O álbum Sabrina é o vencedor do Prêmio Grampo 2021 de Grandes HQs. A obra do quadrinista norte-americano Nick Drnaso publicado no Brasil pela editora Veneta e com tradução de Érico Assis consta em 14 das 20 listas dos jurados convidados do Grampo, tendo acumulado 105 pontos na contagem dos votos. O gibi vencedor ficou à frente de A Solidão de Um Quadrinho Sem Fim (Nemo, tradução de Érico Assis), de Adrian Tomine (82 pontos e 11 listas) e Mau Caminho (Veneta, tradução de Diego Gerlach), de Simon Hanselmann (51 pontos e seis listas).
O top 10 do Grampo 2021 fecha com Degenerado (Nemo), por Chloé Cruchaudet (50 pontos); Carniça e a Blindagem Mística – Parte 1: É Bonito o Meu Punhal (independente), por Shiko (48 pontos); #@*%!!! (Instituto Moreira Salles), por Diego Gerlach (46 pontos); Beco do Rosário (Veneta), por Ana Luiza Koehler (40 pontos); Laura Dean Vive Terminando Comigo (Intrínseca), por Mariko Tamaki e Rosemary Valero-O’Connell (39 pontos); Grama (Pipoca & Nanquim), por Keum Suk Gendry-Kim (38 pontos); e Sunny #1 (Devir), por Taiyo Matsumoto (36 pontos).
Com nove títulos mencionados entre as 78 obras listadas nos rankings dos 20 jurados, estando três deles entre os 10 primeiros colocados (Sabrina, Mau Caminho e Beco do Rosário), a editora Veneta acumulou 276 pontos, a maior pontuação no somatório geral de títulos por editoras. Responsável pelo lançamento de A Solidão de um Quadrinho Sem Fim (2º) e Degenerado (4º), a editora Nemo somou 158 pontos, com quatro títulos listados. Os três títulos citados do Programa Convida deu ao Instituto Moreira Salles a terceira posição, com 53 pontos. As quatro obras mencionadas da Panini Comics somaram 41 pontos. E o quinto lugar no ranking de editoras ficou com a Companhia das Letras, com três obras listadas e 13 pontos.
Os rankings individuais de cada um dos jurados estão disponíveis aqui. Os 20 quadrinhos mais bem colocados na soma dos rankings e as demais obras listadas constam a seguir.
1) Sabrina (Veneta), por Nick Drnaso (tradução: Érico Assis) [105 pontos];
por Maria Clara Carneiro
Sabrina, de Nick Drnaso, é o primeiro livro em quadrinhos a ser indicado ao Man Booker Prize, um dos maiores prêmios literários de língua inglesa. A história tem como pano de fundo tragédias americanas provocadas por homens tristes com raiva: assédio, assassinatos em massa em escolas e feminicídios. Porém, assistimos os fatos do ângulo de vista de quem sofre com tais materializações do ódio: Sabrina sumiu, e sua irmã, seu namorado, o amigo de seu namorado continuam a encarar os desdobramentos de seu desaparecimento.
Sabrina inicia com um grande quadro com a personagem homônima. Seguimos atrás dela por toda a casa, enquanto ela parece procurar algo: há um movimento desenhado pela ligeira modificação quadro a quadro, interrompido, de repente, quando ela volta seu rosto para nós, leitores. Nas páginas seguintes, temos um diálogo de Sabrina e Sandra, sua irmã, e mais uma vez são as alterações mínimas, quadro a quadro, que nos apresentam a relação entre as duas, em que a conversa parece continuar assuntos começados há algum tempo. Em seguida, aparece o quadro de Teddy, seu namorado, em uma forma paralela à apresentação de Sabrina, como se ecoando ainda a conversa entre as irmãs. Seu amigo, Calvin, um americano médio e militar, lhe recebe em sua casa esvaziada por uma separação recente – ele, como nós, não sabe o que aconteceu, mas já se coloca na postura de defensor do amigo que não via há muito tempo.
Como Drnaso explicou em entrevista para o Ramon Vitral, sua divisão do espaço na página, em que quadros são repartidos diversas vezes à la Chris Ware, tem o objetivo de alcançar mais cenas de silêncio. O vazio de palavras é às vezes quebrado por sequências pesadas de texto, esse excesso de informação em nossa era digital, povoada de muito ruído e falso rumor. As cores acinzentadas e o minimalismo do traço, extremamente fino, matizam as tragédias anunciadas, planejadas e celebradas no fundo do poço da internet. Como o mesmo Ramon já escreveu, é um quadrinho que usa o máximo de recursos estéticos da própria história em quadrinhos para construir a narrativa – pungente e bastante necessária para pensarmos nosso mundo de hoje.
Votaram em Sabrina: Carlos Neto (1º), Dandara Palankof (5º), Daniela Cantuária Utescher (7º), Douglas Utescher (4º), Jéssica Groke (1º), Liber Paz (6º), Lielson Zeni (3º), Maria Clara Carneiro (2º), Paulo Floro (1º), Ramon Vitral (3º), Sara Pontes (10º), Tami Taketani (1º), Thiago Borges (1º) e Weaver Lima (4º).
2) A Solidão de um Quadrinho Sem Fim (Nemo), por Adrian Tomine (tradução: Érico Assis) [82 pontos];
por Lielson Zeni
A publicação de Adrian Tomine no Brasil parece ter pegado embalo. Depois de 11 pagininhas lá no distante (e incrível) Comic Book: Novo quadrinho norte-americano (Conrad, 1999, tradução de Cris Siqueira), o autor foi publicado de novo e acabou com o Grampo de Bronze de 2020, por Intrusos (Nemo, 2019, tradução de Érico Assis), minha obra favorita dele.
O Solidão de um Quadrinho Sem Fim subiu um degrau no nosso pódio grâmpico e ficou com a prata. O livro é uma graça, parece um caderno naipe Moleskine, 14 x 21 cm, capa com imitação de couro, elástico para fechar, fitilho, fundo de página quadriculado e texto da biografia que imita a escrita à lápis.
A forma negocia muito bem com o conteúdo: são diversos causos vividos pelo próprio Tomine em eventos de quadrinhos ou em encontros com pessoas da cena, em situações que caminham pro humor via embaraço e a vergonha, em que o autor não tem medo de se ridicularizar ou se expor. Umas anedotas são leves e para rir, outras bem estranhas. Parece um diário desenhado.
Solidão de um Quadrinho Sem Fim foi escolhido por 11 pessoas que montam o ranking do Grampo e fiquei pensando o que fez esse quadrinho aparecer em mais da metade das listas (além, claro de sua qualidade etc). Quando achei uma resposta, meio que lamentei não ter achado um espacinho pra ele na minha própria lista.
Lemos esse quadrinho em 2020, o ano em que vivemos em casa (ou deveríamos ter vivido, se esse governo tivesse dado condição pra isso), uma obra que fala sobre viajar, lançamentos presenciais, aglomerar, encontrar amigos em eventos de quadrinhos. O ano passado foi o ano que a gente não foi na Bienal de Quadrinhos, Butantã Gibi Con, CCXP, Dente, des.gráfica, FIQ, Motim, PerifaCon, Poc Con, Ugra Fest e tantos outros lugares.
Tomine faz o quadrinho do que nos faltou. Que saudades de reclamar de evento cheio.
Votaram em A Solidão de um Quadrinho Sem Fim: Carlos Neto (2º), Douglas Utescher (2º), Jéssica Groke (2º), Luli Penna (8º), Milena Azevedo (3º), Paulo Floro (3º), PJ Brandão (4º), Ramon Vitral (5º), Tami Taketani (6º), Thiago Borges (2º) e Weaver Lima (2º).
3) Mau Caminho (Veneta), por Simon Hanselmann (tradução: Diego Gerlach) [51 pontos];
por Ramon Vitral
Não há espaço para condescendência, preocupações sociais e reflexões maiores sobre dramas humanos nas HQs do australiano Simon Hanselmann. Ele foca seus trabalhos nos párias sociais, em pessoas excluídas do sistema, alheias a questões políticas, indiferentes ao mundo em que vivem e focadas única e exclusivamente em seus próprios umbigos. É assim desde 2012, quando o autor deu início em seu Tumblr à saga protagonizada por Megg, Mogg, Coruja e Lobisomem Jones.
Em 2020, Hanselmann foi finalmente publicado no Brasil. Mau Caminho reúne um dos arcos de histórias mais recentes do autor. O álbum tem início após uma briga entre a bruxa Megg, o gato Mogg e Lobisomem Jones com Coruja, que deixa a casa onde moram. Ao mesmo tempo, Megg corre o risco de perder seu seguro-desemprego e Mogg é forçado a procurar um trabalho. Enquanto isso, Jones convida alguns amigos para uma orgia.
Mau Caminho segue entre dramas e surtos dos personagens ao longo de suas 172 páginas: um deles ajuda sua terapeuta em crise com o pai com câncer terminal, o outro sofre com o emprego em uma rede de fast food, um terceiro é vítima de uma overdose acidental e por aí vai.
Não há excessos na arte de Hanselmann. Ele constrói suas páginas a partir de um gride padrão de 12 quadros e desenha com lapiseira, aquarelas e corantes. O que realmente destoa em sua obra é a dinâmica interna de seus quatro protagonistas, seus excessos e a relação (às vezes nula) deles com o mundo ao seu redor. Poucos autores ecoam com tamanha intensidade a desilusão e a descrença humana em relação aos nossos rumos civilizatórios. E ele ainda faz isso com humor.
Agora é torcer por mais Hanselmann em português. A Veneta prometeu para 2021 Zona de Crise, coletânea dos encontros e desencontros de Megg, Mogg, Coruja a Lobisomem Jones em seu primeiro ano encarando a pandemia do novo coronavírus. Fui leitor assíduo da saga publicada originalmente por Hanselmann em seu Instagram e aposto na presença de sua versão impressa em várias listas do Grampo 2022.
Votaram em Mau Caminho: Carlos Neto (3º), Douglas Utescher (1º), Paulo Floro (5º), Sara Pontes (1º), Tami Taketani (2º) e Weaver Lima (3º).
4) Degenerado (Nemo), por Chloé Cruchaudet (tradução: Renata Silveira) [50 pontos];
Votaram: Carlos Neto (4º), Dandara Palankof (3º), Daniela Cantuária Utescher (1º), Douglas Utescher (3º), Milena Azevedo (5º), Sara Pontes (2º) e Weaver Lima (9º).
5) Carniça e a Blindagem Mística – Parte 1: É Bonito o Meu Punhal (independente), por Shiko [48 pontos];
Votaram: Carlos Neto (7º), Daniela Cantuária Utescher (2º), Lielson Zeni (6º), Maria Clara Carneiro (4º), Milena Azevedo (7º), PJ Brandão (5º), Ramon Vitral (6º) e Thiago Borges (3º).
6) #@*%!!! (Instituto Moreira Salles), por Diego Gerlach [46 pontos];
Votaram: Carlos Neto (6º), Jéssica Groke (5º), Lielson Zeni (1º), Maria Clara Carneiro (1º), Ramon Vitral (4º), Tami Taketani (7º) e Weaver Lima (7º).
7) Beco do Rosário (Veneta), por Ana Luiza Koehler [40 pontos];
Votaram: Douglas Utescher (10º), Gabriela Borges (3º), Liber Paz (9º), Lielson Zeni (7º), Luli Penna (1º), Maria Clara Carneiro (7º), Milena Azevedo (4º) e Paulo Floro (7º).
8) Laura Dean Vive Terminando Comigo (Intrínseca), por Mariko Tamaki e Rosemary Valero-O’Connell (tradução: Rayssa Galvão) [39 pontos];
Votaram: Dandara Palankof (1º), Gabriela Borges (5º), Milena Azevedo (8º), PJ Brandão (2º), Tali Grass (6º) e Thiago Borges (5º).
9) Grama (Pipoca & Nanquim), por Keum Suk Gendry-Kim (tradução: Jae Hyung Woo) [38 pontos];
Votaram: Carlos Neto (9º), Dandara Palankof (4º), Gabriela Borges (4º), Ramon Vitral (7º), Tali Grass (3º), Tami Taketani (5º) e Thiago Borges (7º).
10) Sunny #1 (Devir), por Taiyo Matsumoto (tradução: Arnaldo Oka) [36 pontos];
Votaram: Carlos Neto (5º), Érico Assis (8º), Liber Paz (7º), Paulo Floro (4º), PJ Brandão (1º) e Tali Grass (5º).
11) Berlim (Veneta), por Jason Lutes (tradução: Alexandre Boide) [32 pontos];
Votaram: Érico Assis (6º), Lielson Zeni (2º), Maria Clara Carneiro (3º) e Ramon Vitral (1º).
12) Os Donos da Terra (Elefante), por Daniela Fernandes Alarcon, Glicéria Jesus da Silva e Vitor Flynn Paciornik [29 pontos];
Votaram: Daniela Cantuária Utescher (10º), Gabriela Borges (1º), Lielson Zeni (5º), Milena Azevedo (9º) e PJ Brandão (3º).
12) Sinuca Paranoide (Pé-de-Cabra), por Victor Bello [29 pontos];
Votaram: Daniela Cantuária Utescher (4º), Douglas Utescher (6º), Lielson Zeni (4º), Maria Clara Carneiro (8º) e Tami Taketani (4º).
14) Primavera em Tchernóbil (Geektopia), por Emmanuel Lapage (tradução: Fernando Paz) [28 pontos];
Votaram: Érico Assis (10º), Liber Paz (1º), Milena Azevedo (1º) e Sara Pontes (4º).
15) Jeremias – Alma (Panini), por Jefferson Costa e Rafael Calça [25 pontos];
Votaram: Érico Assis (9º), Liber Paz (2º), Paulo Floro (6º) e Tali Grass (1º).
16) Aprendendo a Cair (Nemo), por Mikael Ross (tradução: Renata Silveira) [21 pontos];
Votaram: Carlos Neto (8º), Érico Assis (2º), Sara pontes (7º) e Thiago Borges (6º).
17) A Grande Farsa (Comix Zone), por Carlos Trillo e Domingo Mandrafina (tradução: Jana Bianchi) [18 pontos];
Votaram: Érico Assis (3º), Liber Paz (10º) e Milena Azevedo (2º).
18) Além de Palomar (Veneta), por Gilbert Hernandez (tradução: Cris Siqueira) [18 pontos];
Votaram: Lielson Zeni (10º), Thiago Borges (4º) e Weaver Lima (1º).
19) Boa Sorte (independente), por Helena Cunha [17 pontos];
Votaram: Gabriela Borges (2º) e Sara Pontes (3º).
20) Miss Davis – A Vida e as Lutas de Angela Davis (Agir), por Sybille Titeux La Croix e Amazing Ameziane (tradução: Jorge Bastos Cruz) [13 pontos];
Votaram: Daniela Cantuária Utescher (5º), Gabriela Borges (7º) e Liber Paz (8º).
Outras HQs listadas pelos jurados do Prêmio Grampo 2020: 48 Km (independente/webcomic), por Iara Naika; 400 Morcegos (Escória Comix), por Fábio Vermelho; 1984 (Companhia das Letras), por Fido Nesti; Aconteceu Comigo (Balão Editorial), por Laura Athayde; A Alma que Caiu do Corpo (Veneta), por André Toral; Arlindo (independente/webcomic), por IlustraLu; Baque (independente/webcomic), por Jota Mendes; Batman: A Maldição do Cavaleiro Branco #3 (Panini Comics), por Sean Murphy e Matt Hollingsworth (tradução: Mateus Ornellas); Bom Dia, Socorro (independente/webcomic), por Paulo Moreira; Brasil (Caderno Listrado), por Rafael Sica; A Bruxa Margaret (DarkSide Books), por Dix e Jim Broadbent (tradução: Aline Zouvi); Cais do Porto (Conrad), por Brendda Maria; CarolitoHQ (independente/webcomic), por Carol Ito; Confinada (independente/webcomic), por Triscila Oliveira e Leandro Assis; Crianças Selvagens (Mino), por Gabú; CWB (Quadrinhofilia), por José Aguiar; Dementia 21 (Todavia), por Shintaro Kago (tradução: Drik Sada); Entre Quadros (Mina de HQ/webcomic), por Gabriela Güllich; El Borbah (DarkSide Books), por Charles Burns (tradução: Paulo Cecconi); Farol da Quebrada (Instituto Moreira Salles), por João Pinheiro; O Filho Mau (independente), por Carol Sakura e Walkir Fernandes; Fogo Fato (independente), por Aline Lemos; Florzinha (independente/webcomic), por Marília Mafé; A Gangue da Margem Esquerda (Mino), por Jason (tradução de Dandara Palankof); Gente Feia na TV #3 (Pé-de-Cabra), por Chico Félix; Gigant #2- #5 (Panini Comics), por Hiroya Oku (tradução: Caio Suzuki); A Grande Odalisca (Pipoca & Nanquim), de Bastien Vivès, Florent Ruppert e Jérôme Mulot (tradução: Érico Assis); O Homem Mais Rico do Mundo (independente/webcomic), por Cecilia Marins; Informe sobre Cegos (Figura), por (tradução: Rodrigo Rosa); Isolamento (independente/webcomic), por Helô D’Angelo; Juquinha (independente/webcomic), por Max Andrade; Liget #4 (Editora Incompleta), por KZ; Linha do Trem (independente/webcomic), por Raphael Salimena; Mundo Mulher (Conrad), por Aminder Dhaliwal (tradução: Giu Alonso); Mundo Pet (Comic Zone), por Lourenço Mutarelli; A Odisseia de Hakim Vol. 1 – Da Síria à Turquia (Nemo), por Fabien Toulmé (tradução: Fernando Scheibe); Parece que Piorou (Companhia das Letras), por Bruna Maia; Péplum (Veneta), por Blutch (tradução: Alexandre Barbosa de Sousa); Pequena Livraria dos Horrores (independente), por Luísa Lacombe; Péssimas Influências (Folha de S.Paulo), por Estela May; Petrus (independente), por Gabriel Arraes, Filipe Monteiro e Rodrigo de Freitas; Porto Alegre #1-#2 (Faria e Silva), por Guazzelli; Para Onde Vamos, Pai? (Instituto Moreira Salles), por Marília Marz; Prisões de Dentro (Itaú Cultural), por Carol Ito; Prof. Fall (Veneta), por Ivan Brun (tradução: Maria Clara Carneiro); Pumii do Vulcão (independente), por Rogi Silva; Quadrinhos Suculentos (independente/webcomic), por Ivo Puiupo; Reanimator (Veneta), por Juscelino Neco; Revista Expressa #11 (Revista de Cultura), edição por Ana Paula Simonaci e André Dahmer; Revista Pé-de-Cabra #3 (Pé-de-Cabra), edição por Panhoca; Ritos de Passagem (Avec), por Lucas Marques; Sapiens: O Nascimento da Humanidade (Companhia das Letras), por Yuval Noah Harari, David Vandermeulen e Daniel Casanave (tradução: Érico Assis); Sob a Luz do Arco-íris (Skript), edição por Mário César Oliveira; Sob o Céu de Trancoso (independente/webcomic), por Bruna Maia; Tetris (Mino), por Box Brown (tradução: Celio Cecare); Ugrito #21: Eu Fiz uma História em Quadrinhos (Ugra Press), por Fabio Zimbres; Ugrito #22: Rubik (Ugra Press), por Felipe Portugal; X-Men #1-#4 (Panini Comix), por Jonathan Hickman e vários (tradução: Mario Luiz C. Barroso).