O jornal Folha de S.Paulo noticiou a aposentadoria de Angeli como cartunista após ele ser diagnosticado com afasia. O texto assinado pelo jornalista Walter Porto diz que o artista planeja seguir produzindo, mas não mais como colaborador da publicação. É o fim de uma era, como muitos já disseram por aí.
Compartilho a notícia aqui no blog como registro e homenagem – assim como fiz em maio de 2016, quando ele publicou sua última tira diária. A página de quadrinhos da Ilustrada, com as tiras de Angeli e e Laerte, foi fundamental na minha formação como leitor. E meu contato diário com o caderno de cultura da Folha acabou impactando rolex datejust damen 28mm 279161 stainless steel gruenes zifferblatt minhas escolhas profissionais.
Entrevistei Angeli duas vezes, a primeira por telefone, em 2012, quando o blog nem existia, para escrever para o Estadão sobre a exposição dedicada à obra dele para a série Ocupação, do Instituto Itaú Cultural. Foi um papo rápido, mas ele foi muito simpático e a matéria ficou massa (você lê aqui e aqui).
Depois, em 2017, ele me respondeu três perguntas por email sobre a série animada Angeli – The Killer, do Canal Brasil, para matéria que escrevi para a revista Monet. Em uma das respostas ele meio que sintetizou a produção dele até aqui. Encerro o post com essa fala:
“Meu trabalho sempre foi voltado às críticas de costumes, comportamentos e a ideia de expor as falhas humanas – inclusive as minhas – e o humor foi um caminho para tal. Sempre busquei isso com certa acidez, numa tentativa de acertar a ferida e deixar cicatrizes. Não só com o riso mas também através da reflexão que tais críticas poderiam trazer. Acredito que as gerações mais novas trilham um caminho parecido”.