A Itiban Comic Shop completa 30 anos de existência no próximo sábado, dia 12 de outubro de 2019. O aniversário da uma dos espaços mais tradicionais dos quadrinhos nacionais já foi celebrado com um cartaz assinado pelo quadrinista Marcello Quintanilha, mas também será comemorado na própria loja, sábado (12/10), a partir das 11h, com produtos em desconto; shows das bandas Paraguaya e Giovanni Caruso, Rabo de Galo e Ska The Man; presença dos artistas do coletivo Cidade Fria; bebidas, quitutes e bolo. Você confere a programação completa da festa na página do evento no Facebook.
(crédito da foto acima, mostrando a atual fachada da Itiban: JC Branco)
A Itiban Comic Shop foi fundada em 1989 pelo casal Mitie Taketani e Xico Utrabo. Ao longo de seus 30 anos com a livraria, o casal acompanhou as diversas transformações pelas quais o mercado editorial e a cena brasileira de quadrinhos passaram durante o período – do auge da Devir como importadora de quadrinhos à chegada da Amazon ao Brasil.
Nesse meio tempo, a Itiban hospedou eventos com alguns dos principais nomes dos quadrinhos brasileiros e abrigou lançamentos de obras hoje consideradas canônicas para as HQs nacionais. Lourenço Mutarelli, Bianca Pinheiro, Laerte, Rafael Coutinho, Fábio Moon, Gabriel Bá, Marcello Quintanilha e Panhoca são alguns dos nomes estampados nos vários cartazes de eventos realizados no local.
Bati um papo com Mitie Taketani sobre os 30 anos da loja administrada por ela, o marido e a filha Tami Taketani. Ela lembrou das origens da Itiban e dos primeiros anos de funcionamento da livraria, fez um balanço do mercado editorial ao longo dos últimos 30 anos, listou alguns dos principais eventos organizados em sua loja, fez críticas ao “modelo Amazon” e deu pistas sobre o futuro da Itiban. Papo massa, saca só:
“Era um trabalho de abrir os horizontes…”
Eu queria começar falando um pouco sobre a origem da Itiban. Como a loja surgiu? De quem foi a ideia de abrir a Itiban? O que significa Itiban?
Eu e o Xico Utrabo, meu marido e sócio da loja, nos conhecemos em São Paulo. Eu nasci em São Paulo e ele é de Curitiba. Depois de estudar música na Argentina, no Uruguai e na Espanha, o Xico ficou um tempo na capital paulista em busca de uma gravadora para lançar a banda Máquina Zero. Tocou em várias “casas noturnas” e em algum momento nos encontramos no Madame Satã: rolou aquela empatia por causa da música, do movimento underground e do punk e, sim, nós já curtíamos quadrinhos.
Ele teve uma escola forte morando na Argentina e na Espanha e já trazia na bagagem coleções da El Vibora, Cimoc, Metal Hurlant, Fierro… E eu era leitora da Espada Selvagem de Conan, Mad, quadrinhos da L&PM, Spirit, Moebius… Viemos para Curitiba porque achamos que seria mais fácil sobreviver e resolvemos abrir a Itiban. No começo, era no esquema das bancas de jornais: tinha jornal, revistas, desde as pornôs até Veja, Caras – toda a porcaria editorial que enfiavam no nosso reparte, que na época era consignado. Aos poucos, fomos conseguindo um reparte melhor do que realmente nos interessava, as HQs e revistas de música, cinema, revistas importadas americanas e inglesas. Começamos a trabalhar com a importadora Devir na sorte! Foi realmente quando conseguimos ganhar um diferencial: quadrinhos importados de todas as editoras norte-americanas, DC/Marvel, Fantagraphics, Viz, Draw and Quarterly… Era o paraíso! Era caaaro (chamavam de “dólar-livro”), mas a gente queria mesmo assim. Era um trabalho de abrir os horizontes, pois esse material nunca chegava no mercado nacional ou chegava com uma defasagem gigante!
Acho que o nome Itiban vingou. Fomos os primeiros, pelo menos no Sul do Brasil, a abrir uma loja especializada em HQs. Itiban (Ichiban) significa “primeiro”, “number one”. O Paul McCartney até fez uma homenagem pra gente em Curitiba! Tá no YouTube! Hehehe
“Era o catálogo da Diamond ao nosso alcance e isso abriu muito a cabeça da galera”
Como foram os primeiros anos da Itiban? Quadrinhos sempre foram os principais produtos da loja?
Então, começamos como banquinha de jornal. Ligávamos do orelhão para fazer pedido, resolver problemas, ou era correio ou fax emprestado da casa da minha sogra. A Itiban era novidade na pequena Curitiba! Nossa propaganda era no boca a boca. Tivemos a sorte de estar bem ao lado de um grande jornalista, o Aramis Millarch, do jornal O Estado do Paraná, que escrevia sobre arte e cultura, frequentava regularmente a Itiban e escrevia sobre nosso pequeno reduto de aficcionados, que na época reunia galera da moda, teatro, cinema, música e muitos garotos tímidos atrás de novidades nas HQs.
As HQs eram um diferencial em relação aos outros jornaleiros, que nem davam bola para isso, e depois, quando começamos a receber também HQs importadas dos EUA, RPG e card-games, ganhamos e fidelizamos um novo público. Muitos leitores tiveram que aprender inglês para poderem acompanhar toda a variedade de HQs americanas que chegavam toda semana: super-heróis, underground, hentai, mangá… Era praticamente o catálogo da Diamond ao nosso alcance e isso abriu muito a cabeça da galera. O mundo era bem maior.
“Se por um lado não conseguimos ter todos os quadrinhos lançados, passamos a ampliar a curadoria”
Você consegue fazer um balanço entre o que a Itiban era quando foi inaugurada e o que ela é hoje? Digo: o quanto a loja mudou em termos de público e serviço?
Basicamente no início, em 1989, o público era masculino, das mais diversas áreas e idades. Com a entrada do selo Vertigo, as mulheres se ligaram mais aos quadrinhos. Na medida em que novas editoras, selos, coletivos e autorxs surgiam, a loja crescia e nosso público também. Ah! Tivemos um Fanzine, o CULTCOMICS, que saiu em 1991, com páginas pretas e textos datilografados, colagens, tiras de humor, entrevistas e matérias. Durou uma edição, com tiragem de 100 exemplares.
Já no final da década de 1990, no atual endereço, na Silva Jardim, começamos a fazer eventos de lançamentos de quadrinhos e exposições. Um dos primeiros quadrinistas a pisar na Itiban foi o Lourenço Mutarelli, em 1999, lançando O Dobro de Cinco. Ele veio de ônibus e eu fui buscá-lo na rodoviária. Ele ainda estava dormindo no ônibus e tive que acordá-lo. Demorou um pouquinho pra despertar. Eu meio tímida, ele bem calado, entramos no carro naquele silêncio. Deixei ele, acho que no hotel (não lembro!) e ele me entregou o Mini Tonto Requiem. Agradeci e voltei pra casa. Peguei pra ler tomando café e ao final estava em prantos. Quando nos encontramos novamente para o evento na loja, eu dei um tapão nele. Tenho essa péssima mania… Mas ele gostou, deu risada e ficamos amigos. E sempre que ele lançava um novo quadrinho, vinha pra cá. Sempre bancamos sozinhos as vindas dos artistas.
A gente nunca teve grana pra investir no visual da loja, muito menos em propaganda. Pra gente, o importante era ter os melhores gibis, nacionais ou gringos, pra galera gritar de alegria! Hoje, com as vendas online, a gente se ferrou. Não seguimos esta “tendência” e não temos como concorrer, apesar de termos fiéis clientes que sempre nos prestigiam. Uma coisa que ampliou também, em função do surgimento de novas editoras, foi a variedade que temos atualmente. Se por um lado não conseguimos ter todos os quadrinhos lançados, pois é muito difícil na atualidade trabalhar com editoras que não consignam, passamos a ampliar a curadoria, investindo em títulos que não são quadrinhos, mas que conversam com eles através de temas importantes para refletir sobre nossa humanidade ou desumanidade.
O Iticlub, nosso clube de leitura de quadrinhos, deu um oxigênio pra loja. Trouxe novos leitores, fidelizou e está formando leitores mais críticos, com capacidade de análise mais profunda.
“Parece que acompanhar seus cartunistas amados pelo Instagram já satisfaz o leitor, mas likes não pagam contas“
O quanto você acha que os quadrinhos brasileiros mudaram ao longo desses 30 anos? Você vê alguma mudança maior na forma como quadrinhos são produzidos e publicados?
Claro, mudou. O avanço tecnológico proporcionou novas ferramentas de comunicação, troca de informação, aprendizado e publicação. Qualquer um pode fazer quadrinhos, desde a criação até a venda. A quantidade de publicações independentes cresceu muito e os temas são os mais diversos. A movimentação das mulheres nos quadrinhos que explodiu em 2013 foi fantástica, elas ganharam mais espaço, mais visibilidade. Ao mesmo tempo, com todo esse avanço tecnológico e tantas ferramentas, tenho um pouco de medo em relação aos nossos cartunistas com a falta do jornal impresso, das tiras de jornais, onde tudo começou. Parece que acompanhar seus cartunistas amados pelo Instagram já satisfaz o leitor, mas likes não pagam contas.
E também tem uma proliferação de novos selos da linha mais punk, violenta, crítica e também bem humorada, que além das revistas lançam camiseta, boné, cueca, bandana… As feiras de quadrinhos e impressos dão um impulso pra essa nova galera, do faça você mesmo. Nossos quadrinistas estão sendo publicados em vários países, conquistando prêmios internacionais e trazendo a atenção de fora para nosso mercado.
“Vimos crescer uma geração de artistas que está até hoje batalhando no mercado nacional e internacional”
E em relação à cena de quadrinhos de Curitiba, quais as principais transformações que você notou nos artistas e na produção local ao longo desses 30 anos?
A Gibiteca de Curitiba teve papel fundamental para o surgimento de novos artistas. Quando abrimos a Itiban, sempre participávamos dos eventos no Solar do Barão organizados pela Gibiteca, como festivais de fanzines, shows, encontros de RPG, exposições… Vimos crescer uma geração de artistas que está até hoje batalhando no mercado nacional e internacional. Assim como outros festivais de Quadrinhos, a Bienal de Quadrinhos de Curitiba também incentivou o interesse pelos quadrinhos, surgindo uma geração de autoras e autores que se autopublicam, formam coletivos e participam de várias feiras gráficas pelo país. Isso aconteceu no mercado brasileiro em geral. Pessoas descobrindo as possibilidades de se contar uma história por meio dos quadrinhos.
Também fico curioso em relação às mudanças na dinâmica entre a loja e os artistas e editores. Como a interação entre vocês e os autores e as empresas que publicam quadrinhos se transformou ao longo desses 30 anos?
No começo o contato era feito por telefone/fax ou ao vivo, hoje por email e redes sociais, mas no fim, isso só acelerou o processo e o acesso às informações. A dinâmica é a mesma, tento acompanhar as editoras e os artistas para sincronizar os lançamentos.
“Todos os encontros com o Mutarelli foram emocionantes e, a cada novo lançamento, a loja parece um templo, onde ele tem o poder da palavra, faz a galera rir e se emocionar”
Você consegue listar os eventos mais memoráveis realizados na Itiban nesses 30 anos de atividade da loja? Houve algum lançamento em particular que foi mais marcante para você?
Não consigo, mas vou tentar. Todos os encontros na Itiban foram lindos. Com casa lotada ou não, é o melhor momento quando conseguimos aproximar o artista e o público, sair pra beber e dar risada. Bem, vamos lá: já falei lá em cima da primeira vez com o Mutarelli. Aliás, todos os encontros com ele foram emocionantes e, a cada novo lançamento na loja, parece um templo, onde o Lourenço tem o poder da palavra, faz a galera rir e se emocionar. Dá abraço e consola.
Além do Mutarelli, quem sempre vem lançar seus livros aqui são os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá, e sempre com casa lotada de fãs. A Laerte veio lançar Muchacha e chegou arrasando de saia e salto alto. Lotou a loja. Foi lindo!
Teve o lançamento da Cachalote estreando aquele projeto da Companhia das Letras que unia um escritor e um quadrinista. No caso, Daniel Galera e Rafael Coutinho. Além dos dois, estava o Daniel Pellizzari e o Rafael Grampá. Danieis e Rafaeis com a mediação do Lielson Zeni.
Finalmente consegui trazer o Rogério de Campos, que conhecemos desde o tempo da Conrad Editora e que nunca tinha pisado na loja, apesar de vários convites. Quando soube que a Veneta iria lançar o Manifesto Comunista em Quadrinhos neste ano, eu não resisti e enviei uma mensagem propondo um lançamento na Itiban. Falei com a Ana e ela passou pro Rogério, que perguntou quando seria . Eu respondi: “Primeiro de maio.” Ele aceitou na hora.
O evento foi amplamente compartilhado nas redes sociais e atingiu pessoas não propriamente fãs de quadrinhos, mas do comunismo hehehe. Uma pessoa na plateia perguntou qual o conselho que ele daria hoje sob o atual governo e ele respondeu prontamente: “Cuidem-se uns dos outros.”
“Precisamos formar uma crítica especializada”
Acredito que você também acompanhou o surgimento e desaparecimento de vários espaços de produção de conteúdo sobre quadrinhos. Qual análise você faz dos produtores de conteúdo sobre quadrinhos dos dias de hoje e do conteúdo produzido por essas pessoas?
Tenho saudade das matérias de quadrinhos publicadas nos jornais. Tinha o Diego Assis na Folha de São Paulo, o Telio Navega no jornal O Globo. Hoje, tem você e o Erico Assis escrevendo para os jornais, milhões de canais no YouTube e alguns sites. Com algumas exceções, a maior parte parece estar só querendo vender e não abrir espaço para uma crítica bacana. Precisamos formar uma crítica especializada.
“O modelo Amazon está acabando com as pequenas livrarias e a possibilidade de surgirem novas”
Como a chegada da Amazon ao Brasil impactou os negócios da Itiban?
Não foi só a Amazon que impactou negativamente nos nossos negócios, foi o modelo Amazon de pré-venda e descontos, que editoras e grandes redes adotam, que está acabando com as pequenas livrarias e a possibilidade de surgirem novas. Daqui a pouco, as editoras vão ter que novamente pagar pra ficarem bem expostas nas “gôndolas” dos supermercados e pagar para fazer lançamentos com seus autores.
Como a crise do mercado editorial brasileiro tem impactado a rotina da Itiban?
Assim como todo brasileiro que não faz parte do 1% , eu só penso em como pagar as contas, como criar eventos que atraiam o público. A nossa única vantagem é que temos casa própria e nossas filhas já se formaram. Não consigo mais ler, tenho que ter sincronia e sensibilidade para saber o que pode vender, entender as necessidades das pessoas e procurar receber com agilidade. Em agosto/setembro tive que devolver 100% dos títulos que estavam consignados. Isso acabou comigo. Por não termos um sistema eficiente de controle de estoque e cadastro, tudo é feito na mão. Digitei cada título, Isbn, preço, etc, pra fazer a devolução – foram mais de 40 caixas grandes embora. A maioria das editoras não quer mais consignar, porque levaram calote com a quebra da Livraria Cultura e a Fnac pulando fora. A Amazon é ao mesmo tempo a heroína e vilã do mercado.
Sem a aprovação da lei do preço único, não tenho mais esperanças de continuar a trabalhar decentemente. O algoritmo vai substituir o livreiro. Boa sorte. Salvem a bibliodiversidade.
“Nunca planejamos nada para o futuro. Chegamos até aqui sem pensar muito longe, só no agora”
Desde o dia 1º de janeiro de 2019 o Brasil é governado por um presidente de extrema-direita, militarista, pró-tortura, fascista, misógino, machista, xenófobo, homofóbico e racista que reflete muito do que é a nossa sociedade hoje. Qual você considera ser o papel de uma livraria independente como a Itiban dentro desse contexto?
Ser espaço para discussão e reflexão. Oferecer livros de qualidade.
Quais são os seus planos para o futuro da Itiban?
Nunca planejamos nada para o futuro. Chegamos até aqui sem pensar muito longe, só no agora. Num encontro de família, falando sobre estarmos passando por um momento ruim, a Yasmin comentou: “Desde a minha infância ouço vocês falarem isso”.
Me lembrei do meu primeiro parto, morri de dor antes e depois, achei que nunca mais ia engravidar e…. Quatro anos depois nasceu a Tamica! A Tami tem dado um novo fôlego pra loja e me faz lembrar de mim mesma quando sempre estava de bom humor e cheia de energia. Taí, quem sabe ela seja o futuro da Itiban.
Muito fácil repetir o discurso de que a Amazon e o modelo “Amazon” estão acabando com as livrarias, a bibliodiversidade e impedem o surgimento das novas, que um algoritmo vai substituir o livreiro e a salvação vai vir apenas com mais uma lei no Brasil. Enquanto isso, bancas e livrarias surgem e re-surgem, se reinventam a fim de enfrentar a crise editorial:
https://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/caminhadas-urbanas/no-bairro-que-viu-surgir-56-novos-bares-e-restaurantes-a-boa-surpresa-sao-as-duas-novas-livrarias/
https://epoca.globo.com/como-editoras-livrarias-independentes-buscam-se-reinventar-em-meio-crise-mais-dramatica-do-mercado-editorial-22929251
https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2019/09/pequenas-livrarias-ganham-espaco-em-vacuo-de-megastores.shtml
e outros exemplos como Loja Monstra, Ugra e Banca Tatuí. A questão é que a Itiban não se reinventa, e, pior, possui um péssimo atendimento. Ora, se a saída pra tentar subsistir com o modelo Amazon é a aproximação com o consumidor, como a Itiban vai conseguir fazer isso quando o atendimento é distante, frio e “de cara fechada”, um atendimento, ironicamente, curitibano, antipático.
É uma pena que Curitiba como capital do estado só tenha uma única loja especializada em quadrinhos.
Kirahachi, a Mittie apenas deu um parecer muito bem contextualizado e realista sobre a situação que vale, não só para pequenas livrarias, como também pra qualquer pequeno negócio que precisa lidar com essas grandes redes de varejo.
É fácil falar para se “reinventar”, mas na prática se reinventar tem um custo. Muitas vezes um custo que o pequeno negócio não pode pagar. Muitas vezes, mal consegue manter a base do negócio funcionando. Admiro demais, apesar de toda essa crise editorial, o fato da Itiban sempre trabalhar com HQs de qualidade e realizar eventos super bacanas no local.
E outro ponto que discordo de você é em relação ao atendimento. Sempre fui muito bem recebido lá, inclusive com muitos sorrisos e interesse em saber se estava gostando de determinada série de um quadrinho ou mangá que estava levando.
Quanto a questão Amazon, a Mittie deu um parecer muito bem contextualizado e realista sobre a situação que vale, não só para as pequenas livrarias, como também para qualquer pequeno varejo em relação as grandes redes varejistas.
É muito fácil falar para se “reinventar”, quando muitas vezes se reinventar tem um custo. Um custo que nem sempre a pequena livraria, ou pequeno varejo, tem. Isso quando tem receita para manter simplesmente a própria base do negócio.
Quanto ao atendimento, sempre fui muito bem recebido, com muita alegria e sorriso no rosto.