Desde seu lançamento, no final de abril, Lavagem despontou como uma das principais candidatas a grandes HQs publicadas no Brasil em 2015. Não deu outra: talvez seja o trabalho mais impactante já produzido por Shiko. Apesar das cores belíssimas de Piteco – Ingá e da adaptação de O Quinze, o preto e branco do terror lançado pela editora Mino marca o ápice do artista em sua carreira como autor HQ. Não há espaço para experimentações ou nuances, Lavagem é bruto e sincero como poucos quadrinhos conseguem ser. Mais pra frente, em setembro, foi a vez da primeira edição de A Boca Quente: uma pancada pulp com sexo e violência divertida pra caramba.
Como já tinha dito por aqui, o Shiko deitou e rolou em 2015. Recomendo fortemente a entrevista que fiz com o quadrinista em seguida ao lançamento de Lavagem, papo bem bom. E também a conversa dele lá no Blog da Itiban, em que ele ameaça um possível aposentadoria das HQs. Tomara que não tenha passado de um desabafo impulsivo e ele continue com esse mesmo pique em 2016.