A Marvel completou 75 anos em 2014 e o grande evento celebrando a data aconteceu em Paris. Fui pra França cobrir a abertura da exposição A Arte dos Super-heróis Marvel, no museu Art Ludique. Nunca na história da editora tantas de suas artes originais estiveram expostas em um mesmo lugar. A mostra também reuniu artefatos e elementos de cena presentes nos filmes da Marvel Studios, resultando num grande resumo do que a empresa é hoje: um estúdio de cinema que publica histórias em quadrinhos com potencial para virarem filmes. Estive frente a frente com artes originais de gente como Jack Kirby, Steve Ditko, John Romita e Frank Miller (só pra ficar nos meus preferidos) e vi roteiros originais assinados por Stan Lee.
As peças presentes tiradas dos filmes só mostram a enorme sintonia entre a Marvel-editora e a Marvel-estúdio e revelam como, apesar de modernas, as versões cinematográficas dos personagens são essencialmente as mesmas dos heróis e vilões surgidos nos anos 40, 50 e 60. Ficaria imensamente feliz que a exposição tivesse um tour mundial – não só por achar que todo mundo deveria ter acesso a esse conteúdo, mas por também querer rever todos esse material. Lembrando do que vi em Paris e relendo meu texto pro Estadão, acho lindo como estava claro o futuro sci-fi da Marvel nos cinemas. Na época da abertura, Guardiões da Galáxia ainda era uma aposta da Marvel, mas a exposição deixava claro que o futuro do estúdio seguiria a rota determinada pelo filme de James Gunn. Hoje sabemos que Vingadores 3 e 4 serão adaptações de algumas das sagas mais sci-fi da editora. Épico.