Escrevi pro UOL sobre o lançamento de Fungos no Brasil e a chegada tardia dos trabalhos do James Kochalka por aqui. Minha matéria faz um panorama da carreira do quadrinista, explica um pouco da importância dele pro mercado norte-americano de HQs e fala do legado de seus trabalhos. Volto a recomendar o texto antes da leitura da íntegra da minha entrevista com o autor, que publico a seguir. Alguns tópicos bem interessantes abordados na nossa conversa acabaram não entrando na matéria – como a relação dele com o Box Brown, um dos meus quadrinistas preferidos nos últimos tempos. Papo bem bom mesmo. Saca só:
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“Não dou conta de todas as minhas ideias. Tenho muita curiosidade artística, há muitas coisas que quero tentar”
Como surgiu a ideia de Fungos? Li uma entrevista com o Box Brown em que ele comenta que você fez algumas pesquisas de campo nos pântanos do Maine. Como foi isso?
Fiz uma pesquisa de campo em alguns lagos sazonais do Maine, formados quando a neve derrete e as folhas do outono agem como uma espécie de forro que sela o chão e impede que a água desapareça pelo solo. São ambientes que podem existir ao longo de meses e abrigar várias criaturas, como sapos e salamandras. É como uma festa gigante, bem barulhenta, mas assim que você chega perto eles ficam quietos. É muito divertido imaginar o que pode estar rolando por lá enquanto não estamos presentes. Essa foi a inspiração para a primeira história do Fungos e depois segui adiante.