A carreira do quadrinista Chris Ware é o foco de uma exposição no Cartoonmuseum, em Basel, na Suíça. Chris Ware: Paper Life é anunciada pelos curadores do museu como a primeira retrospectiva da vida e da obra do autor de Building Stories em língua alemã. A mostra reúne originais do artista, animações filmadas por ele e algumas de suas esculturas. Você confere outras informações sobre o evento e fotos da exposição na página do Cartoonmuseum. Aqui em cima tá o cartaz da exposição.
Fica o registro porque, leitores do Vitralizado sabem, costumo noticiar por aqui tudo que me aparece relacionado ao Chris Ware. A dica da exposição veio do Pedro Cobiaco (valeu, cara!).
E deixo mais uma vez os links para a minha entrevista com Ware, feita na época do lançamento de Rusty Brow (papo que também virou matéria para o jornal Folha de S.Paulo) e também do vasto arquivo do Vitralizado dedicado à obra do autor. Lembrando que a entrevista sobre Rusty Brown e a minha reportagem para a Folha também estão no meu livro, Vitralizado – HQs e O Mundo.
Posts com a tag Chris Ware
Ups and downs, por Chris Ware
O quadrinista Chris Ware assina a arte da capa da edição de 26 de dezembro de 2022 da revista New Yorker. O título da obra é Ups and Downs e a edição em questão é a segunda da publicação com o tema Cartoons and Puzzles (a primeira saiu em dezembro do ano passado, com capa de Christoph Niemann). Lá no site da New Yorker tem uma entrevista da editora de arte da revista, Françoise Mouly, com o Chris Ware, falando sobre a relação dele com jogos e as inspirações dele por trás da arte – que também ganhou versão animada.
Autor de títulos como Jimmy Corrigan e Rusty Brown, o Chris Ware tem toda uma série de trabalhos inspirada em mecânicas/mecanismos e elementos da linguagem dos quadrinhos. Essa capa mais recente para a New Yorker vai na mesma onda de outras obras dele – como ele fez recentemente para a exposição dele no Centre Pompidou, para a próxima edição do Festival d’Angoulême, a capa da Stripgrids #8, a capa da Robinson, a capa de Monograph e muitas outras.
Como sempre, aproveito a deixa para compartilhar por aqui os links da minha entrevista com Ware na época do lançamento de Rusty Brow (papo que também virou matéria para o jornal Folha de S.Paulo) e também do vasto arquivo do Vitralizado dedicado à obra do autor.
Lockdown, por Chris Ware
Já viu a capa mais recente do Chris Ware para a New Yorker, né? É a edição da revista com data de hoje (17 de outubro de 2022). O Érico Assis traduziu o depoimento do autor de Building Stories e Jimmy Corrigan para o site da publicação, falando sobre sua inspiração por trás desse trabalho (você lê o texto em português clicando aqui). A arte do Chris Ware foi batizada de Lockdown e retrata estudantes passando por um treinamento para casos de tiroteios no interior de uma escola.
Deixo o registro porque noticio grande parte da produção do Chris Ware – e sempre aproveitando para deixar os links para as entrevistas que fiz com ele (aqui e aqui).
Mas aproveito para lembrar de outras capas que o Chris Ware fez para a New Yorker ambientadas em escolas, com algumas delas também girando em torno de atentados. Ele sempre credita seus conhecimentos e interesses sobre o tema às preocupações e vivências da filha dele, como estudante, e da esposa dele, como professora. Você lê os comentários do autor sobre esses cinco trabalhos clicando aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. Saca só:





Casa dividida, por Chris Ware
O quadrinista Chris Ware assina a arte da capa da edição de 4 de julho de 2022 da revista New Yorker. A arte faz referência ao Dia da Independência dos Estados Unidos e chama atenção para a divisão política do país. O autor de Jimmy Corrigan e Rusty Brown batizou seu trabalho de House divided (Casa dividida). Daí que esse seria só mais um post do Vitralizado noticiando um trabalho do Chris Ware, mas a história dessa capa não acaba aí.
A New Yorker divulga suas capas junto com uma entrevista curta com os autores responsáveis pela arte. Na conversa com o Chris Ware ele diz que teve a ideia da ilustração ao lembrar de seu período vivendo em Oak Park, no Illinois, na época das eleições presidenciais entre Barack Obama e John McCain. Uma casa geminada da vizinhança tinha cartazes do candidato democrata de um lado e do republicano no outro. Na mesma entrevista o quadrinista também compartilhou um desenho de seu diário para falar sobre suas observações da árvore em frente ao estúdio dele que ajudaram nessa arte mais recente, ó:
Pouco depois da divulgação da capa do Chris Ware, a ilustradora Julia Rothman, também colaboradora da New Yorker, compartilhou no Instagram um trabalho oferecido por ela para a revista em 2020, com o mesmo conceito e várias semelhanças com a arte de Ware (mas ainda melhor, acho).
Ela escreveu na legenda do post: “Às vezes dois artistas fazem ilustrações muito parecidas e uma é publicada na capa e outra não. E é uma droga quando é você que acaba de fora. (Na primeira foto: meu teste de 2020, segunda foto: a capa do Chris Ware essa semana). Ah puxa”. Você confere o post da Julia Rothman clicando aqui.

Enfim, também não é que a ideia é das mais originais. Só chama atenção por serem conceitos extremamente parecidos. No Twitter, uma pessoa ainda lembrou do trabalho aqui embaixo, do espanhol Sergio García Sánchez, também colaborador frequente da New Yorker. Sanchéz respondeu ao post contando que a arte foi proposta por ele para a revista em 2021, mas também acabou sendo recusada. Como escreveram no Twitter, poderia ser o interior das casas retratadas por Ware, saca só:
Chris Ware no Centre Pompidou
Compartilho aqui em cima o cartaz assinado pelo quadrinista Chris Ware para a exposição dedicada à obra dele na Bibliothèque publique d’information, no Centre Pompidou, em Paris. Organizada em parceria com o Festival International de la Bande Dessinée d’Angoulême, a mostra fica em cartaz entre 8 de junho e 10 de outubro.
Na página do evento, os organizadores dizem que a exposição foi concebida em parceria com o artista, apresentando uma retrospectiva de toda carreira do autor de Jimmy Corrigan, Building Stories e Rusty Brown. Compartilho mais abaixo o vídeo de divulgação da exposição.
Aproveito a deixa para compartilhar por aqui os links da minha entrevista com Ware na época do lançamento de Rusty Brow (papo que também virou matéria para o jornal Folha de S.Paulo) e também do vasto arquivo do Vitralizado dedicado à obra do autor. A seguir, o vídeo de divulgação da exposição de Chris Ware no Centre Pompidou:
Festival International de la Bande Dessinée d’Angoulême 2022, por Chris Ware, Jun Mayuzuki e Fanny Michaëlis
Premiado em 2021 com o Grand Prix de la ville d’Angoulême, reconhecimento pelo conjunto da obra do tradicional Festival International de la Bande Dessinée d’Angoulême, o quadrinista Chris Ware assina um dos três cartazes da edição de 2022 do evento francês. Os outros dois cartazes são de autoria de Jun Mayuzuki e Fanny Michaëlis. A 49ª edição do Festival de Angoulême está marcada para ocorrer entre os dias 27 e 30 de janeiro do próximo ano.
A arte de Chris Ware para o cartaz do evento francês é divulgada no mesmo mês que Rusty Brown chegou às livrarias brasileiras. Entrevistei o autor e transformei esse papo em matéria para o jornal Folha de S.Paulo, depois compartilhei por aqui a íntegra da conversa. Você pode conferir nos arquivos do blog outros cartazes de edições prévias para o Festival de Angoulême – com artes de Taiyo Matsumoto, Charles Burns, Katsuhiro Otomo, Bill Waterson e outros.