## Retrospectiva Vitralizado 2015: sério que 2016 já começou? ##

Papo rápido só pra dar um ponto final nessa retrospectiva.

Triste que 2016 tenha começado com todo o jeito do mundo de 2015. A cagada épica do Grand Prix do Festival de Angoulême lembra com força a campanha idiota de divulgação do HQMix 2015, reforçando como o meio dos quadrinhos é retrógrado e extremamente conservador. O pessoal do festival francês pode até ter sido um pouco mais rápido pra tentar resolver a situação (as desculpas do HQMix demoraram uma eternidade pra sair, lembra?), mas as reações dos organizadores de ambas as premiações foram semelhantes: partindo pra defensiva e depois assumindo a contragosto que erraram. Triste. Pode não ser a coisa mais agradável do mundo, mas não é tão difícil assumir o erro e tentar deixar as coisas um pouco melhores, né não?

Eu assumo: fiquei com uma vergonha imensa depois que publiquei o primeiro post da minha retrospectiva 2015. Olha todas as entrevistas que fiz ano passado, saca a quantidade de mulheres presentes. Foram pouco mais de 30 entrevistados, só duas mulheres. Feio pra caramba, peço desculpas sinceras. Errei e me comprometo a fazer um trabalho melhor em 2016. A participação do blog na iniciativa #AgoraÉQueSãoElas pode até ter sido um início de conversa, mas ainda assim é pouco. Prometo melhorar.

Também não dei conta de falar de várias outras coisas que rolaram ano passado, como o FIQ. Já estive em outros festivais de quadrinhos, no Brasil e no exterior, e poucos chegam perto da minha experiência em Belo Horizonte. É muita gente, muito gibi e um ambiente com muito conteúdo. Sim, ele ainda tem um tantão pra evoluir (quem não tem?). Entendo e valorizo imensamente o esforço do Festival em buscar um discurso didático, voltado para a formação de público. No entanto, as palestras e debates em que estive presente durante o evento serviam unicamente a esse propósito. Vejo a possibilidade de abrir espaço para diálogos com outras áreas e ideias. Quadrinistas conversando com cientistas políticos, sociólogos, economistas, historiadores, linguistas,…enfim, acho possível ficar melhor do que é, principalmente ao aprofundar as suas discussões.

Sobre a Comic Con Experience não sei se tenho muito a acrescentar. Comprei meu ingresso, cheguei cedo, peguei fila e passei algumas horas dentro da convenção. É bastante organizada e parece ser extremamente rentável para os quadrinistas. Devo estar presente nas próximas edições, principalmente por questões profissionais, mas não é o meu evento preferido. O furor nerd-consumista da CCXP me desgasta. Quinze minutos lá dentro são suficientes pra eu querer dar o fora o quanto antes.

E putz, tem mais um monte de quadrinhos, filmes e séries que não dei conta de comentar, ou sobre os quais gostaria de voltar a escrever, e não consegui. O site é o que mais gosto de fazer, mas só invisto nas horas vagas, no intervalo entre um trabalho e outro. Volta e meia esse intervalo não aparece – ou, quando aparece, eu às vezes prefiro arrumar algo melhor pra fazer, cá entre nós hehe

Enfim, vamo que vamo. Dou por encerrada a retrospectiva de 2015 e volto com os posts normais. E prometo pras próximas semanas uma novidade bem legal, uma das empreitadas mais grandiosas em que esse blog já se meteu. Fica esperto que não demoro pra dar uns detalhes.

Até!


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