O Lielson Zeni e o Alexandre S. Lourenço marcaram um evento de lançamento de Damasco (Brasa) para a próxima quinta-feira, dia 22 de fevereiro, a partir das 19h, na Itiban Comic Shop, em Curitiba (Av. Silva Jardim, 845). Primeiro rola um papo, mediado pelo Liber Paz, seguido por sessão de autógrafos. Recomendo um monte a ida. Damasco é dos meus gibis preferidos do ano passado. Entrevistei os autores aqui para o blog e escrevi sobre a HQ para a Folha.
E ó, tem um brinde para quem for nessa festa na Itiban: o zine MAS. A publicação reúne uma série de artes e resenhas de versões de Damasco que não existem. Os desenhos são de Luiza Nasser, Brasiliano e Alexandre S. Lourenço. Eu participei com um texto (assinando como o crítico Raymond A. Stainedglass), na companhia de Érico Assis, Liber Paz, Luísa Monteiro, Milena Azevedo, Maria Clara Carneiro, Rodrigo Scama e do próprio Lielson.
A capa de MAS é da Maria Clara Carneiro (a partir da capa original de Damasco, por Victor Marcello e Alexandre Lourenço), a organização do Lielson e diagramação do Lobo (editor da Brasa). Compartilho aqui um trecho da minha colaboração, procê sacar a vibe da brincadeira:
“Grandes Clássicos Inacabados das Narrativas Gráficas Mundiais #73: A Queda de Damasco”
por Raymond A. Stainedglass
Quando fui convidado pelos estimados editores da Graphic Enlightened Monthly para assinar a coluna Grandes Clássicos Inacabados das Narrativas Gráficas Mundiais, nos idos de 1991, o mistério em torno do final abrupto de Damasco foi o primeiro caso que me veio à mente. Posterguei a escrita do texto que você agora lê na esperança de ver o título finalmente finalizado, mas relatos fatídicos recém-chegados do Nepal em torno da jornada de iluminação espiritual do roteirista Lee Elson Zeni me levam a crer que a obra jamais chegará ao fim.
Ao longo dos últimos anos troquei algumas missivas com o narrador gráfico Alexander S. Lawrence sobre técnicas e inspirações acerca de suas práticas artísticas, mas seu silêncio foi enfático aos meus questionamentos tratando de sua parceria com Zeni e o desenrolar de Damasco. Recluso, ele se afastou das graphic novels após seus entreveros jurídicos com os publishers da Marvel Comics em torno do uso não autorizado da trademark Spider-Man®. Hoje ele trabalha com ilustrações editoriais e ocupa seus momentos de lazer em treinos de boxe.
O resto você lê no zine MAS. Saca só a capa do zine: