Eita. Pesado esse 2016, hein? Já suspeitava que dezembro seria intenso, principalmente pelo monte de coisa que estão previstas pra janeiro por aqui, mas os vários trabalhos/ projetos/ planos infalíveis e malucos em que me meti acabaram diminuindo ainda mais a minha produção no blog. Sem problemas, tá tudo mais morno depois do furacão de lançamentos da CCXP e a ideia era focar as últimas semanas do ano e as primeiras de 2017 numa retrospectiva dos últimos 12 meses.
Pra quem descobriu o Vitralizado só em 2016, sempre encerro o ano com uma série de posts lembrando de coisas que aconteceram, quadrinhos que foram publicados, séries lançadas e filmes que chegaram aos cinemas (ó: 2012, 2013, 2014 e 2015). Costuma ser um imenso balanço de tudo que fez parte do meu repertório durante esse período e nunca focado apenas em HQs. MAS em 2016 o blog foi basicamente um espaço dedicado a quadrinhos, algo que ele sempre se propôs a ser, no entanto não de forma tão exclusiva como acabou rolando.
Comecei as atividades por aqui em janeiro com a primeira edição do Prêmio Grampo, cria minha e do Lielson Zeni da qual gosto muito, uma coletânea de listas com o que saiu de mais legal no Brasil em 2015. Aí também tiveram as várias entrevistas: Joan Cornellà, Rogério de Campos, Wagner Willian, Guilherme Petreca, James Kochalka, Juscelino Neco, Julia Balthazar, Bárbara Malagoli, Lovelove6, Mariana Paraizo, Paula Puiupo, Taís Koshino, Rodrigo Qohen, Beeau Goméz, Diego Gerlach, Davi Calil, Elcerdo, Jão, Felipe Nunes, Bruno Maron, Ricardo Coimbra, Thiago Souto Gilbert Hernandez, Alcimar Frazão, Ed Piskor, Stephen Collins, Alexandre Lourenço e Marco Oliveira.
E tem as matérias, né? Comecei o ano escrevendo pro Nexo sobre a chegada do Zonzo no Brasil com uma conversa com o Cornellà. Pro UOL teve texto meu sobre a abertura do mercado europeu pros quadrinhos brasileiros, sobre o lançamento de Fungos, sobre a versão em português de A Gigantesca Barba do Mal e, mais recentemente, sobre a publicação de Os Últimos Dias de Pompeo. Pra Rolling Stone falei de Bulldogma, Topografias, O Diabo e Eu, Hip Hop Genealogia e Você é Um Babaca, Bernardo. Pra Folha eu escrevi sobre Sopa de Lágrimas.
Também foi o ano que o blog saiu pela primeira vez do virtual. Entre maio e junho rolou a primeira edição do curso Os Ciclos Produtivos das HQs Brasileiras e a segunda veio logo depois, entre outubro e novembro. Foi uma das minhas empreitadas preferidas relacionadas ao blog, com a presença de Pedro Cobiaco, Wagner Willian, Janaína de Luna, Luciana Foraciepe, Zé Rodolfo, Dani Utescher, Guilherme Kroll, Lielson Zeni, Cecilia Arbolave, Davi Calil, Douglas Utescher e Murilo Martins. Certeza que vem mais um ou outra edição em 2017.
Outro projeto que curti muito e pretendo voltar a investir logo mais é o Clube de Leitura Ugra & Vitralizado. A ideia era começarmos de leve com uma turma, um dia por semana, mas a procura foi tão legal que levamos dois grupos em paralelo.
E falando em eventos, fui chamado pra mediar vários: teve um papo com o Daniel Lopes e a Gabriela Borges, uma conversa com o Pedro Franz, um encontro com a Laerte e o Rafael Roncato, um debate sobre jornalismo em quadrinhos na Bienal de Curitiba e outro sobre construção de personagens também por lá e, por último, uma conversa com o Felipe Nunes, João Montanaro e Thobias Daneluz na Gibiteria. Um mais massa que o outro.
A verdade é que eu basicamente não consegui escrever sobre outra coisa além de quadrinho – pelo menos aqui no blog. A tendência é que 2017 siga a mesma linha. A ideia é que até o final de janeiro saia o Grampo 2017 e ainda em janeiro saia o primeiro projeto impresso do Vitralizado – tô me coçando pra não noticiar, mas faltam uns últimos detalhes que quero fechar antes de jogar pro mundo hehe Guentem aí!
Enfim, por conta disso tudo e também de alguns compromissos profissionais que me impedem de inventar qualquer outra moda aos 45 do segundo tempo, a ideia é focar a retrospectiva 2016 em quadrinhos lançados no Brasil, nos títulos e autores que mais chamaram a minha atenção no ano que tá acabando, em textinhos curtos com algumas poucas linhas. É óbvio, sempre acontece: vou encerrar o último post que programei e vou lembrar de mais uns 20 trabalhos que deveriam ter dado as caras por aqui, mas faz parte. O Vitralizado é negócio de um homem só, produzindo no intervalo dos vários trabalhos que pagam as contas, então é impossível sair 100% e tratar de tudo de bom que li. É basicamente um recorte do que mais me chamou atenção e mais ficou marcado na minha memória.
Vamos que vamos. Caso não veja nada de extraordinário nos próximos dias, volto com as atualizações normais no início de janeiro, às vésperas do próximo Grampo. Enquanto isso, a prioridade são os destaques. Amanhã começa essa série. Aparece que vai ser massa.
Inté 2017!
Abraços e obrigado pela leitura,
Ramon