O álbum Escuta, Formosa Márcia é o vencedor do Prêmio Grampo 2022 de Grandes HQs. A obra do quadrinista Marcello Quintanilha publicada pela editora Veneta consta em 12 das 20 listas dos jurados convidados do Grampo, tendo acumulado 85 pontos na contagem dos votos. A segunda colocação ficou com Manual do Minotauro (Companhia das Letras), de Laerte (66 pontos e 10 listas). A terceira posição é de Carniça e a Blindagem Mística – Parte 2: A Tutela do Oculto (independente), de Shiko (63 pontos e nove listas) – é a primeira vez que uma obra independente fica entre as três primeiras do Grampo. É a primeira vez em seis anos que as três primeiras colocações ficam com títulos nacionais, apenas na primeira edição do Grampo, em 2016, os três títulos mais votados foram quadrinhos nacionais.
O top 10 do Grampo 2022 fecha com Rusty Brown (Companhia das Letras), por Chris Ware (tradução de Caetano Galindo); Arlindo (Seguinte), por Ilustralu; Isolamento (independente), por Helô D’Angelo; Polina (Nemo), por Bastien Vivès (tradução de Fernando Scheibe); Pele de Homem (Nemo), por Hubert Boulard e Frédéric Zanzim Leutelier (tradução de Renata Silveira); 11:11 (independente), por Jéssica Groke, Felipe Portugal, Lalo e Diego Sanchez; e Brega Story (Brasa), por Gidalti Jr.
Com cinco títulos mencionados entre as 96 obras listadas nos rankings dos jurados, incluindo Manual do Minotauro (2º) e Rusty Brown (4º), a Companhia das Letras acumulou 189 pontos no ranking de editoras. O segundo lugar ficou com a Veneta, com 15 títulos citados, incluindo a primeira colocação (Escuta, Formosa Márcia), e 184 pontos. A editora Nemo fez 83 pontos com quatro títulos. Os dois títulos de estreia da Brasa deram ao selo a quarta posição, com 42 pontos. O quinto lugar no ranking de editora ficou com a Todavia, com três obras listadas e 36 pontos. Os rankings individuais de cada um dos jurados estão disponíveis aqui. Os 20 quadrinhos mais bem colocados na soma dos rankings e as demais obras listadas constam a seguir.
1) Escuta, Formosa Márcia (Veneta), por Marcello Quintanilha [85 pontos];
por Ramon Vitral
O editor Rogério de Campos já chamou atenção para a pequena história secreta e pessoal do Brasil tecida por Marcello Quintanilha a cada obra. Os subúrbios, principalmente fluminenses, servem de pano de fundo para grande parte desse cenário maior construído pelo autor. E em torno de suas tramas ele coloca em prática sua aclamada oralidade e justapõe seus quadros sempre desalinhados. Escuta, Formosa Márcia é o mais recente capítulo dessa bibliografia pessoal de Quintanilha, epítome de sua produção e também seu título mais singular até aqui.
O álbum é ambientado em uma favela do Rio de Janeiro e tem como foco o impacto da corrupção dos poderes públicos na vida do cidadão comum. A enfermeira Márcia administra sua rotina em um hospital público com bicos como cuidadora de idosos num bairro rico. Em casa, ela concilia um relacionamento amoroso pouco inspirado com as tensões com a filha e a proximidade de traficantes e milicianos de sua moradia.
Assim como Tungstênio (2014), Talco de Vidro (2015) e Luzes de Niterói (2018), Escuta, Formosa Márcia também é influenciado pelo neorrealismo italiano e sua busca por um retrato social de uma época. Quintanilha, no entanto, também se distancia dos ares documentais de seus trabalhos prévios. A presença de cores, em uma paleta limitada e alheia à realidade, e o traço caricato enfatizam esse distanciamento. Segundo o próprio autor, ele se aproxima do teatro do absurdo e de Samuel Beckett (a “chave do páthos” da HQ, disse ele) ao criar um enredo em torno da solidão, do isolamento e das dúvidas existenciais de sua protagonista.
Quintanilha já falou mais de uma vez sobre sua rotina de trabalho “absolutamente anárquica”, com ele ocupado em vários projetos simultâneos, sem que seu título mais novo seja necessariamente sua produção mais recente. Por isso é difícil falar em “nova fase” do autor. Ainda assim, Escuta, Formosa Márcia apresenta novas perspectivas para sua produção.
Não faço ideia do que está por vir em um próximo trabalho de Quintanilha e não tenho interesse em saber antes de ter a obra em mãos. Que ele dê continuidade às inovações de Márcia, retome conceitos de obras prévias ou apresente conceitos e abordagens inéditos em seu trabalho, estarei sempre no aguardo da HQ seguinte do mais instigante quadrinista nacional.
Votaram: Daniela Cantuária Utescher (2º), Débora Santos (10º), Douglas Utescher (1º), Érico Assis (9º), Lielson Zeni (6º), Márcio Paixão Jr. (1º), Maria Clara Carneiro (6º), Paulo Floro (1º), PJ Brandão (5º), Ramon Vitral (1º), Tami Taketani (10º) e Weaver Lima (2º).
2) Manual do Minotauro (Companhia das Letras), por Laerte [66 pontos];
por Lielson Zeni
Passei muitos anos esperando essa publicação. Sério, acho que nem um outro livro eu queria mais arrancar dessa Biblioteca da Imaginação & Desejo e encaderná-lo em papel do que a coletânea das tiras da “nova fase da Laerte”. Agradeço imenso a Quadrinhos na Cia., com um retrogosto de “porque vocês demoraram tanto?”.
Passei todos esses anos lendo Laerte na Folha de S.Paulo e esperando pelo livro, pra eu poder reacessar aquelas tiras com menos espirros e mais cores originais, que no papel do jornal vão se apagandinho. Sem falar na dificuldade de guardar as tiras recortadas (sim, eu guardava o Manual do Minotauro aos pedaços – depois, passei a acompanhar pelo blog da Laerte e deixei a reciclagem cuidar desse arquivo [mas não sem um medinho de que tudo um dia sumisse no limbo dos arquivos apagados da internet]).
Passei esses anos lendo e esperando pelo livro, mas em momento algum desse tempo todo eu pensei em como eu falaria sobre esse material. Tanta gente já escreveu sobre o trabalho da nossa principal quadrinista, que até fica difícil não repetir ou cair em platitudes (tipo “nossa principal quadrinista”). Sem falar no texto da orelha do livro, em que a própria Laerte conta suas intenções criativas: “Muitas pessoas trabalham com personagens e gags, eu as acompanho e com elas me divirto muito. Mas no meu caso não estava mais funcionando.”.
Esses anos que passei convivendo com esses trabalho me traz uns palpites. Tipo, acho que não se pode esperar que uma artista com tantos recursos e múltiplos interesses se restrinja a um formato. Ela deixou de lado a piada com punchline, e continua a troca de estratégia narrativa o tempo todo. Alteração que fica mais sutil ao ler uma tira por dia, catalisa fortemente no livro impresso. Uma tira tem a manha de poesia, outra de parte de uma narrativa maior (que às vezes retorna, muitas vezes não), uma terceira é um comentário sabichão, outra ainda um jogo de ordem gráfica, outra mais tudo isso junto. Cada tira ou série de tira dessas dava um ensaio inteiro. Imagina se nessas mais de 1500 tiras eu não iria me perder nesse labirinto (segunda platitude).
Votaram: Daniela Cantuária Utescher (3º), Douglas Utescher (2º), Jéssica Groke (9º), Lielson Zeni (1º), Márcio Paixão Jr. (3º), Maria Clara Carneiro (5º), Paulo Floro (7º), PJ Brandão (4º), Ramon Vitral (3º) e Weaver Lima (7º).
3) Carniça e a Blindagem Mística – Parte 2: A Tutela do Oculto (independente), por Shiko [63 pontos];
por Maria Clara Carneiro
A série Carniça e a blindagem mística, de Shiko, com os volumes É bonito o meu punhal e A tutela do oculto, chegou com alvoroço em meio ao cenário áspero da pandemia de 2020 em diante: os livros simples de lombada canoa e as cores vibrantes do velho Shiko lembram um tempo de quadrinho de banca, quadrinho de aventura que você termina esperando o próximo – e vai relendo para pegar os detalhes que não tinha percebido. O primeiro volume já havia alcançado a 5a posição no Prêmio Grampo de 2021, e em 2022 alcançou esse bronze, no mesmo tom ocre sertanejo que predomina em suas páginas.
É um “gibi do bão”, uma expressão que o Tom Zé usou certa vez para se referir aos Sertões de Euclides da Cunha e que cabe tão bem aqui: histórias imbricadas, feitos de coragem e de trairagem, reviravoltas e muita História junto. História com H maiúsculo mesmo, que o autor levou anos de estudo para poder se apropriar das ideias de cangaço e transformar nessa série. E o livro de Shiko traz um ponto de vista que poucos contam do fenômeno: o das mulheres que lutam ou são esquecidas, abatidas, mortas. A série participa de uma retomada do fantástico nas ficções históricas brasileiras, mas de um fantástico bem localizado no Nordeste. Abrir a primeira página de A tutela do oculto, com uma coleção de notícias velhas e trechos de livros antigos, provoca um efeito brutal de real, enquanto a narrativa fictícia embala nossa vontade de também se armar contra a velha História de homens ruins – de interromper o ciclo de sempre. Um “gibi do bão” que ainda dá vontade de sair mudando o mundo.
Votaram: Dandara Palankof (4º), Daniela Cantuária Utescher (1º), Débora Santos (6º), Douglas Utescher (3º), Lielson Zeni (5º), Milena Azevedo (3º), Paulo Floro (9º), PJ Brandão (1º) e Ramon Vitral (4º).
4) Rusty Brown (Companhia das Letras), Chris Ware (tradução de Caetano Galindo) [53 pontos];
Votaram: Lielson Zeni (2º), Maria Clara Carneiro (2º), Paulo Floro (3º), PJ Brandão (3º), Ramon Vitral (2º) e Weaver Lima (1º).
5) Arlindo (Seguinte), por Ilustralu [31 pontos];
Votaram:Débora Santos (2º), Gabriela Borges (2º), PJ Brandão (7º) e Tali Grass (2º).
6) Isolamento (independente), por Helô D’Angelo [28 pontos];
Votaram: Érico Assis (7º), Gabriela Borges (3º), Liber Paz (1º), Ramon Vitral (8º) e Thiago Borges (8º).
6) Polina (Nemo), por Bastien Vivès (tradução de Fernando Scheibe) [28 pontos];
Votaram: Érico Assis (4º), Jéssica Groke (2º), Sara Pontes (6º) e Weaver Lima (4º).
8) Pele de Homem (Nemo), por Hubert Boulard e Frédéric Zanzim Leutelier (tradução de Renata Silveira) [27 pontos];
Votaram: Dandara Palankof (3º), Liber Paz (5º), Paulo Floro (2º) e Sara Pontes (7º).
9) 11:11 (independente), por Jéssica Groke, Felipe Portugal, Lalo e Diego Sanchez [25 pontos];
Votaram: Dandara Palankof (7º), Daniela Cantuária Utescher (6º), Gabriela Borges (8º), Paulo Floro (6º), Tami Taketani (9º) e Thiago Borges (5º).
9) Brega Story (Brasa), por Gidalti Jr [25 pontos];
Votaram: Érico Assis (6º), Márcio Paixão Jr. (4º), Paulo Floro (4º) e Ramon Vitral (5º).
11) Monstrans – Experimentando Horrormônios (independente), por Lino Arruda [24 pontos];
Votaram: Gabriela Borges (1º), Jéssica Groke (4º) e Lielson Zeni (4º).
12) Ugrito #24: Aparição (Ugra Press), por Amanda Miranda [22 pontos];
Votaram: Gabriela Borges (9º), Lielson Zeni (9º), Maria Clara Carneiro (4º), Ramon Vitral (7º) e Tali Grass (4º).
12) Stuck Rubber Baby (Conrad), por Howard Cruse (tradução de Dandara Palankof) [22 pontos];
Votaram: Douglas Utescher (10º), Paulo Floro (5º), PJ Brandão (6º) e Thiago Borges (1º).
12) Um Grande Acordo Nacional (Elefante), por Robson Vilalba [22 pontos];
Votaram: Dandara Palankof (6º), Liber Paz (2º) e Lielson Zeni (3º).
15) A Rosa Mais Vermelha Desabrocha: O Amor nos Tempos do Capitalismo Tardio ou por que as Pessoas se Apaixonam Tão Raramente Hoje Em Dia (Quadrinhos na Cia), por Liv Strömquist (tradução de Kristin Lee Garrubo) [20 pontos];
Votaram: Liber Paz (4º), Lielson Zeni (7º) e Maria Clara Carneiro (8º).
16) Confinada (Todavia), por Leandro Assis e Triscila Oliveira [19 pontos];
Votaram: Dandara Palankof (8º), Daniela Cantuária Utescher (7º), Gabriela Borges (5º), Paulo Floro (8º) e Tali Grass (8º).
16) Meu Mundo Versus Marta (Companhia das Letras), por Paulo Scott e Rafael Sica [19 pontos];
Votaram: Liber Paz (7º), Márcio Paixão Jr. (2º) e Weaver Lima (5º).
16) Kit Gay (Veneta), por Vitorelo [19 pontos];
Votaram: Dandara Palankof (5º), Débora Santos (5º) e Gabriela Borges (4º).
16) A Casa (Devir), por Paco Roca (tradução de Jana Bianchi) [19 pontos];
Votaram: Érico Assis (2º) e Tali Grass (1º).
20) Ragu #8 (Cepe), edição por Christiano Mascaro, Dandara Palakonf, João Lin e Paulo Floro [18 pontos];.
Votaram: Daniela Cantuária Utescher (5º), Douglas Utescher (6º), Márcio Paixão Jr. (9º), Tami Taketani (7º) e Weaver Lima (10º).
20) Oleg (Nemo), por Frederick Peeters (tradução de Fernando Scheibe) [18 pontos];
Votaram: Érico Assis (1º) e Liber Paz (3º).
Outras HQs listadas pelos jurados do Prêmio Grampo 2022: A Abolição do Trabalho (Veneta), por Bob Black e Bruno Borges; Amarelo Seletivo (independente), por Ricardo Tayra e Talessak; André, o Gigante (Mino), por Box Brown (tradução de Celio Cecare); Bebês Maníacos da Lagoinha (Escória Comix), por Fábio Vermelho; Bloom Into You #1-#5 (Panini Comics), por Nio Nakatani (tradução de Karen Kazumi Hayashida); Bom Dia, Socorro (web/independente), por Paulo Moreira; Bufa Gunfa #1 (Bufa Produções), de Emilly Bonna e Victor Bello; Como ser adulta e outras (im)possibilidades (Gutenberg), por Lila Cruz; Crisálida (Universo Guará), por Vinícius Velo; Cromáticas (Trem Fantasma), por Jorge Zentner e Rubén Pellejero (tradução de Marcello Fontana); Crônicas da Juventude (Zarabatana), por Guy Delisle (tradução de Claudio Martini); Dançando no Tempo (web/independente), por Felipe Portugal; Depois que o Brasil Acabou (Veneta), por João Pinheiro; As Desventuras de Janio Spif Pato, O Comburente Vol. 01 (Ed. Oficina do Prelo), por Taborba e Vasconcelos Associados; Domex (Veneta), de Gustavo Piqueira; Edição de Artista #1 – Aventuras do Anjo (Figura), por Flavio Colin; El Perro Feo #1 (Escória Comix), edição por Lobo Ramirez; El Sueñero – O Sentinela Dos Sonhos (Trem Fantasma), por Enrique Breccia (tradução de Marcello Fontana); Em Ondas (Nemo), por Aj Dungo (tradução de Érico Assis); Enterrei Todos no Meu Quintal (web/independente), por Luckas Iohanathan; Eu Fui um Garoto Gorila (Veneta), por Fábio Vermelho; Eu, Lixeiro (DarkSide Books), por Derf Backderf (tradução de Érico Assis); A Espera (Pipoca e Nanquim), por Keum Suk Gendry Kim (tradução de Yun Jung Im); Espetaculare Meneghetti (Universo Guará), por Kash Fyre; O Essencial de Perigosas Sapatas (Todavia), por Alison Bechdel (tradução de Carol Bensimon); Os Eternos por Jack Kirby (Panini Comics), por Jack Kirby (tradução de Dandara Palankof); Fessora! (independente), por Aline Lemos; Filho de Ladrão (Veneta), por Christian Morales e Luis Martinez (tradução de Marcelo Barbão e Rogério de Campos); Foram as Formigas (Quadro a Quadro/Sesc Pompeia), por Marilia Marz; Goral (web/independente), por Diego Sanchez; Guarda Lunar (Todavia), de Tom Gauld (tradução de Hermano Freitas); hmmfalemais (web/independente), por anônimo; Incidentes da Noite (Veneta), por David B. (tradução de Maria Clara Carneiro); Imbatível: Justiça e Legumes Frescos (Nanabooks), por Pascal Jousselin (tradução de Cristina Fernandes); Jogo de Sombras (independente), por Gabriela Güllich e Isabor Quintiere; Juquinha – O Solitário Acidente da Matéria (Draco), por Max Andrade; Kent State: Quatro Mortos em Ohio (Veneta), por Derf Backderf (tradução de Érico Assis); King (Veneta), por Ho Che Anderson (tradução de Dandara Palankof); Kriança Índia (Universo Guará), por Rafael Campos Rocha e Álvaro Maia; Liget #5 (Harvi), por KZ; Lovistori (Brasa), por S. Lobo e Alcimar Frazão; O Lar da Lesma Branca (web/independente), por André Valente; Luba e Sua Família (Veneta), por Gilbert Hernandez (tradução de Cris Siqueira); Luzia (Draco), por Zé Wellington e Débora Santos; Máquina Assassina (Escória Comix), de Riotsistah; Mayara & Annabelle Edição Definitiva Vol. 01 (Conrad), por Pablo Casado e Talles Rodrigues; A Mundana (Faria e Silva) Jordi Lafebre e Zidrou (tradução de José Ignácio Mendes); Naturezas Mortas (Faria e Silva), por Zidrou e Oriol (tradução de J.R. Penteado); Novos Sumérios (web/independente), por Talles Rodrigues, Denis Pacheco e Débora Yukari; O Que Conto Quando Conto Uma Piada (Atrapalho), por Batista; Omama – Ancestrais da Terra (Urukum), por Fabio Gimovski; Paul em Casa (Comix Zone), por Michel Rabagliati (tradução de Fernando Paz); O Pesadelo de Obi (Skript), por Tenso Tenso, Chino e Ramón Esono Ebalé (tradução de Márcio dos Santos Rodrigues); Perramus (Figura), por Juan Sasturain e Alberto Breccia (tradução de Ernani Ssó e Cesar Alcázar); Pinturas de Guerra (Veneta), por Ángel de la Calle (tradução de Andréa Bruno); Podrão Aniquilação (Escória Comix), por Pablo Carranza; Popeye – Um Homem ao Mar (Skript), por Ozanam e Lelis (tradução de Márcio dos Santos Rodrigues e Mônica Cristina Corrêa); Pra quem? Moebius e o palácio (Risco Impresso), por Guilherme E. Silveira; Revolta da Vacina (DarkSide Books), por André Diniz; Shamisen: Canções do Mundo Flutuante (Pipoca & Nanquim), por Guilherme petreca e Tiago Minamisawa; Terror no Inferno Verde (Pipoca & Nanquim), por Flávio Colin; Toniolo (web/independente), por Pablito Aguiar; Wunder Toy Comics – Tiger Fist Action #1 (Pé-de-Cabra), por Gabriel Góes, Oriol Barbera, Panhoca, Arnaldo Branco, Batista e Pedro D’apremont; Ugrito #23: Última Chance para o Mundo (Ugra Press), por Gabriel Dantas; Um Tal Daneri (Comix Zone), por Carlos Trillo e Alberto Breccia (tradução de Jana Bianchi); Umahistória (Veneta), por Gipi (tradução de Michele Vartuli); UT (Graphite), por Corrado Roi e Paola Barbato (tradução de Paulo Guanaes); Velho Sacudo # 0 (Pé-de-Cabra), de Chico Félix; Vida à Deriva (Veneta), por Yoshihiro Tatsumi (tradução de Drik Sada); Vitu e o Fantasma – A Baixa da Égua (web/independente), por Antônio Dias; Viveiro (independente), por Valter do Carmo; Você Não Me Conhece (independente), por Guilherme de Sousa; What A Wonderful World (JBC), por Inio Asano (tradução de Caio Pacheco); Yellow Monkey (web/independente), por Deleon Stu.