crumb (tradução: Érico Assis); Enxaqueca (independente), por Felipe Parucci; Estranhos no Paraíso – Volume 1 (Devir), por Terry Moore (tradução: Guilherme Miranda); Gideon Falls (Mino), por Jeff Lemire, Andrea Sorrentino e Dave Stewart (tradução: Dandara Palankof); Granizo (Ugra Press), por Felipe Portugal; Os Guardiões do Louvre (Pipoca & Nanquim), por Jiro Tanigushi (tradução: Drik Sada); Gume (independente), por Paula Puiupo; Gus #4 – Feliz Clem (SESI-SP), por Christophe Blain (tradução: Fernando Paz); Hibernáculo (independente), por Amanda Paschoal Miranda; A História de Joe Shuster: o artista por trás do Superman (Aleph), por Julian Voloj, Thomas Campi (tradução: Marcia Man); O Idiota (Companhia das Letras), por André Diniz; Inuyashiki #5-#10 (Panini), por Hiroya Oku (tradução: Lídia Ivasa); Ipsilone (Caixa Cultural), por Rafael Sica; Jeremias – Pele (Panini), por Rafael Calça e Jefferson Costa; Juras (independente), por Julia Balthazar; Laerte, tiras e cartuns (Folha de São Paulo), por Laerte; Um longo e surrado vestido de vidro/ Sem mim (independente), por Paulo Crumbim; Mar Menino (independente), por Paulo Moreira; Maré Alta (independente), por Flávia Borges; A Marcha – Livro 1: John Lewis e Martin Luther King em Uma História de Luta pela Liberdade (Nemo), por John Lewis,‎ Andrew Aydin e Nate Powell (tradução: Érico Assis); Marcha para Morte (Devir), por Shigeru Mizuki (Arnaldo Oka); Melaço (independente), por Lita Hayata, Aline Lemos, Bruna Morgan, Dani Franck, Dika Araújo, Jujuqui, Manu Negri, Talita Régis e Mtika; Messias & Messias (Piauí), por Andrício de Sousa; Meu Político de Estimação (independente), por anônimo; Mondo Sama (Noir), por Sama; Monstress – Despertar (Pixel), por Marjorie Liu e Sana Takeda (tradução: Laura Lannes); Mort Cinder (Figura), por Hector Oesterheld e Alberto Breccia (tradução: Rodrigo Rosa); A Noite dos Homens-Peixe (independente), por Juscelino Neco e Gabriel Dantas; Um Novo Corte de Peitos (independente), por Lino Arruda; Ousadas Vol. 1 – Mulheres que só Fazem o que Querem (Nemo), por Pénélope Bagieu (tradução: Fernando Scheibe); Paraíso Perdido (DarkSide Books), por Pablo Auladell; Um Pedaço de Madeira e Aço (Pipoca & Nanquim), por Chabouté; Pedro & Luiz (independente), por Marcos Batista e Rafael Coutinho; O Perfeito Estranho (Veneta), por Bernie Kringstein (tradução: Dandara Palankof); As pessoas são frágeis e ignorantes (independente), por Lovelove6; Por muito tempo tentei me convencer de que te amava (Balão Editorial), por Thiago Souto; Queda (independente), por Lalo; Rapsódia para Máquina Operatriz (Coleção Des.Gráfica/MIS), por Ian Indiano; Raul (Elefante), por Alexandre de Maio; O Relatório de Brodeck (Pipoca & Nanquim), por Manu Lacernet (tradução: Pedro Bouça); Senhor Milagre – Volume 1 (Panini), por Tom King e Mitch Gerads (tradução: Bernardo Santana); Série Postal – Ano 2 (independente), edição por Ramon Vitral; Só Ana (independente), por Renata Nolasco; Telma Proibida (independente), por Kelly Alonso Braga; Tekkon Kinkreet (Devir), por Taiyo Matsumoto (tradução: Arnaldo Oka); Tilt (independente), por Raquel Vitorelo; Transistorizada (independente), por Luiza Lemos; Ugrito #17: Óleo Sobre Tela (Ugra Press), por Aline Zouvi; Ultralafa (independente), por Daniel Lafayette; O Vazio que nos Completa (Jupati Books), por Sérgio Chaves e Allan Ledo; A Vida Não me Assusta (independente), por Juscelino Neco; Visão #1 & Visão #2 (Panini Comics), por Tom King, Gabriel Hernandez Walta, Michael Walsh e Jordie Bellaire (tradução: Paulo França, Kitsune); A Zica #5 (independente), edição por Luiz Navarro, Marcos Batista e João Perdigão.

HQ

Sábado (2/2) é dia de anúncio dos vencedores do Prêmio Grampo 2019

Ei, tenho um convite pra você! Sábado (2/2) eu estarei na loja da Ugra, aqui em São Paulo, junto com Lielson Zeni, Maria Clara Carneiro e Douglas Utescher para o anúncio dos vencedores do Prêmio Grampo 2019. A cerimônia tá marcada para começar às 16h. Abriremos o evento com algumas surpresas, faremos os anúncios dos vencedores e depois comentaremos um pouco das nossas análises em relação ao mercado brasileiro de quadrinhos em 2018.

E ó, pra quem não viu, já divulguei por aqui o nome dos 20 jurados do Grampo em 2019. Dá uma olhada aqui! Ainda sobre o evento: lembro que a Ugra fica na loja 116 do número 1371 da Rua Augusta. Você confere outras informações sobre essa festa toda lá na página do evento no Facebook. Enquanto isso, diz aí, quais são as suas apostas pra levar os Grampos de Ouro, Prata e Bronze em 2019?

HQ

– Prêmio Grampo 2019 de Grandes HQs – Os nomes dos 20 jurados da premiação

O Prêmio Grampo 2019 de Grandes HQs já tem seus vencedores. Os três primeiros colocados, assim como todas as obras listadas e os rankings dos 20 jurados serão anunciados no dia 2 de fevereiro (sábado), a partir das 16h, em cerimônia na loja da Ugra, em São Paulo – prometemos mais informações sobre o evento para breve. No post de hoje, revelamos os nomes dos jurados convidados a participar do Grampo 2019 e a nova identidade visual do prêmio, de autoria do designer Jairo Rodrigues.

O Prêmio Grampo surgiu em 2016 inspirado na saudosa votação de melhores do ano do blog Gibizada, do jornalista Télio Navega, no jornal O Globo. Assim como ele fazia, eu e os editores do Balbúrdia, Lielson Zeni e Maria Clara Carneiro, convidamos várias pessoas envolvidas de diferentes formas na cena brasileira de quadrinhos a produzirem rankings com aqueles que elas consideram os 10 melhores títulos publicados no país no ano anterior. A ideia é que esse júri passe por mudanças pontuais a cada ano. De 2018 para o de 2019, foram convidados seis jurados que participam pela primeira vez da votação.

Assim como em 2016, 2017 e 2018, para a edição de 2019 chamamos 20 pessoas entre quadrinistas, editores, pesquisadores, jornalistas e lojistas. Em seguida à cerimônia do dia 2 de fevereiro, você encontrará aqui, no Balbúrdia e no tumblr do prêmio os rankings individuais de cada um dos jurados e a lista completa com todos os títulos votados. Por enquanto, apresentamos os 20 jurados de 2019:

Aline Zouvi [quadrinista, cartunista e pesquisadora];
Carlos Neto [jornalista e youtuber do Papo Zine];
Carol Ito [quadrinista, jornalista, pesquisadora e editora do Políticas];
Cecilia Arbolave [editora, jornalista, tradutora, curadora da Miolo(s), entre outros eventos e sócia da Lote 42, Banca Tatuí e Sala Tatuí];
Dandara Palankof [tradutora, jornalista, pesquisadora e editora da Revista Plaf];
Daniel Lopes [editor, youtuber, tradutor e sócio da editora e canal Pipoca & Nanquim];
Daniela Cantuária Utescher [livreira, editora, curadora do Ugra Fest, entre outros eventos e sócia da Ugra Press];
Douglas Utescher [livreiro, editor, curador do Ugra Fest, entre outros eventos e sócio da Ugra Press];
Érico Assis [tradutor, pesquisador, jornalista e crítico].
Jéssica Groke [quadrinista];
Liber Paz [professor da UTFPR, quadrinista, youtuber, crítico, pesquisador e membro do Balbúrdia e do Kitinete HQ];
Lielson Zeni [editor, pesquisador, crítico e roteirista, membro do Balbúrdia];
Lila Cruz [quadrinista, jornalista e youtuber];
Luli Penna [quadrinista e ilustradora];
Maria Clara Carneiro [professora da UFSM, tradutora, pesquisadora, crítica e membro do Balbúrdia];
Milena Azevedo [roteirista, crítica e curadora de eventos];
Paulo Floro [jornalista e editor das revistas O Grito e Plaf];
PJ Brandão [pesquisador e produtor do HQ Sem Roteiro Podcast];
Ramon Vitral [jornalista, crítico e editor do Vitralizado];
Thiago Borges [revisor, crítico e editor do O Quadro e o Risco].