Está no ar mais uma edição do Escafandro Podcast! Dessa vez, eu, o Jairo e o André conversamos sobre a segunda temporada de Stranger Things. Não quero revelar nenhum spoiler, mas adianto que tratamos dos nossos momentos preferidos da produção capitaneada pelos irmãos Duffer, questionamos alguns aspectos negativos dessa segunda leva de episódios e fizemos as nossas apostas sobre o futuro do seriado. No final também recomendamos alguns trabalhos que lemos/ouvimos/assistimos nas últimas semanas. Papo sempre bão! Você baixa o arquivo por aqui, mas também pode ouvir no nosso canal no YouTube, ó:
Eu curti o podcast, mas eu concordo mais com o que o Ramon disse. Só não entendo porque a maioria das pessoas, do público em geral, não curtiram o episódio 7. Ao assistir, me fez ter um pouco de ansiedade para ver o que aconteceria com os outros, mostrou a relação da Eleven com a irmã e teve aquela virada de ver a Eleven indo para um caminho, descobrindo o que ela deveria fazer e voltar para os amigos dela. Foi necessário para o crescimento da personagem.
Só não curti muito o que o outro cara disse, que as referências servem como muletas, como se a série dependesse unicamente disso para ser uma boa série. Na minha opinião, as referências ficam ruins quando a história depende da compreensão delas para ter um sentido, como em Fragmentado, muita gente deve ter saído do cinema sem entender porque o Bruce Willis apareceu no final (apesar disso, eu gostei do filme).
E não curti muito a crítica do cara que falou sobre o final, para mim foi bom eles fazerem um final com todos separados, imagina a bagunça que seria um monte de crianças sem poderes ao lado da Eleven enfrentando um monstro, isso já aconteceu na primeira temporada, não tem porque repetir na segunda. O mérito da segunda temporada foi ter esses diversos arcos e no final todos se encaixando sem forçação de barra.
eu também acho que as referências não são muletas, elas são algo a parte e que enriquecem a série, além de serem muito bem aplicadas.
a série não caiu nos clichês, como repetir a fórmula da primeira temporada descaradamente, fez com que personagens diferentes interagirem mais entre si, Eleven e o xerife Hopper, Steve e as crianças (com ênfase na amizade com o Dustin); trouxe com sucesso novos personagens carismáticos, permitindo com que o público se afeiçoasse facilmente a eles, respondeu as questões da primeira temporada (o sumiço da Barb, porque o Jonathan e a Nancy não ficaram juntos; as sequelas do mundo invertido no Will, como o governo abafou o caso, o tratamento do Will no laboratório e como as outras crianças o veem).
Acredito que algumas pontas soltas deixadas neste nova temporada irão ser bem amarradas na próxima, assim como aconteceu agora. Os criadores foram muito inteligentes ao deixar vários caminhos em abertos, nem tudo precisava ser resolvido agora, como a relação da Eleven e Max; o triângulo amoroso do Steve, Nancy e Jonathan; o futuro da Kali (a irmã da Eleven); a relação da Eleven com sua mãe; a adaptação da Eleven na sociedade.
Outras coisas que gostei foi que o Will teve uma boa participação apesar de aparecer pouco na primeira temporada; o Steve passou de encrenqueiro para “babá boa gente”; o laboratório passou deixou de ser a entidade vilã e começou a trabalhar junto dos personagens principais e isso ocorreu de forma natural através do tratamento e acompanhamento do Will; e a Eleven apenas fechou o portal, não derrotou os monstros dessa vez.
Acho que vocês foram injustos com o flashback do Bob na hora do Will confrontar o monstro das sombras. Não teve a função de relembrar nada, mas utilizado para enfatizar a dissonância do conselho dado e do efeito que causou. Isso fica bem claro quando ele diz “easy-peasy” no flashback e corta para o monstro entrando pelos olhos e garganta do menino. Muito efetivo em ressaltar o erro que foi aquele conselho.