Papo com Aline Lemos, a autora de Artistas Brasileiras: “Conhecer e celebrar as artistas esquecidas pela história é um dos objetivos, pois ainda temos carência de materiais e discursos nesse sentido
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As 80 páginas de Artistas Brasileiras reúnem histórias pessoais e profissionais de 30 mulheres nascidas até a década de 1930 cujas produções e biografias são ignoradas por grande parte da sociedade brasileira. Trabalho da quadrinista Aline Lemos publicado no fim de 2018 pela editora Miguilim, o livro será lançado em São Paulo em evento marcado para o próximo sábado (27/4), a partir das 16h, na loja da Ugra (Rua Augusta, 1371, loja 116). A sessão de autógrafos com a autora será precedida de um bate-papo entre ela e a jornalista Gabriela Borges, do selo Mina de HQ. Você confere outras informações sobre o lançamento na página do evento no Facebook.

“A história do feminismo e os estudos de gênero eram interesses que já me acompanhavam desde o mestrado em História e que levei pros quadrinhos desde o começo”, diz Aline Lemos em entrevista com o blog sobre o ponto de partida de Artistas Brasileiras. Autora de Lado Bê e Melindrosa, ela tem uma longa trajetória de projetos e estudos relacionados à sua formação como historiadora e aos seus estudos sobre a história do feminismo e os estudos de gênero, sendo esse álbum mais recente uma espécie de epítome de todos esses interesses e essas áreas de atuação.

A conversa a seguir é focada principalmente no desenvolvimento e na produção de Artistas Brasileiras. A quadrinista fala sobre o ponto de partida da HQ, as pesquisas feitas por ela para definir as personagens que protagonizam a obra e as fontes bibliográficas que utilizou. Ela também comenta a arte do quadrinho, ilustrado a tinta e colorido com computador – com paletas dialogando com a história de vida de cada artista retratada. A autora também trata do revisionismo histórico reacionário do governo de Jair Bolsonaro e adianta um pouco sobre seu novo trabalho – em breve em campanha de financiamento coletivo no Catarse. Papo massa, saca só:

“A questão da representatividade era um interesse de pesquisa e uma parte da minha própria trajetória”

Quadros de Artistas Brasileiras, álbum da autora Aline Lemos publicado pela editora Miguilim

Você abre o livro perguntando pro leitor quantas artistas brasileiras ele conhece. Esse questionamento também foi o ponto de partida do livro para você? Como esse projeto teve início?

Sim, esse foi o ponto de partida de uma pesquisa que era para mim mesma. Como minha formação inicial foi em História, eu demorei a me perceber como quadrinista e artista. A história do feminismo e os estudos de gênero eram interesses que já me acompanhavam desde o mestrado em História e que levei pros quadrinhos desde o começo. Sempre comento que os coletivos de autoras foram fundamentais pra que eu tivesse coragem de iniciar nessa carreira, com as ZiNas e o Lady’s Comics em Belo Horizonte, o Zine XXX e a Revista Inverna. Então, a questão da representatividade era um interesse de pesquisa e uma parte da minha própria trajetória. No começo de 2016, eu estava em Angoulême estudando quadrinhos e pude participar do FIBD, onde estava rolando uma movimentação interessante das autoras discutindo justamente essa questão. Fiz uma reportagem junto a Gabriela de Aquino para o Lady’s Comics sobre o assunto. As francesas se organizaram desde 2015 no Coletivo de Autoras Contra o Sexismo pra chamar atenção pro lugar das mulheres na indústria dos quadrinhos, discutir os problemas da forma de representação, a criação de guetos femininos e a ausência delas nos prêmios e diversos espaços. No festival, realizaram uma campanha pra denunciar o fato de que pouquíssimas mulheres haviam sido indicadas e nenhuma havia vencido o maior prêmio do festival, apesar da existência de inúmeras artistas com carreiras respeitáveis. Essa movimentação me interessou muito porque apesar do mercado de quadrinhos francês ser muito mais sólido e organizado, a situação das autoras se assemelhava a nossa no Brasil. E lá, como aqui, parte do trabalho girava em torno de desmistificar a ideia de que as mulheres não estariam presentes nesses espaços porque não existiriam em número considerável. A minha vontade de falar sobre artistas mulheres partiu dessa reflexão, que me provocava a vontade de fortalecer uma memória em torno das mulheres e suas contribuições no mundo das artes. Creio que temos uma onda de publicações com a mesma intenção que refletem esse momento em que o tema está em evidência, mas esse está longe de ser um assunto pacificado ou que alcançou lugares privilegiados de saber e conhecimento. Quando comecei o projeto, tinha o objetivo de dar uma contribuição nesse sentido, mas também era uma pesquisa pessoal, pra me instruir e responder a inquietações minhas.  Era um projeto de estudo, mesmo. Eu queria amadurecer o meu trabalho e me desafiei a fazer um projeto mais longo, mas como ainda não me sentia segura pra construir uma narrativa longa escolhi o formato seriado. A pesquisa histórica estava mais dentro da minha zona de conforto e eu já estava envolvida com o tema de uma forma pessoal. Quando voltei de Angoulême, estava deprimida e insegura com relação ao meu trabalho, que eu mal tinha acabado de começar (publico quadrinhos desde 2014). Pesquisar essas mulheres e suas trajetórias nos contextos mais adversos ajudou a me dar forças.

“No fim, eu precisei entender que não se tratava de dizer tudo, mas de ressaltar pontos que fossem interessantes como ponto de partida pra entender nossa história e a atuação das mulheres nela”

Quadros de Artistas Brasileiras, álbum da autora Aline Lemos publicado pela editora Miguilim

Também na introdução livro você explica um pouco do processo de produção dele. Eu queria saber um pouco mais sobre cada uma dessas etapas, começando pela pesquisa. Você tinha um filtro definido? Como foi a seleção dos nomes sobre os quais você queria falar?

O primeiro filtro que apliquei foi o recorte temporal, uma decisão mais ou menos arbitrária pra facilitar meu trabalho. Decidi me focar nas artistas nascidas até 1930, porque são menos conhecidas e me permitiam falar do contexto de consolidação das artes no Brasil. Outra decisão que guiou o processo foi a diversidade, eu queria falar sobre artistas de todas as regiões do país, de contextos e filiações artísticas variadas. É como eu disse na introdução, não tinha a intenção de falar de todas ou das melhores artistas brasileiras, mas de fornecer um panorama que desse conta da diversidade da nossa realidade e que pudesse inspirar outras investigações. Me guiando por esses princípios eu fui fazendo os quadrinhos aos poucos, a partir de 2016. Eu tinha uma lista inicial, mas só fechei em trinta nomes em 2017, quando a proposta do livro se tornou concreta. Pra fazer cada quadrinho, eu ficava alguns dias lendo e reunindo material sobre a artista e só depois resumia as informações que achava mais relevantes em um roteiro. Eu tentei trazer dados da biografia que permitissem ao leitor entender como a artista se localizava no seu contexto, como foi a sua formação, produção e circulação artística. Também procurei trazer as características estéticas da sua obra pra narrativa, a relação com movimentos artísticos e outros eventos importantes de seu tempo. Foi um desafio grande resumir as informações. No fim, eu precisei entender que não se tratava de dizer tudo, mas de ressaltar pontos que fossem interessantes como ponto de partida pra entender nossa história e a atuação das mulheres nela.

“Eu queria que ficassem explícitos os meus limites e as possibilidades que ainda precisamos investigar”

Quadros de Artistas Brasileiras, álbum da autora Aline Lemos publicado pela editora Miguilim

Ainda sobre a pesquisa: você fala sobre personagens muitas vezes marginalizadas pela história. Como foi a busca por fontes e bibliografia sobre essas personagens?

A minha experiência como historiadora ajudou muito nessa hora, mas talvez seja melhor dizer que foi um trabalho de divulgação científica, mais do que historiográfico. Depois de ter ficado dois anos no mestrado pesquisando o mesmo assunto, eu me sentia meio herética dedicando só uma semana a cada pesquisada. Mas como a proposta era apenas uma página sobre cada autora e não era um trabalho remunerado, o que consegui viabilizar foi o suficiente pra comparar fontes diferentes e selecionar informações. Acho que a principal diferença entre esse trabalho e o historiográfico foi que na maioria dos casos não acessei fontes primárias, quer dizer, documentos da própria época das artistas, pra gerar novas interpretações. Eu acessei principalmente artigos online e alguns portais confiáveis com pesquisas realizadas por outros historiadores. Algumas artistas mais famosas tinham mais bibliografia disponível, com livros, sites oficiais e de museus com mais material. O maior desafio foi concretizar o princípio da diversidade e encontrar informações sobre artistas fora do eixo centro-sul, negras e sem formação acadêmica. Os sites do Museu de Arte Negra e do projeto Polo Jequitinhonha da UFMG foram dois locais que me ajudaram nesse sentido. Com certeza um projeto mais aprofundado permitiria revelar mais artistas com perfis diversos. Foi esse também o motivo porque fiz a história da “Anônima”, eu queria que ficassem explícitos os meus limites e as possibilidades que ainda precisamos investigar.

“Sendo um livro com tantas personagens e abordagens, acho que a unidade ficou por conta das decisões estéticas”

Quadros de Artistas Brasileiras, álbum da autora Aline Lemos publicado pela editora Miguilim

Agora eu queria saber sobre a construção do roteiro do livro. É um álbum composto por várias histórias que se fazem muito coesas como conjunto. Como você finalizou esse roteiro? Essa unidade que eu menciono foi uma preocupação para você?

Como eu disse, no início não havia uma lista ou número definido das artistas, mas eu já pensava na possibilidade de um livro. Eu sabia que ele teria uma cara plural e isso estava de acordo com a ideia da diversidade que ele pretendia representar, mas também queria que ficasse evidente se tratar de um mesmo projeto. Todas as histórias foram construídas baseadas em pesquisas que tinham o mesmo procedimento que mencionei. Além disso, tentei fazer com que as artistas aparecessem mais ou menos o mesmo número de vezes nas tirinhas de humor que intercalam as biografias. Essas tirinhas e as ilustrações foram uma forma de tornar a leitura mais dinâmica, já que as biografias são carregadas de texto e informação e podem se tornar cansativas depois de um tempo. Também tem uma função diferente que é a de aproximar as personagens do imaginário contemporâneo, trazer uma visão mais lúdica e crítica sobre alguns aspectos das biografias. Mas sendo um livro com tantas personagens e abordagens, acho que a unidade ficou por conta das decisões estéticas.

“Uma das coisas mais importantes pra mim era não só narrar sobre cada artista, mas trazer elementos visuais do seu trabalho para o quadrinho”

Quadros de Artistas Brasileiras, álbum da autora Aline Lemos publicado pela editora Miguilim

Na introdução você também comenta como fez o desenho a tinta e coloriu no computador. Eu gosto muito das cores, das escolhas que você fez para cada história e da paleta do conjunto da obra. Como você chegou nessas cores específicas? Você tem alguma abordagem específica em relação a cores?

Eu tento ter uma abordagem intencional das cores e apliquei isso ao máximo nesse livro. As cores serviram principalmente pra dar a unidade que ele precisava. É uma paleta relativamente reduzida que fui construindo aos poucos e usei com extrema moderação. Uma das coisas mais importantes pra mim era não só narrar sobre cada artista, mas trazer elementos visuais do seu trabalho para o quadrinho. Fiz isso através de algumas variações no layout e principalmente com colagens dos seus trabalhos. Por causa disso, as biografias já traziam cores muito específicas para cada autora. Decidi acompanhar essas colagens com uma paleta reduzida de tons atenuados, pra não ofuscar a identidade de cada artista ao mesmo tempo em que dava alguma unidade com o todo do projeto. Cada artista usa uma combinação exclusiva de duas cores da paleta geral do livro. As tirinhas de humor não usam colagens, ficando diferenciadas das biografias baseadas em pesquisas, e quando reúnem mais de uma artista também combinam suas paletas. Só as ilustrações em aquarela ficaram com paletas livres.

“Os revisionismos reacionários tentam minar os conhecimentos construídos e propor visões únicas para o passado que apagam os conflitos e suas consequências”

Quadros de Artistas Brasileiras, álbum da autora Aline Lemos publicado pela editora Miguilim

No Melindrosa você construiu as páginas em diálogo com a estética art déco do período no qual a história está ambientada. Os quadros estão muito mais soltos, por exemplo, quando comparado com o seu trabalho no Artistas Brasileiras. Por que essa opção por uma narrativa mais linear nesse livro novo?

Também foi uma escolha pela unidade do projeto. Usei um layout padrão de três linhas (bandas) para todas as biografias, porque achei que viabilizava o uso abundante do texto que seria necessário e daria um mesmo ritmo para as páginas bastante diversas. Por outro lado, procurei romper pontualmente com esse padrão pra evitar a monotonia. Da mesma forma que com as colagens, procurei explorar a visualidade de cada artista de forma diferente em cada quadrinho. Acabou sendo um estudo interessante pra mim. Também fui mais livre nas tirinhas de humor pra diferenciar das biografias.

Eu gosto muito que você abre o livro com a história da Abigail de Andrade e da Angelina Agostini. Eu não sabia dessa história e acredito que muitos estudiosos e leitores de quadrinhos brasileiros também desconhecem essa passagem da vida do Ângelo Agostini, tido como o precursor dos quadrinhos brasileiros. Por que abrir com essa história?

Pra ser sincera, as histórias estão organizadas por ordem cronológica de nascimento das artistas. Eu não pretendia que ela fosse a primeira e não foi a primeira página que fiz, mas foi uma sorte oportuna. O caso delas é emblemático do que fica e do que é apagado na história, e permite que a gente reflita sobre o diferente peso que recai sobre homens e mulheres na sociedade. Abigail viveu as consequências do seu delito, o de ter uma filha em um relacionamento extra-conjugal, até sua morte prematura em exílio, enquanto Ângelo Agostini pôde decidir não criar a criança e retomar sua carreira de sucesso no Brasil. Enquanto as responsabilidades domésticas e a liberdade dos corpos não forem repartidas de modo igualitário na sociedade, essa continuará sendo uma questão do presente. Eu queria que o livro pudesse abrir discussões como essa, um objetivo que vai além da representatividade. Conhecer e celebrar as artistas esquecidas pela história é sim um dos objetivos, pois ainda temos carência de materiais e discursos nesse sentido. Mas também há outro, que é questionar os motivos pelos quais esse esquecimento foi e é produzido. Caso contrário, corremos o risco de eleger artistas mulheres proeminentes para celebrar e manter a mesma estrutura de exclusão que há séculos empobrece nossa história. Nesse sentido, a crítica feminista tem uma contribuição muito grande a dar em diversos campos do conhecimento. Um artigo que já gerou muitos debates e que creio que vale muito a pena ler é o da Linda Nochlin, “Por que não houve grandes mulheres artistas?”.

Você é historiadora e nós vivemos tempos estranhíssimos de revisionismos históricos. Qual a importância de conhecermos o nosso passado e de projetos como o Artistas Brasileiras? Como o conhecimento do nosso passado pode contribuir para o nosso presente e o nosso futuro?

É importante que o conhecimento histórico se torne mais acessível ao público fora da academia. Esse não é um problema só da História, é um problema da pouca democratização do conhecimento e da educação como um todo. Uma situação que não é fruto do acaso, mas de interesses políticos em ação há séculos. Conhecer nosso passado permite identificar essas forças, entender como elas atuam no presente e desenhar alternativas. A História mostra que não há um só caminho definido para os acontecimentos, mas que nosso futuro depende de disputas que estão em aberto no presente. História não é uma narrativa única, é debate, crítica e reflexão. Os revisionismos reacionários tentam minar os conhecimentos construídos e propor visões únicas para o passado que apagam os conflitos e suas consequências. Apesar de falar sobre o passado, eles são projetos para o presente: não querem crítica sobre o passado e não querem crítica para o agora. A única forma que vejo de combatê-los é encampar o espaço público de debate onde quer que ele esteja, levar o conhecimento histórico para a cultura pop, para as escolas, para a mídia. Foi por essa vontade que decidi fazer quadrinhos e eu gostaria que o Artistas Brasileiras contribuísse para isso de alguma forma. Busquei as histórias de mulheres que vieram antes de mim pra entender como as formas de exclusão funcionaram no passado e se desdobraram em consequências no presente, e constatei que houve criatividade e reação em contextos muito mais desfavoráveis que os nossos. O conhecimento do passado também dá força para os desafios do presente.

“A política do presidente se propõe como nova, mas na verdade se trata do que há de mais antigo na política, que beneficia o status quo e que foi eleito porque reverbera no senso comum”

Quadros de Artistas Brasileiras, álbum da autora Aline Lemos publicado pela editora Miguilim

Desde 1º de janeiro de 2019 o Brasil é governado por um presidente de extrema-direita que acabou com o Ministério da Cultura e promete cortes em políticas públicas e sociais de fomento às artes. Como você acredita que essa realidade pode afetar/está afetando a nossa sociedade?  

Acredito que os impactos negativos dessa gestão ainda serão sentidos por muito tempo. É uma política de retrocessos, que está minando direitos que considerávamos adquiridos, que certamente precisaremos de um bom tempo para recuperar. No discurso do governo a cultura é considerada não apenas supérflua, como não é raro em contextos de crise, mas também perigosa, o que é ainda mais grave. Em um certo sentido ela é mesmo, porque é na cultura que se desenvolvem o pensamento crítico e os projetos alternativos de sociedade. São coisas que ameaçam um governo autoritário e com um projeto pífio para o país. Um projeto de crescimento real não se sentiria ameaçado pela crítica e pluralidade de visões, se fortaleceria com elas. Entenderia que fomentar a cultura é gerar conhecimento e movimentar a economia de um país. Esse governo sente a necessidade de suprimi-la, assim como a liberdade de expressão, como forma de controlar as narrativas quando seu projeto falhar em entregar uma sociedade mais próspera. Mas não pretende falhar em seu objetivo de lucrar com a crise e manter as estruturas de poder em benefício de poucos. O outro lado que vejo é que, enquanto a extrema-direita aproveita a crise dessa forma, outras movimentações também acontecem em defesa da cultura e dos direitos sociais. Nós também podemos aproveitar a crise como um momento de mudança. Espero que essas derrotas possam unir forças e resultar em soluções novas para a sociedade, coisas que são há muito necessárias. Por mais trágico que seja o momento, com a violência e desigualdades acirradas e a hostilidade e incompetência do poder público, esses são problemas que sempre estiveram presentes. A política do presidente se propõe como nova, mas na verdade se trata do que há de mais antigo na política, que beneficia o status quo e que foi eleito porque reverbera no senso comum. Já era hora de encarar essa política de frente.

Quadros de Artistas Brasileiras, álbum da autora Aline Lemos publicado pela editora Miguilim

Você poderia recomendar algo que esteja lendo, ouvindo ou assistindo no momento?

Estou lendo Mulheres, Raça e Classe, da Angela Davis e ouvindo “Ladrão”, o álbum novo do Djonga.

Você está trabalhando em algum projeto novo no momento? 

Sim, finalmente criei coragem pra desenhar minha primeira história mais longa! Vai se chamar Fogo Fato e terá por volta de 70 páginas. É uma mistura de ficção científica e fantasia urbana e fala sobre exclusão, identidade e mobilidade na cidade. Já postei alguns estudos das personagens no instagram, mas ainda estou na metade da história e produzindo devagar. Pretendo lançar uma campanha de financiamento coletivo no começo do segundo semestre.

A capa de Artistas Brasileiras, álbum da autora Aline Lemos publicado pela editora Miguilim
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Ramon Vitral

Meu nome é Ramon Vitral, sou jornalista e nasci em Juiz de Fora (MG). Edito o Vitralizado desde 2012 e sou autor do livro Vitralizado - HQs e o Mundo, publicado pela editora MMarte.

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