Assim, cá entre nós, confesso uma certa preguiça com algumas críticas do Chris Ware em relação a tecnologia. A capa mais recente dele para a New Yorker não tem nada de muito original, beira ao raso mostrar como celulares e redes sociais estão arruinando as relações humanas. Mas, óbvio, é o Chris Ware, autor de Building Stories, não dá para ficar apenas nessa camada mais explícita.
Quem conhece o trabalho do Chris Ware sabe que sua obra é uma grande reflexão sobre memória – e também sobre a relação entre quadrinhos e memória. Lá na entrevista para a New Yorker sobre Harvest, título da ilustração, ele fala um pouco sobre isso. E também sobre o diálogo entre essa arte mais recente com uma capa ilustrada para a mesma revista em 2006. Cê lembra, né? Saca só:
Enfim, tá aí o registro, como costumo fazer com tudo que me aparece relacionado ao Chris Ware.
E deixo mais uma vez os links para a minha entrevista mais recente com o Chris Ware, feita na época do lançamento de Rusty Brow (papo que também virou matéria para o jornal Folha de S.Paulo) e para o vasto arquivo do Vitralizado dedicado à obra do autor. Lembrando que a entrevista sobre Rusty Brown e a minha reportagem para a Folha também estão no meu livro, Vitralizado – HQs e O Mundo.