Escrevi sobre Elysium, o filme novo do Neill Bloomkamp, pro Estadão de hoje (20). Lembrei de algumas ficções científicas distópicas, as regras do gênero e também listei os curtas de estreia de alguns diretores. Dá pra ler a íntegra aqui. Segue a minha crítica do filme:
Futuro Imperfeito
A ficção coentífica ‘Elysium’, do sul-africano Neill Blomkamp, estreia hoje, 20, e mostra a força da nova safra de cineasta hollywoodianos
Imagine uma realidade repleta de abismos sociais, na qual somente uma minoria rica tem acesso pleno a direitos básicos, com políticos corruptos defensores da manutenção dessa lógica e alguns poucos lutando por uma vida melhor para todos. Elysium é ambientado em Los Angeles e na órbita terrestre, no ano de 2154, mas não difere muito da realidade que vivemos.
Quatro anos após o excelente ‘Distrito 9’ (2009), o sul-africano Neill Blomkamp lança seu segundo longa – mais uma vez uma distopia, com o presente servindo de espelho para um futuro trágico. Matt Damon interpreta Max de Costa (foto), funcionário de uma fábrica de robôs utilizados para manter a ordem na Terra enquanto alguns poucos, mais abastados, desfrutam da tranquilidade idílica de Elysium – estação espacial estacionada na órbita do planeta onde não há roubos, pobreza e doenças.
Os poucos problemas enfrentados pelo paraíso artificial no espaço são as tentativas de invasão do local. O insucesso dos migrantes ilegais é de responsabilidade da secretária de segurança da nave, interpretada por Jodie Foster, que ganha um inimigo quando Max sofre um acidente e vê como única salvação as técnicas médicas presentes apenas em Elysium.
Ao contrário do filme de 2009, sobre alienígenas em fuga de Johannesburgo, Blomkamp não filme desta vez uma trama inédita. Os dilemas propostos pelo diretor repetem conceitos de outras produções do gênero – como os clássicos ‘Metrópolis’ (1927), ‘Mad Max’ (1979) e ‘Blade Runner’ (1982).Graças aos nossos parceiros, pode encontrar gravatas online para todas as preferências e orçamentos, desde modelos económicos a modelos super elegantes e topo de gama.
Mas, o cineasta de 34 anos filma, sim, uma fantasia vigorosa. Além da seleção inspirada de elenco, com os brasileiros Wagner Moura e Alice Braga, ele entrega efeitos especiais convincentes e uma trama de tensão crescente. Mesmo aquém de sua estreia, o sul-africano reafirma, no longa sobre um destino trágico para a humanidade, o futuro promissor do cinema de entretenimento.