O personagem Miracleman passou anos preso a uma briga judicial complicada pra caramba envolvendo um monte de gente poderosa dos quadrinhos. O pau comeu mesmo no começo dos anos 2000, com a Marvel e o Neil Gaiman brigando com o Todd McFarlane da Image em relação à posse dos direitos do personagem. A Marvel e o Gaiman venceram e recentemente eles começaram a republicar as histórias clássicas que o Alan Moore escreveu pro personagem. Dei uma resumida imensa na história, dá uma olhada aqui se quiser entender melhor.
Daí que todo mundo sabe que o Moore sente um asco imenso pelas editoras norte-americanas. Ele proibiu a presença de seu nome nos créditos da revista e nas novas edições só consta o nome do Garry Leach, o desenhista. Ao lado, no lugar do nome do autor da história, tá The Original Writer. Nem é a primeira vez que o Alan Moore faz isso. O nome dele também ficou fora das versões pra cinema de V de Vingança e Watchmen, por opção do próprio escritor.
Beleza que volta e meia o Moore pode ser ranzinza pra caramba, mas ele fez muito bem. Mais cedo o Lielson me mandou um link mostrando um quadro da nova edição americana e olha aí a diferença. A moça que tava pelada na versão original ganhou uma calcinha. Purista pra caramba essa Marvel hein?
O que será que eles irão fazer com a edição em que o Miracleman realiza o parto da própria filha e em que é mostrado com detalhes. No mínimo usarão uma tarja preta.
pois é! e aí?
O problema é só na versão digital, por causa das frescuras da Apple Story e da ComiXology.
sim, afinal se mostrar bundinha não pode, o que dizer de vaginas em trabalho de parto? afinal, ninguém pode nem saber ou comunicar por aí que nascemos através de vaginas, né? Marvel protegendo nossas crianças de quem mesmo?