Estive acompanhado dos quadrinistas Wagner Willian e Pedro Cobiaco na segunda aula do curso Os Ciclos Produtivos das HQs Brasileiras. O encontro rolou sábado na Ugra e, assim como o primeiro, rendeu bem mais do que eu havia previsto. Enquanto a aula inaugural do curso foi focado no cenário atual dos quadrinhos brasileiros e um pouco do contexto em que essa cena está inserida, a reunião mais recente abordou o papel do quadrinista e expôs um pouco das experiências individuais dos dois convidados.
Eu havia chamado o Pedro e o Wagner para participarem do curso não só por ambos serem autores de dois dos quadrinhos brasileiros mais importante lançados nos últimos meses, mas também pelas vivências distintas de ambos no mercado editorial. Enquanto o grandioso Bulldogma foi produzido de forma metódica pelo Wagner ao longo dos últimos dois anos, o Pedro ressaltou os oito meses de testes e tensões que ele viveu enquanto criava o épico Aventuras na Ilha do Tesouro.
O bate-papo foi um pouco além das duas horas combinadas e contou com questionamentos muito bem colocados de alguns dos inscritos no curso. No final das contas, falamos sobre política, edição, a relação entre autores e lojistas, marketing pessoal, a linguagem das HQs e diferentes técnicas de criação. O Massao voltou a resumir o encontro em duas páginas de facilitação gráfica criadas em seu caderno enquanto ele observava a conversa, dá uma sacada:
Semana que vem o encontro deve ter uma dinâmica um pouco diferente, com mais cara de debate. Estarei por lá pra mediar uma conversa entre três grandes editores brasileiro: Janaína de Luna (Mino), Zé Rodolfo (Gato Preto) e a Luciana Foraciepe (Maria Nanquim). Aí nos dias seguintes ao encontro eu volto aqui com um resumo do que rolou. Certeza de papo bom.