Foi impressionante a quantidade de projetos de quadrinistas experientes e consagrados buscando financiamento coletivo no Catarse em 2017. Em determinado momento do segundo semestre do ano estavam em campanha para bancar seus projetos autores como Davi Calil, Júlia Bax, Luciano Salles, Lélis e Bianca Pinheiro. Tenho visto um interesse cada vez maior por parte dos autores pelo controle completo de toda cadeia produtiva de seus trabalhos, da produção à distribuição. Ao mesmo tempo, fico com a impressão que a proximidade entre Amazon e editoras nacionais tem relegado títulos nacionais a segundo plano e ampliado o investimento em títulos estrangeiros – mais práticos de serem editados e possivelmente mais atraentes para o grande público. Enfim, fico curioso para saber se essa leva de autores consagrados e mais experientes em busca de independência é uma tendência ou uma fase de exceção…