Em 2013 entrevistei o jornalista Matt Zoller Seitz, autor do livro The Wes Anderson Collection e editor do site do Roger Ebert. Perguntei como ele achava que os filmes do Wes Anderson seriam lembrados daqui 50 anos. O raciocínio completo dele tá aqui, mas a resposta terminava assim: “Eu odiaria pensar nele como um daqueles diretores que apenas aos 99 anos ganha um Oscar honorário já numa cama de hospital e com um respirador”. Depois de Birdman deixar Boyhood e O Grande Budapest Hotel pra trás no Oscar, acho que aumenta bastante a tendência de isso acontecer, não só com o Wes Anderson, mas também com o Richard Linklater. Os dois filmes não ficariam melhores por causa de um Oscar, mas acredito que seria um reconhecimento mais que merecido pelas singularidades dos trabalhos de ambos. De qualquer forma, como bem diz esse texto aqui que o André me mostrou, daqui uns anos, ninguém vai lembrar do Oscar de 2015, mas todo mundo vai se lembrar de Boyhood – e também de Budapeste, acho. Pensei nisso tudo enquanto via essa homenagem em vídeo aos filmes de Richard Linklater. Ele é outro que também considero mó privilégio poder acompanhar ao vivo o crescimento de sua filmografia. Ó: