Talco de Vidro é mais uma obra sem erros do Marcello Quintanilha. Talvez seja o grande quadrinho de 2015. Não há um enquadramento que não seja original, uma vírgula fora do lugar e um traço que não tenha razão de ser. A perfeição do gibi chega a me incomodar. Já cogitei a possibilidade da obra ser fria em alguns aspectos, mas não, tudo faz parte da experiência de presenciar a desconstrução de um ser humano por causa de uma inveja intensa a partir de um narrador incoerente e pouco confiável que torna toda a leitura ainda mais incômoda. Leia, cara. Tem erro não. Gibi do ano? Acho que sim.