O 3D virou padrão no cinema norte-americano pós-Avatar. Vários lançamentos fizeram uso do formato apenas como artifício para atrair público, sem fazer uso da técnica em função da trama. Wim Wenders e Werner Herzog já haviam mostrado, em Pina e A Caverna dos Sonhos, como a terceira dimensão poderia render espetáculos visuais quando utilizada em prol da narrativa.
Mas os cinemas brasileiros receberam em 2012 três blockbusters dirigidos por três grandes cineastas que expandiram a noção de como o 3D pode ser incorporado à experiência sem sobrepor o texto original dos filmes. A Invenção de Hugo Cabret, As Aventuras de Tintim e o primeiro Hobbit apresentam possibilidades imersivas essenciais para uma indústria em busca de público. Espero, em 2013, um filme que una os 48 quadros por segundo do filme de Jackson com a profundidade das imagens de Hugo Cabret e os movimentos de câmera de Tintim.