Já comentei por aqui como achei Era de Ultron todo errado e Demolidor superestimado pra caramba. Não mencionei o filme do Homem-Formiga pois não acho digno de nota. E putz, como Jessica Jones é arrastaaaaaaado. Não consigo terminar a série. Ok, o projeto do Universo Cinematrográfico Marvel sempre foi muito mais interessante que os filmes em si. Os longas sempre foram meio capengas, mas era legal acompanhar a construção desse universo maior. Daí em 2015 erram a mão feio. os filmes foram ruins e as séries não chegam nem perto de ser tudo isso que falam por aí. Corre atrás dos encadernados do Bendis pro Demolidor e das 28 edições de Alias e se dê por satisfeito.
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Um teaser de A Queda de Murdock
Compartilho a imagem aqui em cima pois nunca tinha visto antes – e não dá pra deixar passar uma arte do David Mazzucchelli. Vi lá no The Marvel Age of Comics: foi publicada no início de 1986 para divulgar o início da saga definitiva do Demolidor. Aliás, isso me faz lembrar que não comentei algumas notícias e estreias da Marvel. Sei lá, cara. Até hoje ainda não entendo o furor todo com a série do Demolidor. Já Era de Ultron e Homem-Formiga foram duas bolas foras seguidas do estúdio. Faz assim, releia o seu Queda de Murdock e alguns outros clássicos da editora e depois volte aqui pra conversarmos sobre histórias de super-heróis, ok? Isso pra não falar naquele carnaval que a Warner tá fazendo com a DC, né? Mas esse universo bizarro do Zack Snyder é tão ridículo que vou tentar nem me dar mais ao trabalho de avacalhar por aqui…
O potencial não aproveitado da série do Demolidor no Netflix
Minhas opiniões em relação à série do Demolidor pro Netflix ainda não estão inteiramente formatadas. O herói é meu personagem preferido da Marvel: ele tem a cronologia mais consistente, os melhores coadjuvantes, algumas das melhores histórias da editora e a personalidade mais elaborada. Os alter-egos de Homem de Ferro, Thor e Capitão América são extremamente rasos quando comparados com a bagagem de Matt Murdock. Isso tudo tornou imensa minha expectativa em relação a esses 13 episódios da série. De supetão, no calor do momento, logo após ter acabado de assistir a primeira temporada, não tenho dúvida: é um programa ótimo, mas a história não estaria na minha lista de melhores protagonizadas pelo vigilante da Cozinha do Inferno.
Demolidor X Elektra, por Frank Quitely
Só porque é o meu personagem preferido da Marvel, desenhado por um dos artistas que mais gosto, a menos de um mês da estreia de série do Demolidor no Netflix. A arte não é nova, mas é linda. Aliás, já teremos pontas e referências à Elektra nessa primeira temporada? O Mercenário acho que fica pra uma próxima, mas sendo uma história de origem inspirada nos trabalhos do Frank Miller com o herói, pode ser que tenhamos pelo menos alguma menção à família Natchios. O que você acha?
Como A Queda de Murdock explica a relação entre o Universo Marvel no cinema e no Netflix
Dia 10 de abril estreia a série do Demolidor no Netflix. Tenho altas expectativas em relação a essas produções ampliando o universo cinematográfico da Marvel. Outro dia até falei por aqui do potencial desses seriados serem ainda melhores que os próprios filmes do estúdio. Uma das coisas que me faz acreditar nisso está ligada à própria dinâmica de uma série de TV. Claro, o que a Marvel está fazendo com seus filmes é tornar seus produtos para o cinema mais semelhantes a um seriado: cada longa é um episódio e cada uma das Fases que reúnem as produções é uma temporada. Também é possível fazer uma relação com revistas de histórias em quadrinhos: cada filme/episódio é uma edição, cada fase/temporada é um arco de histórias. Tendo cada uma das cinco produções do Netflix entre oito e treze episódios, cada arco poderá ser muito mais aprofundado que as obras para o cinema, óbvio.
Apesar de Agents of S.H.I.E.L.D. ter encontrado seu rumo, ainda acho a série meio deslocada na cronologia do Universo Marvel. Tenho curiosidade em relação a como os fatos ligados ao enredo dos Inumanos serão inserido no filme do grupo, com lançamento em 2019. Acredito que os filmes continuarão determinando os rumos das séries. Sempre de cima pra baixo, do maior pro menor, e tudo relacionado a Inumanos será explicado no filme, como se Agents of S.H.I.E.L.D. jamais houvesse existido. A mesma regra valerá para as séries do Netflix. Talvez, em pelo menos uma das duas partes de Vingadores: Guerra Infinita, a galera toda dê as caras pro pau contra o Thanos. Será uma oportunidade única de juntar todo mundo num mesmo campo de batalho e mostrar o quão fodão é o inimigo da vez. Fala sério: quando você era pequeno e tinha seus bonequinhos, não deixava pro final da história uma luta épica envolvendo todo mundo? Pois é, esses são os bonequinhos do Kevin Feige e ele sabe que será a hora de reunir a tropa toda.
Pensando nessa relação entre filmes e séries da Marvel lembrei de algumas cenas que retratam perfeitamente a relação entre os personagens desses dois contextos diferentes. Tá tudo em A Queda de Murdock, talvez a melhor história do Demolidor. Frank Miller estava no seu auge e David Mazzucchelli ainda era um artista de revistas de super-heróis. O vilão Bazuca está destruindo a Cozinha do Inferno, quebrando tudo enquanto enfrenta o Demolidor. O estrago é tão grande que os três principais Vingadores precisam dar as caras. Capitão América, Thor e Homem de Ferro chegam ao mesmo tempo pra controlar a situação. A cena é narrada do ponto de vista de Ben Urich, amigo do Demolidor. Ele deixa claro o desnível entre a simbologia dos quatro heróis ali presentes: o alter-ego de Matt Murdock é o cara que toma conta da Cozinha do Inferno e os três protegem o planeta. O mesmo conceito volta a a ser explorado mais pra frente na mesma obra, quando o Demolidor percebe a presença do Capitão América por perto e narra como seus sentidos estão detectando a presença de uma criatura superior.
Por mais épicos que sejam os eventos narrados nos programas do Netflix, eles devem seguir essa mesma lógica. O que acontece na série, fica por lá, e isso é conveniente para engrandecer ainda mais os principais produtos da Marvel hoje em dia, os filmes e os personagens que compõem os Vingadores.
Lembro de uma entrevista de Jeph Loeb quando as produções do Netflix foram anunciadas. Quadrinista de altos e baixos, ele ficou responsável por produzir os trabalhos da Marvel para televisão. Ele disse o que passou na sua cabeça quando viu no cinema o exército alienígena comandado por Loki surgir no céu acima da Torre Stark no primeiro Vingadores. “No Universo Marvel de verdade, dez quarteirões dali há um lugar chamado Cozinha do Inferno, habitado por Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro. Esses caras não estarão envolvidos em um incidente bélico intergalático”. Papum. A fala casa perfeitamente com os significados presentes nesses encontros de A Queda de Murdock. Dê um jeito de ler (ou reler) esse gibi até 10 de abril.
Minha cronologia para o Demolidor e o trailer da série do herói para o Netflix
Acho que já comentei por aqui que o personagem da Marvel com as minhas histórias preferidas é o Demolidor. Também sei que já disse sobre a minha relação com cronologias de hqs: cabe ao leitor fazer uma seleção própria dos enredos que compõem a história de cada personagem. Tô longe de ter lido tudo lançado até hoje que seja protagonizado ou tenha participação do Demolidor, mas poucos heróis tem uma cronologia composta por histórias tão canônicas quanto o alter-ego do advogado Matt Murdock.
O conceito criado por Stan Lee e Bill Everett pro herói é ponto de partida pra versão definitiva da origem do personagem, O Homem Sem Medo, escrita por Frank Miller e com desenhos do John Romita Jr. Depois vou pras mais de 30 edições da série do personagem nos anos 80 comandadas por Frank Miller, quando foi concebida a versão que conhecemos do herói. Pulo pra uma das sagas mais dramáticas publicadas pela Marvel, A Queda de Murdock, também com texto de Miller e com a arte do David Mazzucchelli. Putz, que quadrinho. Nos final dos anos 90 tem um arco menor, mas essencial pra essa narrativa, assinado por Kevin Smith e com desenhos do Joe Quesada. Aí vou pra 2001, quando começa o arco de 55 números da revista do Demolidor com roteiro do Brian Bendis e ilustrações do Alex Maleev.
Tenho certeza que vou voltar a reler Demolidor um dia, mas a história do personagem poderia muito bem terminar exatamente no último quadro concebido por Bendis e Maleev. Claro, nem citei as histórias solo protagonizadas pela Elektra com texto do Frank Miller e mais um ou outro bom especial do herói. O negócio é que esses materiais que mencionei são obviamente a fonte de inspiração pros 13 primeiros episódios da série do personagem pro Netflix. Copiado e colado, dá pra ver pelo trailer. Sério: a gente tá distraído pela barulheira toda feita por essa galera dos Vingadores, mas acho que a obra-prima da Marvel fora dos quadrinhos pode muito bem ser essa leva de séries produzidas pelo Netflix.