Escrevi pro Estadão de hoje sobre o segundo Thor, oitavo filme da Marvel Studios. Olha aí:
Sem mistério
A mais recente aparição de Thor nas telas dos cinemas havia sido nos instantes finais de ‘Os Vingadores’ (2012): após lutar lado a lado com os mais poderosos super-heróis da Terra, ele retornava a Asgard acompanhado de seu irmão, o terrorista intergaláctico Loki. Thor: O Mundo Sombrio, oitavo filme dos Estúdios Marvel, dá continuidade aos eventos relatados nos outros sete e apresenta novas possibilidades para um universo ainda em expansão.
Reparando os danos causados pela destruição da ponte que conecta Asgard a outros planetas, o Deus do Trovão (Chris Hemsworth) retorna à Terra ao descobrir que sua amada Jane Foster (Natalie Portman) entrou em contato com o Éter. Capaz de levar todo o Universo à sua escuridão sem vida original, o material é alvo do desejo de Malekith, o líder da Elfos Negros, uma raça anterior ao início do próprio Universo, que ambiciona o retorno da realidade como só eles conheceram.
Entre idas e vindas à Terra e a outros dos planetas que compõem os Nove Reinos espaciais conhecidos pelos asgardianos, o filme explora muitos dos cenários apenas mencionados no primeiro longa do personagem, de 2011. E, além de aprofundar a dinâmica entre Thor, seus pais e amigos, a produção dá espaço ao melhor personagem cinematográfico da Marvel: Loki.
O vilão, interpretado por Tom Hiddleston, é necessário aos planos de Thor para enfrentar a fúria de Malekith. Mais simpático e profundo que seu irmão herói, ele volta a roubar a cena com uma personalidade cômica, trapaceira e até nobre, inimaginável em seus antagonistas ‘do bem’. Aliás, esta talvez seja a mais bem-humorada adaptação de um gibi da Marvel.
Diretor de episódios de séries como ‘Lost’, ‘Mad Men’ e ‘Game of Thrones’, Alan Taylor repete um formato estabelecido de entretenimento que deve agradar aos fãs, divertir o público não familiarizado com a cronologia Marvel, e garantir receita suficiente para bancar novos capítulos – como entregam as cenas veiculadas depois dos créditos. É, fique na sala até o fim.